O setor de consumo e varejo brasileiro está em plena transformação, como revela o panorama setorial da Robert Half. Mudanças nos hábitos de consumo, digitalização acelerada e a expansão de modelos de negócios híbridos estão criando demandas e reconfigurando o perfil dos profissionais mais buscados pelas empresas.
Escute os principais insights do material: Consumo e Varejo
Digitalização e eficiência na operação
A presença de marcas nativas digitais em operações físicas se intensifica, exigindo profissionais capazes de atuar estrategicamente entre o físico e o online, com foco na experiência do consumidor. Ao mesmo tempo, áreas como planejamento de demanda, gestão de estoques e logística ganham força, impulsionadas pela busca de redução de custos e pela necessidade de garantir agilidade no atendimento.
Turnover: uma realidade no varejo
O varejo é um setor conhecido por operar com margens apertadas, o que acaba gerando remunerações reduzidas e poucos benefícios entre a base e o meio da pirâmide, dificultando a atração de talentos. O fato de exigir frequentes horas extras e trabalho durante finais de semana e feriados também não ajuda.O ritmo de trabalho no setor é acelerado e não são todos os profissionais que se adaptam. Um dos efeitos dessa somatória é um turnover bastante elevado – cerca de 36% em 2023, segundo estudo da SBVC.Por todas essas características, o varejo é frequentemente uma porta de entrada para profissionais recém-chegados ao mercado de trabalho, que acabam depois migrando para outros setores onde encontram maior remuneração ou benefícios que consideram mais favoráveis.
Verticalização gera novas habilidades
Em busca de um aumento das margens, os grandes players do setor de Consumo e Varejo têm buscado assumir o controle de cada vez mais etapas em sua cadeia de valor. Assim, podem incorporar porções da rentabilidade que antes eram absorvidas por terceiros. Redes de varejo criam seus próprios cartões de crédito, trazendo para si as tarifas e os juros que antes remuneravam os bancos. Criam marcas próprias dos mais diversos produtos, criam seus marketplaces, montam estruturas de logística, entre outras demandas.A consequência dessa estratégia no mercado de trabalho é que essas empresas precisam recrutar novos perfis profissionais, mas não possuem a expertise para selecioná-los. Assim, uma rede de supermercados precisa contratar um gerente de indústria, um varejista de roupas precisa montar uma equipe para administrar uma operação de cartão de crédito, uma rede de material de construção precisa implementar um teleatendimento para os móveis de sua marca própria, e assim por diante.
Preocupações futuras: Reforma Tributária
A reforma tributária aprovada no final de 2024 propõe a substituição de cinco tributos atuais — PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS — por dois Impostos sobre Valor Agregado (IVAs): a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), gerenciado por estados e municípios.Foram definidos critérios para a cobrança e pagamento desses novos tributos, estabelecendo quais produtos e serviços terão alíquotas diferenciadas, quais serão isentos e quais setores terão regimes específicos, atualizações fundamentais para orientar empresas na adaptação às novas regras e no planejamento de suas estratégias fiscais, operacionais e de gestão de pessoas.Para saber mais sobre os impactos da Reforma Tributária, acesse o conteúdo exclusivo da Robert Half sobre o tema aqui.
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Confira esse e outros panoramas setoriais da Robert Half.
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