Diz o famoso lema dos filmes do Homem-Aranha: grandes poderes vêm com grandes responsabilidades. A frase serve perfeitamente para as lideranças do universo corporativo. As atribuições de um líder são muitas e, para se manter relevante, sabemos como é importante manter em dia os estudos, a terapia, as atividades físicas, os hobbies ou qualquer outro recurso que torne a jornada mais leve. Ainda assim, nada evitará o imenso peso sobre os ombros de quem ocupa essa posição.
Para o líder, a melhor receita de sucesso continua a ser comprometer-se com o aprendizado contínuo para uma boa gestão de pessoas, de processos e resultados. Assumir um posto de comando na organização implica, automaticamente, em estar disponível para lidar com altos e baixos. Condições ideais de temperatura e pressão no trabalho não duram para sempre.
Crises econômicas, fusões, aquisições, pandemia, transformação digital, catástrofes naturais e acidentes são exemplos de situações que podem afetar bastante uma empresa. Os gestores são responsáveis por resolver desafios e imprevistos a todo instante.
A 26ª edição do ICRH identificou as maiores preocupações dos gestores. Eles foram convidados a apontar seus três principais motivos de apreensão. Eis as respostas e os pensamentos associados a elas:
lucratividade (gerar mais valor, gastando menos) - 47%
produtividade (cumprir com as obrigações de maneira mais eficiente) - 44%
retenção (não perder bons profissionais para o mercado) - 41%
bem-estar (saúde mental, qualidade de vida) - 30%
atração (conseguir os profissionais adequados para o departamento) - 29%
remuneração (ter salários e benefícios competitivos) - 24%
tecnologia (compreender as evoluções e usá-las a seu favor) - 24%
carreira (desenvolver e oferecer oportunidades de carreira aos colaboradores) - 16%
modelos de trabalho (adaptar e evoluir no modelo de trabalho adotado) – 15%
informações de mercado (entender o que é relevante para a estratégia) - 13%
ESG (diversidade, sustentabilidade e governança) - 9%
Chama a minha atenção o fato de que todos esses tópicos são extremamente relevantes e interligados de alguma maneira. Uma empresa lucrativa requer equipes produtivas, que demandam bem-estar, oportunidades de crescimento e tecnologia, em sintonia com informações de mercado.
Acredito que a inteligência emocional seja a melhor (mas não a única) ferramenta para manejar as questões listadas pelos entrevistados. Boa comunicação, empatia, iniciativa e outras soft skills ajudam a engajar os times no mapeamento de problemas e na resolução deles. Planos feitos e executados em conjunto têm muito mais chance de dar certo.