Por Amanda Adami
Em um artigo intitulado “How employee engagement drives growth” do site da empresa Gallup, foi revelada uma informação interessante: muitos colaboradores não estão engajados com a organização que trabalham. O mesmo artigo diz que o engajamento profissional é capaz de aumentar a produtividade e os lucros de um negócio.
É verdade que toda corporação deseja ter um time comprometido com as estratégias internas, mas muitas não conseguem. Como produzir esse sentimento no coração dos colaboradores? Neste artigo, apresentaremos as melhores estratégias.
Quais são as melhores estratégias para elevar o engajamento profissional?
Um dos significados da palavra engajamento é “abraçar um ideal filosófico”. E não é exatamente isso que as empresas procuram fomentar nos colaboradores? Atualmente, existem até tecnologias que mensuram a compatibilidade de um profissional com a cultura interna da instituição.
Vejamos o que as empresas podem fazer a mais para elevar o engajamento do time de colaboradores logo abaixo.
Promova o treinamento da liderança
O efeito positivo de uma liderança capacitada e inspiradora na empresa é algo impressionante. O contrário também é verdade. Afinal, líderes desmotivados, distantes e que não interagem com a equipe tendem a espalhar a desmotivação. A chave para que esse cenário não apareça na empresa é o treinamento.
Tudo começa no programa para desenvolvimento de líderes. Nessa etapa, é possível analisar os profissionais que estão em sintonia com o negócio e acreditam na eficácia das estratégias internas. Essa prática ajuda a entender a motivação do colaborador ao trabalhar na empresa e o que o move a querer um cargo de liderança.
Caso o desejo do profissional seja apenas aprimorar habilidades, competências ou promover a própria carreira, dificilmente será um líder preocupado com o engajamento da equipe. Uma vez que esse cuidado vem da empatia — um sentimento que leva o profissional a preocupar-se com os outros.
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Por outro lado, tanto o programa de desenvolvimento como o de aperfeiçoamento da liderança podem ensinar como produzir o comprometimento no íntimo dos colaboradores. Atualmente, o conceito da trilha da aprendizagem permite que as organizações adequem os treinamentos de acordo com as necessidades da empresa.
Já a nuvem de aprendizado pessoal (PLC – sigla em inglês) oferece ferramentas educativas e interativas flexíveis. Isso significa que as empresas podem selecionar componentes da PLC e moldá-los para atender determinados objetivos. Por exemplo, desenvolver o engajamento na liderança e ensinar técnicas para fazer o mesmo com os times internos.
Demonstre o valor do serviço dos colaboradores
O mundo corporativo fala muito sobre o empoderamento dos profissionais, o uso de tecnologias colaborativas para coletar ideias do time, o endomarketing e o design thinking aplicado aos colaboradores. O que todas essas práticas têm em comum? Elas demonstram o valor do capital humano para a empresa.
No entanto, a instituição precisa ir além de implantar conceitos e tecnologias, mas deixar o time saber que os seus serviços impactam diretamente no sucesso do negócio. Como isso pode ser feito na prática? Tomemos como exemplo as ferramentas de crowdsourcing ou colaborativas.
O objetivo delas é angariar sugestões, ideias e outras informações dos membros das equipes para usá-las nos projetos internos ou no desenvolvimento de soluções para as demandas. Não há dúvidas de que o envolvimento de um profissional será maior ao perceber que a sua voz está sendo ouvida na empresa.
Algumas instituições vão além promovendo as chamadas maratonas da inovação (hackathons). Nesses eventos, os colaboradores são incentivados a apresentarem sugestões para um desafio interno: o desenvolvimento de uma tecnologia ou a solução de um problema. O que oferecer o melhor resultado ganha prêmios e vê o seu projeto sendo aplicado na organização.
Outra prática que gera muito engajamento profissional é conceder parte da jornada de trabalho para o colaborador trabalhar em um projeto pessoal. Empresas inovadoras como o Google utilizam essa prática. O resultado tem sido a criação de soluções incríveis que podem ser implantadas na organização gerando um senso de satisfação no time.
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Elabore um plano de carreira
Podemos comparar o plano de carreira a um caminho bem sinalizado que leva o profissional a avançar. Saber que rumo tomar dentro de um negócio é fundamental para engajar os colaboradores.
De acordo com a 8º edição do Índice de Confiança da Robert Half, ainda que o salário e os benefícios ainda sejam importantes para os profissionais, a possibilidade de crescimento é o que mais atrai candidatos na busca por uma vaga. Ou seja, empregadores têm um grande desafio de estruturar um bom plano para atrair e reter os melhores talentos.
Assim, as empresas fazem mais do que apontar uma progressão rígida de carreira. Está se tornando muito comum a prática de flexibilizar a trajetória interna de um profissional por meio de alguns processos.
Um deles é o coaching e o mentoring. Ambos têm a finalidade de otimizar o desenvolvimento das habilidades e a redução das fragilidades. Desse modo, o colaborador cresce rumo à liderança.
Outra metodologia é a gestão por competências. Por meio de tecnologias, os gestores identificam as soft skills dos profissionais, como: capacidade analítica, pensamento criativo e a resiliência. Esse reconhecimento aliado com as hard skills revelam qual função na empresa é mais compatível com o perfil do colaborador.
Com um plano de carreira personalizado, o profissional sente mais autonomia na sua vida empresarial. Além disso, percebe que o seu potencial está sendo desenvolvido e explorado. Essa união de fatores elevam o engajamento e a produtividade.
Ofereça recompensas
Recompensar é uma forma de agradecimento e reconhecimento. Por isso, a política da meritocracia é muito utilizada para fomentar o contentamento íntimo dos colaboradores. Algumas instituições oferecem prêmios para os profissionais de alto desempenho.
Entre os mimos estão brindes, vale-compras, bolsas de estudos, viagens e promoções internas. Existem organizações que recompensam flexibilizando a cesta de benefícios. Sendo assim, os colaboradores podem escolher quais itens querem receber.
Segundo o site da Forbes, os profissionais que são recompensados são mais felizes e engajados. Esses sentimentos são traduzidos em números. De acordo com o artigo, a produtividade sobe, em média, 12%.
Imagine um colaborador que, após um excelente semestre, está entrando de férias. Ao chegar na sua mesa, encontra um cartão da empresa desejando um ótimo descanso. Dentro do cartão, ele acha uma reserva para um local paradisíaco. Não precisamos dizer que esse profissional voltará mais engajado para o trabalho, concorda?
Sem dúvida, as estratégias para aumentar o envolvimento do time são eficazes. O ideal é os gestores entenderem quais delas são mais compatíveis com a realidade interna da empresa. Fazendo assim, os lucros do negócio só tendem a subir!
*Amanda Adami é Branch Manager na Robert Half