O ambiente empresarial, especialmente na indústria, vive um período de intensas transformações. As demandas por inovação, agilidade e adaptação nunca foram tão urgentes. Nesse cenário, governança de pessoas e gestão de mudanças surgem como elementos indispensáveis para garantir competitividade e sustentabilidade nos negócios.Foi justamente sobre esse tema que o Robert Half Talks reuniu Vitor Silvério, gerente de Parcerias Estratégicas da Robert Half, e Daniel Brito, Business Manager da Robert Half, em uma conversa com Mariana Moura, diretora de Pessoas e Cultura da Cimento Nacional. Com mais de duas décadas de experiência em empresas como Coca-Cola e Gerdau, Mariana compartilhou reflexões valiosas sobre como unir governança e mudança para gerar impacto real nas organizações.
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Mudança como competência estratégica
Logo no início da conversa, Mariana reforça que a velocidade com que as transformações ocorrem exige novas capacidades por parte das empresas e dos líderes.
Segundo ela, “o mercado se acelerou muito nos últimos anos, puxado por momentos que nós vivemos enquanto sociedade e humanidade, e que, sem dúvida nenhuma, trazem aprendizados importantes”.Dentro dessa realidade, gerir mudanças deixa de ser uma habilidade pontual e passa a ser parte central da estratégia corporativa. “Gerir mudança hoje é uma competência muito importante quando a gente pensa em atrair as novas gerações para a indústria”, afirma.Mais do que reagir a novos cenários, é preciso criar estruturas e culturas que favoreçam a adaptação. Para Mariana, “abandonar velhos padrões” e “se movimentar rapidamente em resposta às demandas do negócio” é essencial para garantir relevância.
"Gerir mudança hoje é uma competência muito importante quando a gente pensa em atrair as novas gerações para a indústria", afirma Mariana Moura.
Governança de pessoas: mais que processos
Clique para acessar a pesquisa completaQuando se fala em governança, muitos associam o conceito apenas a regras e controles. Mariana traz um olhar mais amplo, conectando governança de pessoas a clareza de papéis, transparência e alinhamento cultural.Ela destaca que, para que a governança de pessoas seja efetiva, é necessário construir processos que não sejam apenas burocráticos, mas que deem suporte ao desenvolvimento das equipes e ao alcance dos objetivos organizacionais.Essa governança também deve estar atenta à diversidade de perfis e expectativas dentro da força de trabalho, garantindo que políticas e práticas sejam inclusivas e adaptáveis. Afinal, “as pessoas querem se sentir parte da empresa e entender que suas contribuições fazem diferença”.
Cultura como base da transformação
Para que a gestão de mudanças aconteça de forma fluida, a cultura organizacional precisa estar preparada para acolher e incentivar novas ideias. Mariana é categórica: “A gente precisa se conectar com novas formas de fazer e pensar, para criar um ambiente onde a inovação seja natural”.Isso passa por incentivar a autonomia, estimular a troca de conhecimentos e dar espaço para que diferentes gerações contribuam. Uma cultura sólida não significa imutável; ao contrário, deve ser capaz de evoluir sem perder sua essência.
O papel da liderança
A liderança é peça-chave na conexão entre governança e mudança. Líderes devem ser exemplos vivos da adaptabilidade que desejam ver em suas equipes.Mariana reforça que o líder precisa ser capaz de inspirar e direcionar ao mesmo tempo: “A liderança tem que entender o que motiva cada pessoa e como isso se conecta com os objetivos da organização”.Além disso, a comunicação transparente é fundamental. “As pessoas precisam saber o porquê das decisões e como elas impactam o futuro da empresa”, observa. Essa clareza gera confiança, fator indispensável para que mudanças sejam aceitas e incorporadas.
Engajando novas gerações
Um desafio frequente na indústria é atrair e reter jovens talentos. Muitos veem o setor como tradicional e pouco inovador, o que exige das empresas um esforço adicional para mostrar seu verdadeiro potencial.Para Mariana, a chave está em apresentar a indústria como um ambiente de aprendizado contínuo e de contribuição real para a sociedade. “Quando conseguimos mostrar que há espaço para crescer, inovar e fazer diferença, passamos a competir de forma mais equilibrada com outros setores mais valorizados no imaginário dos jovens.”Além disso, é preciso oferecer oportunidades claras de desenvolvimento. Programas de capacitação, mentorias e experiências desafiadoras ajudam a manter os profissionais motivados e comprometidos com a organização.
Conectando pessoas e estratégia
A integração entre governança de pessoas e gestão de mudanças deve estar diretamente ligada ao planejamento estratégico da empresa. Isso significa alinhar políticas, cultura e liderança para que trabalhem de forma conjunta na construção dos resultados.Para Mariana, esse alinhamento é o que permite que a empresa reaja rapidamente às demandas externas sem perder sua identidade. “A capacidade de se reinventar precisa estar no nosso DNA, mas de forma estruturada, para que não seja apenas uma reação momentânea.”
Um futuro de mudanças permanentes
Se antes a mudança era vista como exceção, hoje ela é a regra. No cenário industrial, marcado por inovações tecnológicas, transições energéticas e novas exigências de sustentabilidade, a velocidade das transformações tende a aumentar.Mariana conclui com uma visão otimista e pragmática: “Precisamos enxergar a mudança não como uma ameaça, mas como uma oportunidade de evoluir. E isso só é possível com governança de pessoas bem estruturada e uma cultura que abrace o novo”.Ao unir governança e gestão de mudanças, empresas não apenas se adaptam ao presente, mas também se preparam para liderar o futuro. Esse é o caminho para que a indústria continue relevante, competitiva e capaz de atrair talentos que farão a diferença.
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