O mercado digital vive um momento de transformação acelerada, no qual tecnologia, inovação e pessoas se tornam os principais motores de crescimento sustentável. Nesse cenário, lideranças que entendem a importância da cultura organizacional ganham protagonismo. Em uma conversa com os diretores da Robert Half, Maria Sartori e Mario Custódio, no podcast Robert Half Talks, Diego Barreto, CEO do iFood, compartilhou suas reflexões sobre como liderar em ambientes multiculturais, impulsionar equipes de alta performance e construir um futuro mais inovador e humano.
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A liderança além do “herói solitário”
Logo no início da entrevista, Diego deixou claro seu ponto de vista sobre o que faz empresas prosperarem: não é o talento individual de um líder isolado, mas a soma de fatores humanos e culturais. Como ele disse: “Vamos falar daquilo que realmente faz as empresas terem sucesso. Sair daquela figura do Super-Homem ou da Mulher Maravilha para falar do todo.”Para ele, a liderança moderna exige abandonar a visão do “gestor salvador” e valorizar a construção de equipes diversas, em que o modelo de gestão é um ecossistema vivo e dinâmico.
"Cultura não pode ser só um panfleto na parede. Cultura é comportamento repetido, é como as pessoas tomam decisões no dia a dia", afirma Diego Barreto.
Cultura que não cabe no papel
Clique para acessar a pesquisa completaUm dos pontos centrais da fala de Diego foi a forma como o iFood lida com a preservação de sua cultura em meio ao crescimento exponencial. Hoje, o iFood reúne milhares de colaboradores espalhados pelo Brasil, e a questão é como garantir que valores não fiquem apenas no discurso.Segundo ele: “Cultura não pode ser só um panfleto na parede. Cultura é comportamento repetido, é como as pessoas tomam decisões no dia a dia.” O desafio das grandes companhias não está em criar slogans, mas em garantir que cada colaborador entenda e viva os princípios organizacionais.
Inovação como prática, não como rótulo
O iFood é reconhecido como um dos maiores cases de inovação da América Latina. Porém, Diego ressalta que inovar não é apenas lançar produtos disruptivos, mas cultivar um ambiente propício para a experimentação. “Inovação não é sobre ter um departamento específico, mas sobre dar liberdade para que as pessoas questionem e proponham novas soluções.”Empresas que desejam sobreviver no futuro precisam integrar a inovação no DNA, tornando-a parte da rotina organizacional.Outro aspecto relevante da conversa foi a valorização da inclusão e da multiculturalidade. Para Diego, a riqueza de diferentes experiências amplia a capacidade de responder a desafios complexos. Ele reforça: “Uma empresa de alta performance precisa ser um ambiente multicultural, onde diferentes trajetórias se encontram para gerar novas ideias.”No iFood, essa visão se traduz em iniciativas que não apenas incluem, mas também valorizam vozes diversas nos processos de decisão.
O futuro do trabalho e o papel da liderança
Questionado sobre os rumos do mercado, Diego destacou que o papel da liderança será cada vez mais o de facilitador. “O líder precisa ser aquele que cria as condições para que os outros brilhem. Não é mais sobre centralizar, é sobre liberar.”Essa perspectiva ecoa uma tendência global: em um mundo marcado por mudanças rápidas, estruturas rígidas perdem relevância, enquanto modelos mais ágeis e colaborativos ganham espaço.
Impacto social e responsabilidade corporativa
Diego também lembrou que o crescimento de empresas como o iFood traz consigo responsabilidades maiores. Ele destacou que a atuação de companhias digitais influencia diretamente a vida de milhões de pessoas, seja por meio de entregadores, restaurantes parceiros ou consumidores. “Nós precisamos entender que o impacto vai além do resultado financeiro. A sociedade espera das empresas uma atuação ética e transformadora.”Esse compromisso reflete uma mudança de mentalidade: grandes corporações já não podem ignorar seu papel social.
Lições para profissionais e empresas
A fala de Diego Barreto traz aprendizados valiosos para quem atua em ambientes de transformação:Cultura viva: valores organizacionais devem estar presentes nas decisões diárias.Liderança coletiva: líderes precisam abandonar a ideia do “herói solitário” e apostar em equipes diversas e fortes.Inovação integrada: a inovação deve fazer parte do DNA da empresa, em todos os níveis.Diversidade como motor: multiculturalidade amplia perspectivas e soluções.Responsabilidade social: empresas inovadoras também devem gerar impacto positivo para a sociedade.Como ele resumiu: “O líder precisa criar as condições para que os outros brilhem.” Uma lição simples, mas poderosa, aplicável a qualquer organização que deseje construir um futuro sustentável no mercado digital.
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