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Ep #90 - Comunicação intergeracional e construção de marca pessoal

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No mercado de trabalho e nas redes sociais, comunicar-se bem e construir uma marca pessoal autêntica são fatores cada vez mais importantes para quem deseja se destacar em um mundo conectado, diverso e em constante mudança. A convivência entre diferentes gerações no ambiente profissional e o uso de tecnologias como a inteligência artificial estão transformando a forma como nos posicionamos e nos relacionamos. Nesse contexto, refletir sobre como unir autenticidade, presença digital e diálogo intergeracional se tornou indispensável para profissionais em todas as fases da carreira. Marc Tawil, estrategista de comunicação e posicionamento, participou do Robert Half Talks em um bate-papo com Larissa Fraga e Lais Vasconcelos, da Robert Half do Rio de Janeiro, sobre como construir e manter uma marca pessoal autêntica em um mundo cada vez mais digital e diverso, onde diferentes gerações convivem no mercado de trabalho e nas redes sociais. Ele trouxe uma perspectiva valiosa sobre como fortalecer a marca pessoal de forma genuína, além de discutir o impacto das novas tecnologias, como a inteligência artificial, na comunicação e no ambiente corporativo.
Ouça o episódio completo
[Música] Bem-vindos a mais um episódio da Robert Hef Talks. Eu sou a Larissa Fraga e faço parte do time da Robert Hef no Rio de Janeiro. Hoje eu e minha colega também do Rio de Janeiro, Laí Vasconcelos, recebemos Mark Tawil para conversarmos sobre o futuro da comunicação e o poder da marca pessoal. Obrigada Laí. Obrigada Larissa. Muito obrigada, Mark, pelo convite. Estou muito animada de poder participar dessa dessa rodada de conversas. Eu tô mais animado que vocês, sabendo que tem duas cariocas ainda. Vai ser uma conversa nacionalizada. Não temos dúvidas sobre isso. Nosso convidado Mark Tawil é estrategista de comunicação e posicionamento, líder no tema no mercado. Após acumular reconhecimentos e comunicação empresarial, participações em TED, passagens por grandes veículos de comunicação e ter sua própria agência, Mark ainda lançará um livro, o seu novo livro. Seja sua própria marca, inclusive estamos bem animadas para saber das novidades. Seja bem-vindo, Mark. Muito obrigado. Obrigado, Larissa. Laí Mark, você é uma das vozes mais reconhecidas no LinkedIn. Eh, quando você percebeu que você tava construindo uma marca pessoal e não apenas compartilhando as suas ideias? Muito interessante. Demorou para eu perceber e eu venho de um tempo, Larissa, que na verdade é um outro milênio, né? Eu sou nascido num outro milênio. Sou da geração X, ou seja, uma geração que nasce no final dos anos 60, começo dos anos 70. Eu vou fazer 52, sou de 73. Então eu não peguei muito essas palavras desde o começo. Aliás, eu peguei desde o começo, mas eu não internalizei. Por exemplo, monetização, audiência, alcance, foram coisas novas para mim. Eu não venho do Instagram e não venho do mercado digital. Eu sou um jornalista raiz, trabalhei Jovem Pan, Band News, Jornal da Tarde, Rádio Globo, eu venho do Hard News e isso não me fez entrar então com os dois pés já sabendo aquilo que ia acontecer. Como eu costumo comparar, eu sou do primeiro Big Brother e não do último. No primeiro você tinha ou que sair numa revista ou que fazer presenças em festas para poder ganhar dinheiro. Hoje você não precisa nem ganhar o Big Brother. Você pode ver o Gildo Vigor que é multimilionário e ficou em quarto. Por quê? Porque é tempo de televisão, é audiência, é um outro tipo de conexão. O que eu quero dizer com isso? Quando eu realmente fiz algum sucesso no LinkedIn, vamos chamar de visibilidade, vai fazer 10 anos, foi em 2016. Então tudo era quase mato. Não vou dizer que era mato, porque o LinkedIn é de 2002, na verdade entrou no ar em 2003, mas foi criado em 2002. Então ele já tem mais de 20 anos. E eu tô falando de 10 anos atrás, mas de 10 anos para cá mudou muita coisa. Os tipos de top voice se mudaram, então eu virei o número um da primeira lista, mas depois muitas coisas aconteceram, novos recordes, fala-se de gênero, de raça, fala-se de etarismo, fala-se de um quase de tudo. E eu acho que o LinkedIn, de maneira muito sábia, tanto no Brasil como no exterior, identificou as vozes engajadas em alguns temas e começou a subdividir depois da terceira, quarta, quinta lista em top voices mais específicos. Então eu falava de tudo um pouco, o que me ajudou muito no começo a ter audiência, visibilidade, números, mas em dado momento também me atrapalhou na hora de eu afunilar tudo isso e querer viver da minha própria marca. Agora, Mark, você trouxe um ponto muito relevante, né, da sua entrada ali no LinkedIn, a mudança eh que os anos, né, que esses últimos 10 anos, eh, proporcionaram tanto no universo do LinkedIn, mas na comunicação como um todo, né? O que que você percebe, né, de aprendizado, né, dos últimos 10 anos em relação à sua construção da marca, né, da sua própria marca dentro desse ambiente do LinkedIn, né? Eh, e o que que mudou e o que que é uma tendência aí para os próximos anos? Olha, vamos começar pelo começo e não pelo final. O que que mudou tudo quando você fala em 10 anos de comunicação num mundo em que a gente tem sete gerações convivendo juntas, sete, na verdade, convivendo no mercado, porque você tem geração silenciosa que são octao e nona genários. Aí no Rio de Janeiro você tem a Fernanda Montenegro, você tem Donald Trump, você tem o Lula, você tem o Ne Mato Grosso, você tem o Arifontora, depois você tem a geração Baby Boomer, Luiz Helena Trajano, Septo Agenos, você tem a minha geração X, muitos deles estão no LinkedIn, a maioria dos X, te diria que muitos baby boomers e alguns octo nona genenários também. E aí começa a diminuir um pouco. Depois da X, a Y ela já vem mais curta, de 80 a 90. E por quê? Porque vem com a informática. O mundo acelera. De 90 a 2000 são os millennials. Por isso que tem esse nome. Tem gente que fala: "Não, Y é millennial, não é. Y é uma coisa, Millennial é outra". Então, Millennial ele vem com a internet, não com chip. E isso muda tudo, porque ele começa a ver como funciona o mundo. Black Life Matters, Mew. Você tem as causas aparecendo, a questão ambiental de 2000 a 2010, aquele que é mais contestado hoje, geração Z, Jane Z, nascidos entre 2000 e 2010. E aí a gente tem uma sétima geração depois da silenciosa dos baby boomers, X, Y, Millennial e Z. a sétima geração que tá trabalhando, que é a geração alfa, nascida em 2010. Ah, mas tá trabalhando como? Bom, você tem 1 milhão de influenciadores de menos de 15 anos, você tem jovens aprendizes no mercado de 15 anos e você tem esportistas, entre outros. Então veja, sete trabalhando e você tem uma oitava, que seriam os novos nascidos de 2020 para cá, que muita gente chama de beta. Ah, mas beta tem só 5 anos de idade. Sim, mas já consome. A loja preferida da minha filha, Cora, ela tem 11 anos, é a Séfora de maquiagem. Eh, os novos, as crianças pequenas, elas já compram games, elas já compram Peppa, elas já compram e sei lá, Pal Patrol, entre outras coisas, já querem ver filme da Disney, já querem, já sabem o que é Pixar, então não dá pra gente sobreestimar. E as marcas, sabendo disso, já começam a trabalhar para essas gerações. Voltando pro LinkedIn, a entrada de Millennials, só para falar das últimas, e Jane muda muita coisa, para não dizer quase tudo no LinkedIn. O LinkedIn deixa de ser uma rede de homens brancos, normalmente americanos, em cargos de poder, para virar uma rede que começa a trabalhar outras nuances. O LinkedIn Brasil foi muito bem aqui quando ele criou comitês raciais, comitês de gênero, eh, entre outros, para poder debater internamente como criar listas mais diversas e inclusivas. Isso não é uma conversa woke, isso é uma conversa de como eh gera o mundo. O mundo é muito mais colorido, diverso, inclusivo do que a gente gostaria. muitas vezes que fosse falando nós, as pessoas que têm preconceitos, não tô me colocando, mas tô dizendo nós enquanto sociedade. A sociedade é muito preconceituosa, talvez não queira que seja tão assim. Você tem aqui no Brasil a questão da misogenia, a questão do racismo estrutural. Então o LinkedIn ele traz os temas e as novas gerações elas começam a espelhar esses temas comunicando diferente. Então você vai ter expose de empregador, você vai ter expose de homem que acedia mulher ali no e-mail, você vai ter conversa que tem muito mais emoji. O próprio Liquedi criou uma trad de emojis para você falar se você não gostou, se você não gostou, eh se você apoia, se você tá triste. O LinkedIn criou isso e você tem os memes e o humor. Então veja, em 10 anos muda o tema, muda o jeito de comunicar e mudam as formas de comunicação. E na minha visão, isso muda tudo. Para eu me aproximar de alguém, eu não preciso mais ser tão formal. para uma pessoa gostar do meu conteúdo, eu não preciso postar só um bastidor de trabalho. Eu te dou um exemplo. A gente tá gravando essa conversa eh dias depois da passagem do Papa Francisco e hoje eu postei um vídeo de inteligência artificial, obviamente, de Jesus Cristo, sou judeu, tá? Recebendo o Papa Francisco. Como que seriam os dois no céu, fazendo selfie, voando tal? O vídeo tá bombando no LinkedIn. Então, veja que não é um assunto só. eh um assunto técnico de trabalho, mas eu consegui lincar com a minha marca pessoal dizendo o seguinte: a inteligência artificial que faz tanta coisa inútil também pode proporcionar momentos de conforto. Eu tô falando de comunicação e de inteligência artificial. Isso faz toda a diferença para quem tá assistindo. É um momento de pausa, tem a ver com o meu trabalho, mas eu não preciso ficar ali raspando na tecla. Comunicação, comunicação, eu tô demonstrando que é possível fazer. Sim. Excelente. E Mark, em tempos de inteligência artificial, qual o papel do conteúdo autoral na construção da marca pessoal? No que a gente tem que ficar de olho para não cair em siladas eh ao perder a mão usando uma inteligência artificial? No teu ponto de vista. Existe uma frase clichê que é engraçado que os clichês eram antigos, né? Agora os clichês passam muito rápido, que diz o seguinte: "Você não vai ser substituído pela inteligência artificial. Você vai ser substituído por alguém que entende mais de inteligência artificial que você." Essa frase tem um ano e meio, mas já é clichê. E eu tô mudando essa frase. Eu tô dizendo o seguinte: você não vai ser substituído por alguém que entende mais de inteligência artificial do que você. Você vai ser substituído pela tua versão genérica, pela tua versão essa sim, com zero pensamento crítico, com zero criatividade, uma versão literalmente uma cópia que não pensa. E a autenticidade, ela vem justamente na minha visão do contrário. Uma pessoa que é autêntica é uma pessoa que não replica tanto assim. É uma pessoa que não recorta e cola uma traduttico. É o cara que criou a tradu a menina. você replicar uma trad, você tá sendo um copião da pessoa. E as pessoas mais autênticas não quer dizer que elas são hipercriativas o tempo todo, mas elas entendem quem elas são. Elas se apoiam na autenticidade ou na originalidade ou naquele selo que só ela tem para que ela possa aí sim inundar o mercado ou a vida das pessoas com algo que é muito próprio dela. É um encontro consigo mesmo. A inteligência artificial ela não vai roubar tantos empregos assim. Muito pelo contrário, ela vem para muita coisa boa, mas ela também cria uma espécie de preguiça que contribui muito pro que a gente vive no Brasil chamado apagão. Isso não fui eu que dei, tá? Apagão cognitivo. A gente vive um apagão cognitivo no Brasil. Infelizmente, as pessoas deixaram de pensar, deixaram de pensar criticamente. E isso, obviamente, com a inteligência artificial ganha escala, porque você vai ter alguém que não pensa, que não faz um, não joga um prompt. Que que é um prompt? um comando, ela joga uma pergunta e aí o chat dept, que também não é lá essas coisas, responde de uma maneira aberta e até preguiçosa. Então você vai ver eh CEOs que estão na imprensa dando as mesmas declarações. E por quê? Porque o assessor de imprensa recortou, colou no chatt pergunta qualquer, chatt devolve de maneira genérica e você tem dois CEOs falando a mesma coisa na imprensa. Então essa falta de senso crítico, de repertório, de se preocupar em trazer a tua autenticidade, a tua cultura para poder extrair o melhor da máquina e aí sim trabalhar a simbiose é que é o problema. O problema não é a inteligência artificial, o problema é como você lida com ela. E Mark, nossa, muito bom essa essa sua colocação, porque eh ser autêntico e criar uma marca forte pessoal, né, eh não necessariamente é um contraponto ou uma oposição ao uso da inteligência artificial, né? é uma otimização. E como você acredita, né, que eh seja a gente, né, nós que estamos utilizando e queremos utilizar a marca pessoal para fins de empregabilidade, para mercado de trabalho, a gente pode aliar a construção de uma marca de identidade forte com inteligência artificial. Olha, essa é uma excelente pergunta e você sabe quando a pessoa fala que excelente pergunta é que ela não sabe a resposta, ela tá pensando. Então assim, já que eu pensei, eu posso te dizer o seguinte, eu fui em março pros Estados Unidos, assisti o SX SW e lá tem um um dos futuristas que falaram chamado Ian Bcraft e a N Beacraft. E ele disse uma coisa super interessante. Ele falou assim: "Laí, eh, a inteligência artificial não é uma ferramenta, ela é um paradigma. A inteligência artificial não é uma ferramenta, ela é uma mudança de paradigma. Ou seja, não dá mais pra gente pensar só: "Eu vou ter uma ideia e vou jogar ali no chat GPT ou em outra inteligência artificial". a gente precisa pensar digitalmente. Então o convite fica, como é que eu posso já pensar junto com a máquina? Essa é uma resposta que eu não vou ter agora, porque eu não tô dentro da Robert Hef e de tantas outras empresas que estão escutando a gente ou empresários. É a cultura deles aliada à máquina que vai fazer essa simbiose e acelerar processo, criar novos processos, identificar vieses, melhorar texto, melhorar marca. Isso pode ser feito de várias maneiras. Vou te dar um exemplo. Eu faço muita palestra, dou muito treinamento. Hoje eu pego esses essas palestras, esses PDFs, esses treinamentos, jogo na inteligência artificial, peço uma análise e peço uma nota e pergunto: "Por que você tá me dando essa nota?" Justifica. E ele vai me vai me explicar, ele ou ela, né? pode ser a inteligência artificial. Vai me explicar que nota que deu, quais os pontos fortes, que slide que tá fora de contexto, onde tá faltando uma conexão entre o slide e outro. Então veja, uma coisa simples que demora segundos e que melhora minha nota de uma 8, 8,5 para 9, eu me sinto muito mais seguro. Quando eu recebo, por exemplo, um mentorado para fazer uma análise dessa pessoa, uma coisa é eu anotar, outra coisa é eu gravar essa conversa e cientificamente por meio da IA, com a minha capacidade analítica. Aí entra a minha capacidade analítica, entram os meus viéses, entram o meu aprendizado, a minha cultura. Eu consegui montar um posicionamento estratégico para essa pessoa e várias outras coisas na sequência. É um trabalho. Eu vou te dizer: "Ah, não, eu não uso, eu sou purista, eu não uso". Isso é uma bobagem. Se você não usa, tem alguém usando que tá 10 anos na sua frente. Ah, mas eu sou escritor, eu gosto de escrever meus próprios textos. Beleza, você pode fazer isso, mas você também pode ter outras ideias, outros outros pontos de vista, uma revisão melhor. O não utilizar a inteligência artificial hoje é que nem você olhar para trás, fala: "Não, prefiro mandar carta e meio". É uma coisa muito, tá tirando emprego do carteiro. Não dá para você pensar assim mais. Exato, Mark. A gente aqui e no nosso negócio a gente eh acredita muito nisso, né? A gente não tem como retroagir. A tecnologia tá aí, né? né? E o importante é que a gente chegue na, né, esteja à frente do mercado, esteja à frente, né, eh, do do dos melhores candidatos e clientes, mas sem perder isso que você trouxe, né, a característica do ser humano, de ser crítico, eh, de ter ali uma análise comportamental. Então, assim, como você bem trouxe, não há perda de emprego, a otimização de postos de trabalho, né? Então, eu acho que isso também bate muito com eh a vivência em qualquer mercado, né? Acho que a gente não precisa ter medo, né? Eu acho que muitas pessoas têm medo da ferramenta e, né, de de nos tornarmos obsoletos de certa forma, né, eh, enquanto produtivos, enquanto produtores, né, de conteúdo ou, enfim, de de mercado de trabalho como e atuantes no mercado de trabalho como um todo. Mas isso é uma premissa muito errada, né? Você vê, você acredita nisso também? Eu acredito na palavra e somos nós e a inteligência artificial. Somos nós e as novas ferramentas e não ou. O que acontece muitas vezes, Laí, é um medo generalizado, causado muitas vezes por empresas que não querem perder o posto porque não se atualizaram. Então elas ficam jogando isso. Você tem resistência por parte de profissionais. Agora, se eu perguntar para vocês duas, Larissa e Laí, e para todos os consultores Robert Heff, se eles usam o LinkedIn para mapear talentos, tenho certeza que 99% vão dizer que sim. E se você falasse isso 10 anos atrás, talvez não. Ou por medo, ou por temor, ou Então, não é mais eu ou ele. Sou eu e ele, sou eu e ela. Entende o meu ponto? É a mudança de paradigma, na minha visão, vem daí. Ah, eu eu sou jornalista raiz. Outro dia eu fui a uma rádio e revi pessoas que trabalharam comigo 27 anos atrás. 27 anos atrás. E as pessoas estavam fazendo quase as mesmas coisas 27 anos atrás. Não tô falando de agora, tô falando de 1997. Onde que eu quero chegar? Eh, eu não sei como essas pessoas se dariam se a rádio fechasse hoje. Eu não sei o que que essas pessoas poderiam fazer se a 27 anos elas estão fazendo praticamente a mesma coisa. Então, acho que o ponto é, e aí vem também de novo o que o B Craft falou no SXSW. A gente vive hoje um fluxo de competências que a gente pode chamar de skill flux. Skill flux, que que é o fluxo de competência? É basicamente entender que não é mais sobre aquilo que eu sei, é sobre como eu me adapto aquilo que eu não sei ainda. E aí a nossa autoridade que tinha 30 anos, agora vai ter três. Porque da mesma maneira que Robert Heff tem anos de mercado, presença internacional, consultores gabaritadíssimos e usa inteligência artificial, você pode ter uma empresa micro ou talvez uma eupresa de uma criança, desculpa a palavra, de 16 anos no interior da Paraíba ou no interior da Indonésia, que vai fazer um trabalho melhor, porque aprendeu a utilizar a ferramenta de outra forma, porque conseguiu mimetizar o consultor. Então, de novo, a gente tá nessa mudança de paradigma que tá quase todo mundo na mesma tempestade, só que em barcos diferentes. E isso é um grande reset do mundo. Você vai ter Robert Hef, que tem 1 milhão de de skills, mas também pode ter lá atrás num retrovisor uma microempresa que tá começando agora, mas que tem amplo domínio da IA e consegue disso transformar uma empresa pequena numa gigante em pouquíssimo tempo. Eu acho que você trouxe um ponto que pra gente é muito relevante do quanto a gente se reinventa todos os dias. Eu entrei na, eu tenho atualmente 4 anos de casa. E eu lembro que o que eu usava de ferramental assim que eu entrei já é totalmente diferente, adaptado hoje em dia. Então, até quando alguém levanta a bola, você trouxe uma pergunta: "Eh, quem é o consultor que não tá usando o LinkedIn?" É claro que todos estão, mas hoje não é a minha primeira ferramenta, porque hoje eu já tenho uma EA criada para o uso da Robert Chef. Então, a gente entrou num nível de evolução tamanho que as coisas já estão adaptadas e eu assim não existe, não existe mais olhar para trás, é daqui paraa frente e com muita profundidade e aceleração porque tudo tá mudando de uma forma muito mais intensa, né? Acho que todos nós já vivemos isso e agora tá um pouco mais eh acentuado. Eh, eu queria te fazer uma pergunta. Como que você considera que a sua marca, a sua marca pessoal impactou diretamente nas oportunidades profissionais da sua carreira? Ela continua impactando. O livro que eu vou lançar chama-se Seja sua própria marca. E veja que interessante, eu esse livro na minha cabeça em 2018 e tudo foi mudando tanto que o livro já mudou muitas vezes antes de eu lançar. E é muito louco, né? Porque eu entreguei a primeira versão do livro em 2020. Em 2020, assim que eu entreguei era março de 2020, explodiu a pandemia, a gente tava na França, eu voltei infectado, todos voltamos infectados. Meu pai morreu em seis dias, então perdi meu pai ali. Depois a minha empresa, que era uma agência, eh, foi obviamente perdendo clientes, eu perdi, tive um divórcio também, ou seja, tudo ao mesmo tempo agora. E aí eu tive que me reinventar ao longo dos últimos anos. Então essa lustrada da marca pessoal, ela é diária. E te digo mais, as pessoas cada vez mais compram pessoas. Então mesmo que você seja Robert Heff, em algum momento a pessoa vai querer lidar com a Laí, vai querer lidar com a Larissa e tantos outros profissionais, porque é uma questão de confiança, né? É uma questão de identificação, de conexão. Eu fiz um post alguns dias atrás, eu as minhas redes sociais, posso fazer uma propaganda? Não, as minhas redes sociais são @marketawil m a r. E eu fiz um post outro dia em que eu perguntei pro chatt era o Q dele. Aí obviamente ele deu risada, falou que não era humano. Eu insisti e ele me respondeu 155. Cade uma pessoa normal, nós três aqui tá entre 100 e 110, estourando 120. 130 já é super dotado. 155 de GPT não tem 3 anos de vida, imagina daqui a 3 4 anos. Então é impossível concorrer com a máquina. O que eu tô vendo acontecer, então as pessoas se voltarem para isso que a gente tem de mais natural, que é minha autenticidade, o meu jeito de explicar, a minha vulnerabilidade, o meu lado mais humano, o meu lado como pai, o meu lado como cuidador, estudar os meus arquétipos, me posicionar de uma maneira e usar o que a a IA tem de melhor. Então, como que minha marca pessoal afeta ou como ela gera negócios, ela gera negócios que as pessoas conseguem se identificar comigo. Agora, esse é um trabalho estratégico, Larissa. Não dá mais para você ser só uma pessoa que chega lá e dá o ar da graça e todo mundo gosta de você. As pessoas podem te adorar, mas não comprar de você uma agulha. Aliás, é comum. Por quê? Porque você não tem o que vender, porque você não sabe comunicar aquilo que você faz, porque você não sabe se posicionar na cabeça do outro. Então, eu fui estudando tanto isso que hoje eu vendo isso. Hoje o meu trabalho é identificar dentro do público que me, enfim, que me segue e que compra os meus produtos, como essas pessoas podem se identificar, sejam elas mentoradas um para um ou em grupo, sejam em cursos. Então, eu tenho só no LinkedIn Learning como instrutor oficial da plataforma, eu tenho 150.000 alunos, tenho 50.000 em outras edtecs. Eh, sabe assim, eu vou trabalhando em várias vertentes, mas eu também furo minha bolha o tempo todo. Eu me obrigo a falar o tempo todo com pessoas, porque eu gosto, tá, mas com pessoas de bolhas diferentes. E isso me abre muito a cabeça. Então, a minha conversa não é uma conversa antiquada, não é uma conversa machista, não é uma conversa homofóbica. Óbvio que eu tenho meus posicionamentos e coloco os meus posicionamentos, mas antes de eu colocar, primeiro eu penso e depois eu também sei voltar para trás se precisar e retirar o que eu disse. E as pessoas começam a criar crédito com isso. Elas começam a te seguir, fala: "Pô, é coerente, ele falou isso ontem, ele falou isso hoje, mas ele justificou o porquê. Você pode não concordar, você não é obrigado a concordar, mas você pode pelo menos escutar. E acho que um dos valores do meu trabalho é esse. Eu consigo conectar a minha marca pessoal projetando aquilo que eu penso, projetando aquilo que eu faço do jeito que eu faço, mas também visibilizando e colocando nas nas vitrines causas importantes, outras pessoas, não fico só centrado em mim. E eu acho que esse é o esse é o cerne da questão toda. Como você pode ter um palco para vários protagonistas? Sim. E tá tudo bem mudar de ideia, né? Desde que você tenha a coerência nessa mudança. E você tem crédito, as pessoas te dão crédito, sabe assim? Eh, óbvio que eu já fui cancelado uma vez ou outra por motivos normais, tá? Nada de outro mundo. Mas onde que eu quero chegar? Eh, o cancelamento, essa crítica exacerbada é normal no mundo de hoje. Claro que tem cancelamentos e cancelamentos, mas se você tem crédito e você errou, as pessoas perdoam e literalmente esquecem. Agora, se há um comportamento e você faz disso a regra e não a exceção, você vai ficar rotulado. Em algum momento as pessoas vão fugir de você. Você vai botar dinheiro na marca pessoal de alguém que tá o tempo todo batendo boca com esse ou com aquele ou vai ficar xingando o governo o tempo todo. Eu já percebi isso cedo. Falar de governo ou do ex-governo ou do futuro governo, bater boca sobre questões muito específicas que não me dizem tanto respeito, ou comprar briga do outro, comprar barraco, já fiz, mas não faço mais. Primeiro que não agreguem nada na minha marca pessoal. Segundo que eu já percebi que as pessoas não estão nem aí com quem eu vou votar. Não é um assunto ai em quem vai votar o grande Mark Tu, Dane-se, não vou mudar a opinião de ninguém. Então claro, se há um fato e eu queira comentar um fato, uma fala, um posicionamento, um comportamento, tudo bem, tem até a ver com o meu trabalho de análise. Agora, eu sair falando, eu só perco. Então, eu penso muito antes de fazer. Nossa, que que aula que a gente tá recebendo aqui. Eh, você trouxe um ponto que pra gente aqui é relevante. Eh, antes mais nada, eu sinto muito pela sua perda durante a pandemia. Obada. Obrigada. Eh, você começou a falar um pouco de como foi a criação, o desenvolvimento do seu livro. O que que você pode contar pra gente sobre essa publicação? O que que a gente pode esperar dessa obra? Bom, primeiro queria te agradecer em relação ao meu pai. fico muito tocado e a solidariedade, a empatia é um grande valor para mim. Quando eu escrevi esse livro em 2019, entreguei em 2020, fui refazendo ele porque o mundo foi mudando substancialmente, eu fui me questionando por ser e não só ter uma marca faz diferença. Então, esse é um livro que eu criei para inspirar, para ensinar o leitor a deixar a marca dele no mundo, seja ela qual for, sendo quem somos e não necessariamente fazendo aquilo que a gente faz. ou tendo aquilo que a gente tem, a gente consegue deixar a nossa marca no mundo. A gente tem a oportunidade de não necessariamente ser um influenciador ou uma influenciadora, mas sobretudo a gente ter uma espécie de despertar de consciência, né? Uma jornada de autoconhecimento, de autenticidade, questionando narrativas internas. E aí eu dividi o livro justamente numa jornada de três fases. Então, como deixar, como moldar esse legado genuíno em vida. E eu abro justamente falando sobre a autenticidade. Vou te dar um spoiler ainda que ninguém tem. O primeiro capítulo se chama o algoritmo da autenticidade. Como é que eu combato essa ditadura da aparência? E aí eu vou trabalhando o livro nessas três jornadas. E a primeira delas é consciência, então, né, para clientes perto de quem eu sou. Me deram uma marca quando era pequeno, marque bagunceiro, marque isso, marque aquilo. E aí eu desperto, né? Eu descubro aquilo que realmente importa na minha vida. E aí eu preciso hackear o meu próprio código, preciso ver o peso invisível das minhas narrativas. O segundo ponto chama-se maturidade. Como eu construo e vivo a minha marca. Isso acontece quando a gente fica um pouco mais velho, né? Quando a gente adquire coerência, quando a gente começa a descobrir como alinhar as nossas escolhas diárias e valores que vão moldar a nossa marca, como persistir mesmo quando tá tudo contra a gente e aí mostrar não só a força de quem a gente é, mas entender que cada pequena ação da nossa vida cria grandes percepções no outro. Quando recomeçar pode ser uma melhor escolha. E depois do despertar, da consciência, da maturidade, a gente chega num ponto que é o ponto da sabedoria, que é quando a gente literalmente deixa a nossa marca no mundo. A gente consegue eh agregar o poder de dizer não. a gente consegue entender o valor das emoções, quando as emoções, os valores trabalham juntos, como a gente trabalha impacto no mundo, como a gente usa um efeito de uma marca em escala para poder deixar isso no mundo. Como a gente constrói um ecossistema com ideias, ações, uma rede de vida, uma rede de vida é propaganda da TV, né? Uma rede viva. E por fim, como que a gente trabalha o nosso legado? E legado para deixar uma marca duradora não é sobre eh o que que eu vou deixar de presente para as pessoas em relação a uma placa na parede, um carro ou um dinheiro no banco. É muito mais do que isso. Se você parar para pensar que pessoas gigantes do Brasil vão nos deixando ano após ano, que essas pessoas não são nem citadas, nem citadas, eh, imagina a gente que é mortal. Então, o trabalho é como é que eu deixo esse legado em vida para as pessoas. como que eu faço a vida das pessoas melhorar e acima de tudo como que eu faço para ter prazer nisso. Ô Marc, você comentando um pouco sobre o conteúdo do seu livro, eh, me veio duas coisas à mente, né? O quanto é importante um exercício de análise, né? eh de se reconhecer, de se diferenciar, de falar não pra gente conseguir, né, separar os papéis e encontrarmos conforto novamente em sermos quem somos dentro desse universo, né, que tá tão rápido, que tá tão eh com a que a pressão, né, e a cobrança tá tão intensa, que as informações transitam de forma muito eh intensa novamente, né, e o quanto a gente encontrar esse espaço no mundo para finalmente deixar um legado importante. É, até pra pro nosso conforto pessoal, né? E quando a gente tá bem com a gente mesmo, nós e conseguimos nos comunicar melhor, né? Tanto para dentro como também para fora, nas corporações, com os times, né? Enfim, com várias eh com outros microssistemas ali que envolvem a nossa vida, né? Eh, você acredita que dentro desse contexto de criação de marca também, comunicação, al autoconhecimento, né? Eh, como isso conversa também com eh a comunicação corporativa e a melhoria de relacionamento e comunicação dentro das empresas para fins de otimização de time, de equipe, que no final do dia acaba também e né, em resultados. Eu vejo cada vez mais, Laí, que as empresas querem o fator autenticidade. E por quê? Porque a pessoa sendo ela mesma, trazendo vivências dela, vindo de um outro lugar com a sua visão de mundo, tem muito mais a agregar do que desagregar. Quando você tem seis pessoas que pensam igual numa mesma sala, outro dia até vi uma, o que poderia ser uma anedota, mas era verdade, um grupo de uma grande empresa de diversidade que era formada por seis caras, o grupo de diversidade. Então é um pouco sobre isso. É a visão curta do CEO, a visão curta do CMO, a visão curta do do de level. Conhece o de level? Não, não. Level do dono, o de level e muitas vezes é para nela. E quando você tem um de level que que tem essa característica de eu acho que isso aqui é mimimi, acabou. Você pode ter o melhor projeto do mundo, ele vai ficar pelo caminho. Então o ponto é como é que eu mudo a cabeça da liderança antes de mudar a cabeça do liderado? Porque é por ela que vem, é pelo exemplo que vem. E aí você tem que ter mesmo um trabalho de cultura. um trabalho de convencimento, um trabalho de, enfim, eh, seria bom falar isso se não se não fosse tão polêmico, mas a gente ter menos Donald Trumps, assim envolvidos nessa questão de ditar as regras do mundo, porque eles acabam cascateando essa visão de que inclusão e diversidade é bobagem, de que SG não precisa, de que carro elétrico é uma coisa antiquada. E eu acho que isso acaba cascateando paraas empresas e vai validando muitos discursos retrógrados. O mundo caminhou muito pouco de 50 anos para cá, mas caminhou. E o que eu tô vendo agora é um retrocesso. E esse retrocesso atinge as empresas. Basta ver quantas empresas, não vou citar os nomes aqui, abandonaram as suas políticas de diversidade, inclusão nos últimos anos. E esse é um problemão. Pode não ser um problemão para quem tá do lado de cá, mas para quem tá do lado de lá, entre aspas, que não consegue furar essa bolha ou essa barreira, sente na pele. Eu acho que uma empresa que se diz moderna, com uma comunicação mais horizontal, é uma empresa que tem no sangue esse tipo de visão, de que apesar de ter lideranças globais que pensam diferente, de que o mundo e os donos das redes sociais eh se fecharam neles mesmos, ainda existem bastiões que trabalham essa cultura pessoal, com sangue forte, que visibilize todo mundo, que tem a mulher em cargos de poder, que tenha as questões de negritude, que sim trabalha as questões de pessoas com deficiência, que respeita todos os gêneros. Isso deveria ser o normal, né? Porque a gente tá falando de uma sociedade que é assim, é que nem eu querer vender shampoo só para loiro ou para negro. Você pode ser bom para um nicho, mas quando você fala de um reflexo dentro da empresa da sociedade, a sociedade é muito maior do que aquele extrato. E tem uma diversidade também da qual se fala pouco e que eu bato muito na tecla, que é a diversidade etária. Então, para fechar a tua resposta, eu te diria que a autenticidade ela não passa só por ser alguém criativo ou divertido ou que fala bem ou que tem essas questões de expansividade. Acho que a autenticidade verdadeira é aquela que você consegue pontuar coisas que são sensíveis e aprender com elas. E como é que você acredita, principalmente pensando no num tema de inclusão, que treinamentos podem eh destravar diálogo, aumentar a produtividade e o desempenho desses times, pensando no mundo corporativo? Olha, Larissa, não adianta você ter políticas relacionadas a raça, gênero, etárias, pessoas com deficiência. Se essas pessoas não estejam na empresa, se você não tem exemplos dentro da empresa, não adianta eu letrar uma pessoa sobre tudo que é racismo ou antirracismo e eu só tenho brancos trabalhando. Não adianta falar em misogenia no mundo mais e equânime se eu não tenho mulheres em cargo de decisão. E fica muita perfumaria. Então minha sugestão é primeiro tem essas pessoas dentro. Primeiro dê realmente autonomia para essas pessoas serem quem são. Não coloca ela eh não coloca elas em cargos de pena. Então, por exemplo, uma pessoa com deficiência que vai trabalhar escondida no almoxarifado ou que vai ter uma função de carimbar um papel. É muito mais do que isso. Quando você tem uma autonomia, quando você tem um respeito, pertencimento e essas pessoas crescem com a empresa, quem ganha é a empresa, quem ganha o mercado, quem ganha a tua reputação, quem ganha é você. A minha sugestão inicial é: tem as pessoas primeiro. Elas precisam ser o exemplo verdadeiro, senão você não tem lugar de fala para falar. É que nem uma propaganda de banco que só tem que que é super missigenada e você entra no banco e não tem ninguém, só tem as mesmas caras ali. Primeiro ponto. Segundo ponto, existem várias formas de sensibilizar e é um trabalho de sensibilização mesmo, porque às vezes até a pessoa que tá lá já ouviu tanto e já foi tão reprimida que até ela acaba sendo mais preconceituosa do que os outros. Também é comum. Então, escutar essas pessoas, escutar o mercado, trazer políticas de inclusão, diversidade em forma de letramento, em forma de curso, em forma de conversas mais sensíveis, mas tudo parte, tudo, tudo, tudo de uma skill comunicacional só chamada escuta. Se você ter uma boa escuta dentro da empresa, isso valida tudo, porque você vai escutar tanto quem se põe em contro como quem se põe a favor, como a pessoa em questão. Você pode escutar a família dela, você pode entender, você só consegue conhecer uma pessoa através da escuta e não o contrário. Você não vai conhecer alguém falando, você vai conhecer alguém escutando essa pessoa. Então, quanto mais essas pessoas forem escutadas, o mercado for escutado, a empresa for escutada e não só o CEO e aquele pequeno comitê, mais oportunidades você vai ter de crescer essas políticas de uma maneira madura. Ninguém tá falando aqui que nossa, vamos colocar o drive 100% para representatividade, inclusão e diversidade e esquecer do caixa. Não é isso, não é essa conversa, não é ou de novo, é uma questão de e somos nós e essas histórias todas, porque essas pessoas estão aí, tão produzindo, estão trabalhando, estão fazendo dinheiro e estão consumindo seu produto. Se você falar de Robert Heff, você vai ter gente de 18 a 75 que consome os serviços de vocês. Você vai ter gente preta, branca, muçulmano, judeu, um bandista. Por que não falar com essas pessoas? Eu não consigo entender. É o exemplo que arrasta. Na última linha, o que a gente diz é só o que a gente diz, né? Você me trouxe um pouco sobre a comunicação, a escutativa. Você percebe mudança na forma hoje como as empresas enxergam a comunicação interna? O que que tem sido mais valorizado na sua opinião hoje em dia? Infelizmente eu tenho percebido que aí sim eu vou te falar que a IA tem tomado um certo lugar. E por quê? Porque ficou muito fácil você relegar tudo que é RH, people a um software. O software é bom, ele ajuda, mas ele não é tudo. Vou te dar um exemplo. Fui fazer uma palestra no Dia Mundial da Criatividade e na plateia tinha um rapaz e eu perguntei pra plateia, eu sempre pergunto, né, sempre interajo e perguntei: "Algum de vocês se consulta com o chat GPT?" Todo mundo riu, ele levantou a mão e eu perguntei sério, não perguntei brincando. Ele falou: "Eu me consulto." Eu falei: "Que que você faz?" Ele falou: "Cara, eu tenho muita dificuldade em me expressar com pessoas. Tenho dificuldade, eu não consigo, não consigo falar dos meus sentimentos e com ele eu consigo. E ele é super empático. Eu não sei, Laí e Larissa, se vocês já fizeram o teste de conversar com chat de GPT, de dizer: "Olha, não é um bom dia para mim, não estou me sentindo bem". Vocês vão receber de volta a pessoa mais empática do mundo. É surreal. E se você fizer um teste e colocar a partir de agora, eu quero que você seja o meu analista e e seja Sigmon Freud, ele vai te responder como Freud. Então você pode ser analisado pelo Freud no quintal de casa. Por que que eu tô te dizendo isso? Porque essa é uma maneira também de cortar muito da relação humana e você vai ver cada vez mais isso acontecer. E nas empresas não é diferente. Então aquela conversa do café, conversa no corredor, vou te receber na minha sala, vou conversar com a diretora de RH, me sentir assediado. O meu medo é que tudo isso vire uma conversa 100% mecânica, porque de fato o que tá acontecendo hoje é nós temos uma proteção mecânica. Ponto. E isso vale desde as empresas como site de relacionamento. O site de relacionamento, ele faz isso, ele te protege. Você não vai tomar um fora cara a cara, você vai tomar um uma ida pra esquerda ali, te joga pro lado e acabou. Ou para de responder, não tem problema nenhum. É, dói muito menos. E o meu medo é que isso chegue nas empresas, num nível em que a conversa, que deveria ser importante, a escuta, ela vira um bando de xizinhos. Então eu não vejo a comunicação interna das empresas melhorar. Se a gente tinha lá atrás durante muito tempo, se a gente teve a intranet, lembra dela? A intranet. E agora a gente tem os softwares, mudou muito pouco, vejo pouca dinâmica, vejo pouca conversa e isso deveria ser obrigatório. Agora, existem exemplos também do contrário de como empresas como a BMW, que é uma empresa centenária, que fatura 100 bilhões por ano, que tem 100.000 1 funcionários, ela trabalhou essa, vou chamar de inteligência geracional aqui. Ela percebeu que os novos entrantes, ou seja, a molecada, tinha dificuldade na hora de decodificar os temas e percebeu que as pessoas mais experientes, isso na Alemanha, tinham uma certa facilidade em decodificar, mas tinham dificuldade em criar novos códigos. criaram duplas na linha de produção, um mais velho um mais novo. Um mais velho um mais novo. E quando essas pessoas se juntaram, começaram a sair diversas eh soluções. Isso chamou mutual mutual learning ou aprendizado mútuo. Essas pessoas começaram a trabalhar e virou um programa dentro da BMW. Ou seja, você tem oportunidades hoje de juntar inteligência, mas você tem oportunidade também de juntar uma outra inteligência, que é inteligência relacional. E as empresas não fazem isso. Elas relegam tudo a um software e seja o que Deus quiser. A minha visão, portanto, é se você quer realmente que a tua empresa e alavanque, porque não é só resultado de grana, que é importante, você precisa ter um processo, não é só eficácia, é eficiência também. Laí, nossa, Mark, muito boa eh essa colocação, porque é muito do que a gente fala, né? Você trouxe, são várias gerações, né? No mínimo sete gerações atualmente convivendo dentro de um mesmo mercado de trabalho e que no final do dia está sentado dentro de alguma corporação, seja de de level ou eh de algum outro tipo, né? Então, realmente essa e muito se fala ao mesmo tempo de inclusão, né? e de movimentos ali de eh de de de inclusão como um todo, trazendo aí uma pluralidade de pensamentos. E a gente tem isso já dentro de casa, né, esse material humano, né, que que traz contraste, que traz traz pluralidade de pensamento, que traz uma diversidade de eh experiências e que poderiam, né, juntos eh dentro desse contexto aí de inteligência relacional, talvez, que você trouxe de comunicação relacional, eh, inteligência relacional, sim. inteligência relacional, eh, proporcionar mudanças significativas para dentro do universo corporativo e facilitar com que essa comunicação, né, seja uma comunicação corporativa participativa e que acabe, né, gerando impacto em todos, né, porque muito do que você trouxe, às vezes a gente que tá muito ali no dia a dia das empresas, a gente acaba percebendo é que os processos de desenvolvimento eles são realmente um tique no papel, né, que a gente tem hoje uma intenção de trazer, por exemplo, profissionais ajudar no desenvolvimento da liderança, fazem um projeto ali de se meses e depois acabam que, enfim, não se fazem mais necessários porque a liderança não mudou, né, ou nunca escateou da forma apropriada. Ou seja, isso acaba gerando também um ruído para baixo, né, uma população, né, eh, de mercado cansada, com problemas de saúde mental, né, enfim, com com pressões e e pressões desacerbadas. Então, eh, essa questão da da da pluralidade de comunicação, trazer essa inteligência para dentro do universo, né, corporativo, pode ser também um grande caminho, né, ali paraa felicidade no trabalho ali como um todo, né, trazendo eh escutativa de todos. Então, acho que tá todos os pontos que você trouxe estão muito concatenados dentro das da da necessidades hoje de mercado, né? Você sabe qual que foi, Laí, a palestra de abertura do SX SW 2025? Não, qual foi sobre saúde social ou a capacidade do indivíduo estabelecer e manter relações interpessoais saudáveis, significativas pro seu bem-estar e a comunidade. Tem uma especialista que abriu o SXSW, ela tem um livro sobre isso. O nome dela é Kley Killam. é a leitura do livro A arte e a Ciência da Conexão, quando a saúde social é uma chave para você viver mais, mais saudável e mais feliz. Bom, eu traduzi, não sei se tem um livro em português, mas de qualquer forma, se você buscar como saúde social, você vai entender esse conceito. E o que eu quero dizer com isso? Existe uma mudança de paradigma em relação à forma como a gente se relaciona. Eu tenho uma palestra que eu trouxe o tema dos Estados Unidos desenvolvi aqui chamada a epidemia da solidão. Porque eu acho realmente que a gente vive uma epidemia de solidão e isso se traduz muito no trabalho. A gente nunca teve tão conectado e ao mesmo tempo tão distante. As cidades são feitas para separar a gente e não para juntar. E no trabalho é uma oportunidade de juntar. Então, a saúde social, que para mim é uma das chaves para você combater a epidemia da solidão, é um músculo que você pode exercitar dentro das empresas, mas precisa querer. Então, veja que inteligência relacional é saúde social, escuta ativa é comunicação, escuta ativa também é relação. você tá ali presente pra pessoa, você tá escutando ativamente, você tá dando pertencimento, respeito, tudo isso a gente pode trazer como relações humanas, mas é preciso querer, entendeu? É preciso querer. E eu acho que isso é uma cultura. Não dá para você fazer isso só eh pensando num departamento. Precisa ser algo eh transversal. Muito bom. Estamos caminhando aqui pro final da nossa conversa. Ah, para finalizar, você vê alguma habilidade que ainda é subestimada, mas que faz toda a diferença na evolução de profissional e merece a nossa atenção? Eu vejo quatro, posso falar? Claro. A primeira delas, eu vejo que a inteligência radical, a inteligência radical é uma habilidade da qual se fala pouco. Quando você tem uma inteligência mais radical, você consegue ler mais contextos, você consegue ler ou interpretar as ambivalências e decidir com mais lucidez. Então você tem uma inteligência que se aplica a tudo. Você tem a questão do skill flux, que eu citei aqui, a nossa capacidade de aprender, desaprender e reaprender de forma contínua. Isso vai te dar mais velocidade, vai te dar mais consciência. O fluxo de competências é mais sobre aquilo que eu me adapto ou para o que eu me adapto do que aquilo que eu sei. Isso é muito importante. Senão a gente fica sentado no lifelong learning. Troca o lifelong learning pro lifelong doing. Em vez de ser um storyteller, seja um story doer. Pode ser. A terceira habilidade é pensamento crítico sistêmico. Como que eu conecto os pontos, como que eu traduzo as complexidades, como que eu gero clareza, onde tá todo mundo vendo confusão. Aliás, o Fórum Econômico Mundial citou o pensamento crítico sistêmico ou pensamento crítico ou analítico como a grande skill dos empregadores das empresas até 2030. Em quarto ponto, eu citaria Laí e Larissa, uma presença expandida. Que que é isso? Como é que eu influencio as pessoas com profundidade, mesmo à distância? Ou seja, como é que eu expando a minha presença? Como é que eu ocupo espaços com intenção, com propósito e com uma certa elegância também, com uma sofisticação, ou seja, como é que eu escalo a minha marca pessoal para tornar a minha mensagem mais palatável em outros cenários. Penso que esses quatro pontos aqui são alguns que vão fazer a diferença no daqui paraa frente. Gostaria de agradecer imensamente. Tô aqui sem palavras de tanto que eu aprendi nesse podcast. Obrigada, Mark, pela presença, pela aula e por nos ensinar tanto. Obrigada, Laí. Foi um prazer tê-los aqui. Muito bom, Mark. Eu tô aqui com duas páginas já de anotação. Isso é porque hoje a gente tá trocando, mas muito bom trocar com você, te ouvir, né, e discutir temas tão atuais. Muito obrigada pela oportunidade de estarmos juntos hoje e espero aí desenvolver as quatro competências, né, eh, que você trouxe como, eh, pontos de atenção, né, aí nos próximos encontros. Espero, enfim, estar com elas mais consolidadas, viu? E saber trocar melhor com você. Super obrigado. É uma honra táar aqui. Pode deixar minha arroba de contato? Fica à vontade, com certeza. @mc em todas as redes. Muito obrigado. Hoje conversamos sobre marca pessoal e comunicação com Mark. Eu sou Larissa Fraga. Espero vocês na próxima edição do Robert Heft Talk. Este podcast é produzido pela Robert Hef, a consultoria global de soluções em talentos que mais cresce no Brasil. Venha fazer parte dessa história. Trabalhar com pessoas e ser o agente da evolução e transformação da vida de profissionais pode ser uma atividade muito gratificante, além de uma excelente oportunidade de carreira. Acesse a sessão Trabalhe Conosco do nosso website o roberthef.com.br e veja as vagas disponíveis. Junte-se a nós. [Música]

A jornada de construção da marca pessoal

Para Marc, a criação de uma marca pessoal é um processo contínuo e estratégico. Ele começa destacando a importância de se entender e refletir sobre o que realmente importa na nossa vida antes de tentar construir qualquer imagem pública. "Quando você fala de ser uma marca, e não apenas ter uma marca, você está falando de viver", afirma ele, explicando que uma marca pessoal genuína não deve ser apenas uma fachada ou algo que você mostra para os outros, mas deve refletir quem você realmente é. "Eu costumo comparar isso com a jornada de autoconhecimento", diz Marc. Essa jornada envolve três fases principais: consciência, maturidade e sabedoria. Na fase de consciência, o foco está em entender quem você realmente é e o que importa para você. "Você começa a hackear o seu próprio código, analisando o peso invisível das narrativas que você carrega desde a infância", afirma. Esse processo envolve, muitas vezes, a desconstrução de rótulos e preconceitos que foram atribuídos a nós ao longo da vida, o que nos impede de viver de forma autêntica. Na fase da maturidade, o desafio é viver de acordo com o que você descobriu sobre si mesmo e ser coerente em suas escolhas diárias. A construção da marca pessoal se dá no alinhamento das suas ações com seus valores. "Quando você começa a descobrir como alinhar suas escolhas diárias e os valores que vão moldar sua marca, você começa a perceber que cada pequena ação sua gera grandes percepções nos outros", explica Marc. Esse é o momento em que se começa a demonstrar, por meio de atitudes, o impacto que a marca pessoal pode ter no mundo ao seu redor. Por fim, a fase da sabedoria é quando você realmente deixa um legado, não apenas por meio de palavras, mas por ações e exemplos concretos. Marc destaca que o verdadeiro valor de uma marca pessoal está em entender como nossas emoções e valores podem impactar as pessoas à nossa volta e como isso pode ser utilizado para deixar uma marca duradoura no mundo. "Não é sobre o que você vai deixar de presente para as pessoas, mas sobre o legado genuíno que você constrói em vida", afirma.

O impacto da inteligência artificial na construção da marca pessoal

Em um mundo em que a tecnologia avança rapidamente, Marc Tawil também destaca o impacto da inteligência artificial (IA) na forma como nos comunicamos e, consequentemente, na construção de nossa marca pessoal. Ele traz uma reflexão profunda sobre como a IA está transformando a maneira como nos relacionamos no ambiente digital e no corporativo. Para ele, a IA não deve ser vista como uma ameaça, mas sim como uma ferramenta poderosa que pode otimizar processos e expandir as possibilidades de comunicação. "Você não vai ser substituído pela inteligência artificial. Você vai ser substituído pela tua versão genérica, pela tua versão sem pensamento crítico, sem criatividade", alerta Marc. Ele observa que, à medida que as pessoas começam a usar ferramentas como o ChatGPT para criar conteúdo, a autenticidade se torna um diferencial ainda mais importante. Para ele, a verdadeira marca pessoal é aquela que não replica o conteúdo dos outros, mas que cria algo único, que reflete a personalidade e a visão individual. Marc defende que a IA pode ser usada para aprimorar o processo de criação de conteúdo e para gerar insights valiosos, mas que o grande desafio é não perder a autenticidade no processo. "Você pode usar a inteligência artificial para melhorar seu conteúdo, mas sem perder sua essência", aconselha. Ele compartilha um exemplo pessoal de como usa a IA para melhorar a qualidade de suas palestras e treinamentos: "Eu pego meus materiais e peço para a IA fazer uma análise, dizendo onde posso melhorar. Isso me dá uma nova perspectiva, me tornando mais seguro e preparado."
"Não é sobre o que você vai deixar de presente para as pessoas, mas sobre o legado genuíno que você constrói em vida", afirma Marc Tawil.

O papel das gerações na comunicação e na construção da marca

Outro ponto que Marc aborda com bastante profundidade é a convivência de diversas gerações no mercado de trabalho e nas redes sociais. Ele explica como o ambiente digital, especialmente o LinkedIn, se transformou nos últimos anos e como a entrada de novas gerações, como os Millennials e a Geração Z, impactou a forma como nos comunicamos e nos conectamos com as pessoas. De acordo com Marc, o LinkedIn deixou de ser uma plataforma predominantemente de profissionais de meia-idade para se tornar um espaço onde as diferentes gerações trazem suas visões e experiências. Ele destaca a importância de entender essas diferenças para se conectar de maneira eficaz: "Hoje, temos cinco gerações convivendo no mercado, e cada uma delas tem uma visão única sobre o mundo e sobre o trabalho", observa. Essa diferença de perspectivas é fundamental para a construção de uma marca pessoal sólida, pois ela permite que você se conecte com públicos diversos e agregue valor por meio de diferentes abordagens.

Inclusão: a chave para o sucesso

Por fim, Marc fala sobre a importância de se promover uma cultura de inclusão tanto nas empresas quanto nas marcas pessoais. Ele observa que as organizações que não abraçam o tema tendem a perder relevância no mercado. "Se você não tem mulheres em cargos de decisão, se não tem diversidade racial ou de gerações, sua empresa está ficando para trás", afirma. Para ele, não é apenas uma questão de inclusão social, mas também de inovação e sucesso no ambiente corporativo. Ele aponta que, para realmente criar uma mudança significativa, é necessário que as empresas não apenas falem sobre o assunto, mas que tragam exemplos concretos dentro da organização. "Não adianta falar de inclusão se as pessoas não têm autonomia e respeito dentro da empresa", argumenta Marc. Esse princípio também se aplica à marca pessoal: quem deseja construir uma marca autêntica deve ser capaz de reconhecer e abraçar as diferenças em todas as suas formas.

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