Um Raio X da Saúde

  1. O papel decisivo do RH
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Por Fernando Mantovani

O Dia Mundial da Saúde é celebrado em 7 de abril.  A data foi instituída para destacar a importância do autocuidado, físico e mental, e de  cuidarmos de quem é próximo. Não existe nada mais básico do que estar saudável, com energia e disposição. Sem isso, fica complicado (senão impossível) estudar, trabalhar, se divertir e tudo o mais.

Além de uma rotina com bons hábitos (de alimentação, atividade física, sono, etc), dependemos dos serviços médicos para prevenir e tratar doenças. A pandemia de Covid-19 deixou ainda mais em evidência o protagonismo desses profissionais em nossas vidas.

Por isso, cabe a pergunta: como anda a saúde da indústria da saúde? O Panorama Setorial da Saúde da Robert Half traz respostas e reflexões para essa questão, com foco nas perspectivas e nos desafios relacionados à gestão de pessoas.

De acordo com o levantamento da Robert Half, realizado pelo IPC Maps, a Saúde Privada está entre os setores mais aquecidos na busca por profissionais. O mercado de trabalho na área cresce ao ritmo de 5,3% ao ano, enquanto o estoque total de trabalhadores tem crescido a uma taxa média anual de 3,8%.

Separei alguns insights que ajudam a ampliar nossa compreensão sobre esse dinamismo:

- as empresas passaram por diversas fusões e aquisições recentemente, processo que gera movimentação e esforço de adaptação dos funcionários;

- é grande a busca por profissionais qualificados com conhecimentos especializados nas áreas de faturamento, auditoria e autorizações;

- treinamento de juniores, a “importação” de seniores e a contratação por projetos são recursos bastante adotados para lidar com as dificuldades de encontrar os perfis necessários;

- está alto o volume de turnover entre os profissionais do backoffice, dado que os salários na Saúde são inferiores aos de seus pares em outras indústrias.

O papel decisivo do RH

Deu para perceber que as empresas da Saúde estão no olho do furacão. Acertar nas contratações definitivas ou temporárias irá impactar positivamente no desempenho dos times e das organizações como um todo.

A seguir, compartilho cinco pontos críticos a serem observados no recrutamento e seleção de profissionais qualificados. Solucionar esses pontos aumenta as chances de reduzir o turnover e de atrair e reter talentos:

1)   soft skills – ser um bom técnico não exime o profissional de saber se comunicar bem, engajar sua equipe, ter empatia, entre outras habilidades socioemocionais;

2)   afinidade cultural – por mais interessante que um candidato seja, se ele não estiver em sintonia com os valores da empresa, provavelmente terá dificuldade de dar o seu melhor;

3)   grau de experiência – a bagagem do profissional deve ser compatível com os objetivos e as expectativas relativas à função que irá assumir. Esse desnivelamento pode resultar em frustração a todos;

4)   remuneração – o valor do contracheque precisa estar em linha com a realidade do mercado, do profissional a ser contratado e com a complexidade da vaga a ser preenchida;

5)   segundo idioma – a fluência em inglês é relevante para algumas áreas em um setor tão inovador e dinâmico quanto o da Saúde. Mesmo que seja mais demorado, vale a pena insistir na busca por candidatos com essa competência.

As empresas de Saúde Privada encaram o desafio de andar e consertar a bicicleta ao mesmo tempo. Elas estão assimilando inúmeras mudanças provenientes de fusões e aquisições, e com um volume de usuários que cresce de modo acelerado. Cultivar times talentosos e engajados é o melhor remédio para prosperar nesse cenário.