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Olá, sejam bem-vindos a mais um episódio do Robert HF Talks. Eu sou o Mário Custódio e hoje temos o prazer de receber o Eduardo Sterblitch, que vai dividir a mesa aqui também com meu colega da Robert Heff, Miller Gomes. Miller, obrigado. Obrigado, Marião. Baita oportunidade de estar aqui. Conheci um pouquinho mais da história do Edu. E como que a gente pode lincar isso com o mercado de trabalho? Vamos nessa. O ator, roteirista, cantor e apresentador Eduardo Sterblitch é protagonista hoje do musical uma babá quase perfeita, que tá em cartaz hoje lá no Teatro Liberdade em São Paulo, apoiado pela Robert Heff por meio da lei Juaneté. O artista multidisciplinar que ocupa os palcos desde os 3 anos de idade, vai compartilhar aqui com a gente um pouco mais sobre a sua trajetória nas mais diversas produções. Edu, muito bem-vindo ao Robert Hef Talks. Eh, a gente tá muito animado em te receber aqui, o ator multiindciplinado, né? Tô aqui com o meu microfone maravilhoso para tentar ajudar vocês nesse podcast, tentar dar uma dar um fago. Posso fazer o ACMR para também melhorar o seu dia. Prazer em conhecê-los e contem comigo. Pode perguntar o que quiser. Maravilha, Edu. Olha, eu não podia deixar de começar de outra forma, sem perguntar sobre o seu destaque aí mais recente, né, no musical Uma Babá quase perfeita. Eh, diga, diga passagem, já assisti, pô, achei sensacional, pô. Eu queria que você contasse aqui pra gente como é que foi o convite para esse papel, né? Que que que você traria como os principais desafios que você teve aí na preparação paraa peça? Sim, o maior desafio é primeiro não imitar, né, o Vamos do convite primeiro. O convite foi feito pela Renata, que a gente estava com uma parceria, inclusive nós também aqui, nós da da Robert Half, eu não sei falar nunca o sobrenome, vocês são muito bons em inglês, meu amigo, vocês do Rob da Roberto. E aí e aí ela ela falou: "Edu, a gente tá comprando uma peça que é uma babacosa perfeita e tem que ser você". E realmente eu já assisti esse filme 60.000 mil vezes, talvez seja o filme que eu mais assisti na minha vida. E eu falei, não tem como não fazer, né? Porque é uma oportunidade de fazer uma coisa que emociona, mas ao mesmo tempo é engraçada e que une a família toda no momento onde tá todo mundo assistindo coisas sozinho. Então eu acho que foi uma oportunidade boa e eu tinha certeza que eu não ia fazer mais musical porque é muito difícil, né? Eh, é uma entrega muito grande assim. E se você não se preparar fisicamente e emocionalmente, você lesiona, porque é realmente é onde o ator chega mais perto do atleta. Então eu tenho que fazer mobilidade, eu tenho que malhar, eu tenho que fazer todas as coisas que eu tenho que comer na hora certa, acordar na hora certa, tem que ter uma certa disciplina. E eu tenho dificuldade com isso. Eu tenho muita facilidade com ideia, mas eu tenho dificuldade com a disciplina. E aí, eh, o musical ele me obriga a ter linhas mais duras no meu dia, né, a seguir linhas mais duras. Então, é como se fosse o exército ali do da arte, né? Se você não fizer aquilo do jeito que tem que ser feito, você não vai conseguir fazer porque você lesiona, o corpo não aguenta. Tem que se alimentar bem, tem que fazer essas coisas de que velho fala para fazer, essa vitamina, não sei quê, tomar sol, tem que fazer tudo isso que o corpo precisa para você aguentar, senão não dá certo, porque é é é um overtraining mesmo assim. Então, se você não preparar o seu corpo para super para uma super atividade física, não dá para fazer. Então, tem que ter uma hipercração para conseguir fazer. Eu até fiquei gozado. Você estava falando isso, Edu, eu fiquei intrigado, né? Quando eu saí da peça, eu fui num dia da semana e eu vi que na programação, no final de semana, não me lembro se são nos dois dias, mas em algum dia você faz duas vezes, ou às vezes acontece você fazer eh duas vezes isso e aí aguenta? É fim de semana, são quatro vezes, né? Porque sábado tem duas sessões e domingo duas. Então, muitas vezes quando tá chegando no fim da semana onde seu corpo tá querendo descansar mais, você tem que fazer aquela aquele pique final, né? Mas a minha minha esposa tava falando que eu eu sou uma das únicas pessoas que ela conhece que se tivesse uma terceira sessão eu ia falar: "Bora, bora". Sabe, tipo, eu gosto muito de do meu trabalho, né? Ele me dá muita recompensa e me dá muito prazer. Então, eu sou muito mais dedicado do que talentoso. Eu sou eu sou um soldado assim para pras coisas que eu trabalho. Sou muito obsessivo, sou muito focado, né, e muito criativo, então, e muito preocupado. Então, naturalmente os meus chefes gostam de mim porque eu porque eu dou resultado. Eh, e naturalmente o resultado é positivo, porque, né, você se dedica bastante para uma coisa, a tendência é que aquela coisa fique melhor do que se você não se dedicasse tanto. Então, eh, eu, eu acho que isso acontece. Eu aí eu meu hiper foco vai para isso e e eu tenho recompensa de prazer, né? Por mais que esteja doendo, né, aquilo me dá uma recompensa porque eu eu percebo, é a única coisa que eu sei fazer, né? a única função que eu sei exercer, que é de ser ator. Então, eu faço aquilo com o máximo de vida possível. É, e a gente sente isso, Edu, eu também assisti a peça e a peça tem uma duração de 3 horas, né? Então, dançando e atuando, movimentando, trocando de roupa. É uma peça que troca muito de roupa ali, né, em alguns momentos. E mas pro nosso público, que talvez nem todo mundo tenha a oportunidade, já fica o convite para assistir a peça também, que tá em cartaz. Mas para quem não assistiu a a peça e tem uma dimensão, né? São 3 horas de espetáculo. Ali tem um intervalo curto de 10 minutos no meio. Eh, mas é um uma atividade intensa durante 3 horas. Eh, quanto tempo você precisou? Você falou aqui algumas coisas que são importantes também pro pro mercado de trabalho, que é preparação, dedicação, foco, disciplina. Quanto tempo eh do convite, do preparo até a primeira apresentação? Quanto tempo você precisou? E aí dentro de eh atividade física, alimentação, roteiro, decorar as falas, se preparar para cantar e tudo mais. Mas quanto tempo foi a preparação para de fato ir lá e começar a atuar? É, no Brasil existe uma preparação menor, né? Porque é difícil você ter uma empresa, por exemplo, como vocês, que patrocin uma peça, né? Difícil isso. Então, normalmente, quando você tem uma eh um patrocínio, você tem uma condição de fazer uma peça, isso fica por por em cartaz por pouco tempo. Você na Rússia tem companhias de teatro que tá em cartaz há 50 anos com a mesma peça, né? Você vê nos Estados Unidos, você vê uma babá quase perfeita, o teatro se transforma numa propaganda para aquela peça, né? Tipo, fica uma estátua enorme da babara à frente do teatro, porque eles ficam ali meses, então ali vira a casa. Em Las Vegas você vai lá assistir a Cine Dion, você vai assistir o o Beatles, o hotel inteiro fica de acordo com o espetáculo que tá passando. O teatro ele modifica a engenharia dele por conta do espetáculo que tá ali. Então a gente tem um um show business um pouco mais eh curto aqui no Brasil. A gente faz coisas que são grandiosas, mas em pouco tempo. Então, por exemplo, uma peça dessa, ela merecia ficar mais tempo em cartaz, né? Ela fica pouco tempo em cartaz porque não tem não tem como. É o é o jeito que dá para fazer, eh, o jeito que dá para pagar todo mundo, né? Dá para manter a coisa em pé e saudável. E os ensaios, a gente teve dois meses de ensaio por aí. E uma coisa que poderia, que eu como ator e como soldado, eu gostaria de ter pelo menos o dobro. Então a gente tem que ficar lidando mesmo com esse com esse jeito brasileiro de de do único jeito de se realizar isso, né? Porque tem a gente tem mais dificuldades de fazer teatro aqui do que do que lá fora, né? Então, por exemplo, seria muito legal poder viajar pro Brasil com uma peça dessa, mas não tem como. Eu, eu acredito que seja inviável, entendeu? Imagina que delícia que que seria, né? Eh, lá lá nos Estados Unidos essa peça tá em turnê, eles conseguem fazer e tal, eu tenho certo, tem um poder de adaptação maior. Então, a gente ainda tá um passo atrás, assim, eu acho, do que na na da da realização de cultura, eh, do que, por exemplo, nos Estados Unidos e na Europa, assim, eu acho que eles conseguem ser mais ficar mais tempo, né? a gente é meio que plá, é uma um acontecimento muito rápido. Aí às vezes a gente dá sorte, como no Birle Juice, como Wickeds, né, dá sorte de voltar a fazer, mas eu, por exemplo, sempre entro em cena como se fosse a última vez, porque eu sei que o tempo é muito curto, então já começo a me despedir desde o desde o primeiro dia. Ô, ô, Edu, eh, acho que assim, quando eu vejo, né, e aí uma [ __ ] de de humorista, de comediante a tocar personagens completamente diferentes em série, novela, eh o próprio teatro, né, eh já diferentes peças, como é que é navegar, eh, transitar em personagens que são tão distintos, né, E e como é que você não sei se e passa pela sua cabeça assim, pô, eh, eu corro o risco de eh aqui tá sendo vinculado com um caracter eh, único, exclusivo, tipo eh especialmente quando você migrou do da da comédia única exclusivamente, que você dedicou boa parte lá da eh da sua carreira mais eh pro passado para atuar ar em em em peças, né, em ah em em situações completamente distintas aqui. Eu sou uma, eu sou uma pessoa que eu amo especialista, seja ele qual for, tipo, uma pessoa que sabe cozinhar muito bem, sabe como lidar com alimento, sabe aonde guardar, certo? A cenoura, se é no tapawar com água, sem água, com ar, sem ar, com adoro especialista, o cara que sabe de som, o cara que é perfeito, cara, o cara sabe cortar sua barba do jeito perfeito para deixar o seu rosto exatamente melhor. A pessoa que sabe fazer a unha de um jeito que, [ __ ] não machuca. O cara que sabe tirar o sangue de um jeito, o ortopedista que te toca e fala que você tá com artrite. Eu sou, eu amo especialista. E como eu amo especialista, eu quero me tornar um especialista. Então, eu me considero um especialista no que eu faço e e eu gosto de criar personagens. Então, o que acontece? Eu vejo muito na minha na minha entre os meus amigos, assim, entre a galera ou meus colegas de trabalho, né, que a grande maioria dos artistas hoje em dia eles eles são muito mais conhecidos do que os do que o trabalho deles. Então, nessa era de muito influenciador, de seguidor, dessas coisas assim, os artistas hoje em dia eles estão muito mais famosos do que os trabalhos deles. Então, tem muito artista que você não sabe nem qual é o nome do personagem dele. Você fala assim: "Ah, é a novela com aquele artista. Ah, é, você viu o filme daquele artista se não é o filme do personagem, sabe? Então, por exemplo, se eu vou na rua, o que eu fico feliz é que todas as as pessoas me reconhecem pelos meus personagens. É a Babá Quase perfeita, é o Biro Juice, é o Sérgio, é o Fred Mercury Prateado, é o Poderoso, é, é, são os personagens que eu faço que são famosos, sabe? Eu não sou famoso. Ninguém sabe direito o que eu penso, como que eu vivo, o que eu gosto. Ninguém sabe direito, entendeu? E porque não importa mesmo. O que importa são os meus personagens, é o meu trabalho que importa. Então eu foco 100% nisso, pros pro meu trabalho ter importância, pros meus personagens serem mais conhecidos do que eu, sabe? Então é isso. Eu fico mais pobre, mas eu acho que artisticamente faz mais sentido, entendeu? Não, mas eu acho eu acho muito legal, né? Porque não fica aquele estigma, né, do da do ator que é ah, só faz papel de mafioso, o outro, ah, só faz papel de bandido. Ah, esse só faz papel de mocinho, né? E e por aí vai, né? Você consegue, o cara aparece em todos os lugares, o cara, você sabe tudo da família dele, dele. Você sabe o que ele tá empreendendo, o que ele tá fazendo, que ele tá. Isso acho que faz com que, né, ele aparece nas revistas, faz muito comercial, ele se acha um galã, ele todo sequer, né? Então ele fica mais importante que o trabalho dele, né? O trabalho dele vira ele. E acho que a gente tem que entender qual é para onde que a gente vai direcionar a nossa energia criativa pro nosso trabalho, né? pra gente não, a gente não pode trabalhar pro nosso chefe, a gente não pode trabalhar para pro nosso público, a gente não pode trabalhar também só pra gente, né? Então a gente tem que entender qual que é o nosso objetivo, para quem que a gente tá fazendo, sabe? E o que que a gente quer fazer, né? Quando você fica trabalhando muito por que a grande maioria das pessoas, né, que é o que eu quero dizer, né, tipo, a grande maioria das pessoas ficam preocupadas com salário e cargo, né, e não com que elas podem fazer de diferença paraa humanidade, pra empresa, pra família delas, sabe? Tipo, elas ficam muito preocupadas com elas podem ter um cargo melhor, como que elas podem ter um carro melhor, como que elas podem tirar mais férias, como que elas podem ter um salário mais interessante, como que e nunca ela está preocupada em como ela ser melhor, como que ela pode melhorar como pessoa. Então fica num ciclo vicioso eterno de uma pessoa que acha que ela é o cargo dela, acha que ela é as ideias que ela acha que ela é, tipo, ah, eu sou um pai, eu sou um marido, sou um filho, eu sou um chefe, eu sou um criativo. Isso, na verdade, a gente não é nada disso, né? A gente é uma consciência que tá em cima dessas ideias todas, né? Então a gente, quando a gente começa a se preocupar muito com dinheiro e com cargo e com essas coisas, a gente se perde nosso propósito inicial da nossa alma, sabe? Que é o que a gente veio fazer aqui na Terra. E nem sempre a gente veio ser rico, nem sempre a gente veio ser famoso, né? Às vezes a gente veio servir mais, a gente veio amar, a gente veio fazer a diferença na vida de alguém. Então a vida ela é muito mais simples, mas muito mais complexa do que o seu trabalho, entendeu? Então o seu trabalho tem que servir de alguma coisa, de de alguma forma para alguém. Eu sinto que eu como artista tive essa sorte que como eu sou humorista e ri, né? Todo mundo fala que riédio, realmente fazer alguém rir é de uma certa forma curar a pessoa, né? Você fazer alguém rir de um erro, é você exorcizar o erro da pessoa, né? Você rir de um pecado, você exorcizou ele, né? Então, realmente, eu ser um artista e ser um humorista, eu me sinto no lugar de eu tenho uma responsabilidade muito grande com o outro na numa na babá quase perfeita, quantas pessoas se separaram, né? Quantos filhos se sentem abandonados, quantos pais se sentem ausentes? Quantas mães se sentem culpadas? Então a gente, eu faço a peça para todas as pessoas sentirem todas, para provocar nas pessoas todos esses sentimentos, tentar fazer isso pelo menos, né? Todo mundo ali é o filho, é o pai, é a mãe, todo mundo são todas essas entidades ao mesmo tempo. E o teatro exige para isso, paraa gente provocar no público sentimentos que vão tentar talvez modificar e melhorar ele no, né, na vida dele, mostrar para ele realidades. É uma [ __ ] terapia, né? você mostra uma realidade de um passado, de um futuro ou de uma vida que você não tem, mas que você entende e que aquilo te cura de alguma forma, né? Ele te ensina de alguma forma, né? Total. E aqui a gente fala, Edu, isso que você tá trazendo, que vai muito em linha de propósito, né? Acho que é a palavra eh por que você faz aquilo? Qual é o teu objetivo final? É o propósito que te move, né? Eh, e isso você tá falando agora mais maduro já, com muitas eh obras feitas na tua vida, mas se a gente olha paraa tua carreira, a gente consegue enxergar isso há bastante tempo já, né? Porque eh você começou a fazer algumas peças, alguns projetos por eh eh projetos específicos e por por contrato, por tempo determinado, né? Eh, você ficou muito tempo numa mesma casa e depois você saiu para trabalhar por projeto, por propósito, pelo que você queria. E hoje no mercado de trabalho a gente vê que eh muitos profissionais às vezes têm receio, né, de trabalhar por um projeto ou por um prazo determinado, né? Eh, e acredito pela tua última fala aqui que trouxeram diversos benefícios para você trabalhar assim: "Agora eu pego essa obra, agora eu pego essa obra". Então, o que que você pode falar aqui pra nossa audiência em termos de benefícios? de trabalhar por um propósito, por um objetivo, por um tempo determinado com um foco específico. É, eu acho que assim, tipo, a gente nunca tem segurança de nada, né? Deus tem um humor muito extraterrestre. Então, quando quanto mais você achar que você tem controle sobre alguma coisa, maior vai ser a rasteira que tu vai tomar, que alguém vai dar uma risadinha de você para você largar de ser besta, né? Então, tipo, a pessoa que sabe de tudo é um desesperado. Então, eu acho que a gente tem que aceitar que a gente tá aqui para aprender e tá aqui para servir, para ser solidário também a todo mundo, né, e fazer a diferença na vida dos outros também. Eu acho que em qualquer lugar, né? Então, eu acredito assim, se eh quando você trabalha, você nunca pode trabalhar pela pelo dinheiro, você tem que trabalhar pelo pelo seu propósito, né? O que que você, que que você veio fazer aqui, né? Tem muita gente fala assim: "Ah, que eu preciso de um emprego, mas que que você faz? Faço qualquer coisa, pô. Qualquer coisa é muita coisa. Você tem você tem que saber que você faz diferença. E às vezes você servi um bom café faz toda a diferença na vida de muita gente na empresa, sabe? Então é você saber qual é o seu talento e você focar no que você sabe fazer, sabe? de diferente você focar no que você sabe fazer, não focar no que vai te dar mais resultado, né? É focar no que vai te dar mais alegria, no que vai do que vai fazer mais diferença, né? É porque é difícil falar isso no mundo de hoje, né? Todo mundo quer resultado, né? Mas alguém tem que falar, entendeu? Você tem, tanto é que você vê que tá todo mundo fazendo isso e o mundo não tá dando certo. Tipo, tá todo mundo triste, viciado para caramba em celular, ninguém mais olha pro horizonte, ninguém mais vê o mundo como ele é, tá todo mundo viciado numa vida que não existe, entendeu? uma vida totalmente mentirosa e a gente perde a noção do que é a vida real mesmo. Então, tá todo mundo perdido de propósito. A a os o os Illuminatis estão conseguindo fazer o que deveria, o que gostariam, né? fazer a gente ficar viciado em prazeres imbecis e olhando para para baixo sem conseguir perceber o que que tá acontecendo. E a gente vai só se consumir, vai só consumir nossa própria vida, nossa própria saúde e sabe para tentar entend para tentar buscar alguma coisa que a gente não sabe nem um primeiro lugar que eu não sei onde é que mas que deve ser melhor do que aqui. E você fica sempre buscando uma coisa que não existe e você perde. Acho que a qualidade de vida é onde tá o dinheiro e a qualidade de vida é exatamente o contrário. É onde não tá o dinheiro. E quanto menos eu pensei em ganhar dinheiro, mais eu ganhei dinheiro, que mais eu foquei no meu trabalho. E naturalmente quando você foca no seu trabalho, no que você sabe fazer, vem o dinheiro. As pessoas querem trabalhar e querem pagar quem sabe e quem gosta de trabalhar e quem sabe o que tá fazendo. Então, se você focar no que você sabe fazer, em qual é o seu talento, dependendo se ganha o dinheiro ou não, você vai ganhar dinheiro. É meio que aquela coisa, quando você começa também dar dinheiro, você começa a ganhar, que é a lei da prosperidade, né, essa coisa, é meio que isso. Quando você começa a a lidar com o dinheiro, como se ele não fosse um Deus, e sim uma criação humana, o começa acontecer coisas na sua vida, assim, quando você as pessoas ficam muito ligadas achando que a economia e o dinheiro e o lucro são deuses, né? E na verdade de os deuses são o ar, a água, a terra, né? O capitão planeta lá, o coração, é a gente se perder do cor, entendeu? a gente tá muito, muito viciado em resultado e dinheiro e imediatismo e se perdeu das nossas raízes, que é uma coisa muito indígena mesmo, né? Então é é entender que a gente tá perdendo o pé no chão, entendeu? É, a minha a minha leitura disso do eu sou psicólogo de formação, né? Então, eh, a terapia ajuda a gente a entender o que é valoroso para nós, né? Então, o que que é valoroso pro Miller? E isso te ajuda a esclarecer muitas ideias, né? Eu acho que é isso, é a gente entender o que que é resultado pro Mário, pro Edu, pro Miller, o que que eu estou buscando no meu trabalho, na minha vida pessoal e etc, né? Eh, e quando você fala assim com tanta propriedade, imagino que eh a terapia todo dia te ajuda a ter claro o que que é importante pro Edu hoje. Eh, onde que você vai focar, se é numa peça, se é num entregável ou se é em dinheiro para você construir a tua própria peça e fazer alguma coisa. Enfim, cada um tem o teu o teu norte, né? Eh, mas a minha pergunta é quando que isso começou a ser consciente pro Edu? Eh, acredito que seja um processo ao longo da carreira. Desde pequeno eu tenho uma família de Minha tia deu aula no, minha tia avó deu aula no Hector Studios, era uma [ __ ] diretora de teatro. Ela fundou o Tablado, que é uma grande um grande colégio de teatro aqui no Bras aqui no Rio. E ela era uma mejera. Ela ela ela pedia ela se se um ator ajeitasse a cueca no palco no ensaio ela jogava o tamanco. Respeite o palco. Então é é um lugar divino mesmo. É um lugar que mexe com o com o divino, com o misterioso, né? Que não é um não é um lugar ordinário, não é o metrô, sabe? É um teatro é um lugar divino, é um lugar mágico. Então é um a gente tem a arte para que a verdade não nos destrua, entendeu? A verdade é muito cruel. Então, a gente tem a música, a gente tem a arte, a gente tem essas coisas todas para que a gente consiga sair, iludir um pouco o nosso tédio, entendeu? Porque é muito difícil viver. A vida é cruel. A vida ela é muito cruel e ela é muito rápida e a gente fica achando que a gente tem o controle dela. É o que eu tô querendo dizer. Então, eu acredito quando você percebe que que o seu propósito é você se encontrar dentro da sua função, entender qual é a sua função e não o que é é mesmo a frase é o que que eu vou dar pro mundo e não o que o mundo vai dar para mim, entendeu? As pessoas querem, elas ficam querendo receber e ninguém quer ficar dando. Fica um mundo de um monte de gente que quer. Aí é difícil, entendeu? E o bom de ser artista é isso, porque você dá. É engraçado, né? Porque o falando sobre isso, né, você percebe que tem uma linha de pessoas que querem querem like a qualquer custo, eh, e acham que podem ganhar dinheiro e fazer a vida eh com coisas com com futilidades e, enfim, eh postando conteúdos que muitas vezes não agregam nada a ninguém. Eh, o que preocupa, né, isso aí você até falou do celular e pôra e e cada vez mais você vê as pessoas lá quase que escravas, né, do celular e de ter que tá conectado. É que você tem muita gente que já não tem, né, inclusive paciência para assistir um filme do começo ao fim, né, o que que é triste, né, aqui. Eh, mas eu queria queria te perguntar aí na na linha daqueles que valorizam a cultura, tá? E que e que entendem e que de fato apreciam um bom filme, é um bom teatro, é uma boa peça, né? Como é que é assim, tipo, para não parecer que é fácil, né? Eh, aliás, na contramão daquele que acha que postou é fácil, não preciso trabalhar, é tudo tranquilo, tenho like e vou fazer a vida assim. Pô, divide com a gente assim como é que foi assim, quanto você ralou para chegar, né, onde você tá e e assim quão exaustiva é a sua rotina no final do dia, né? Porque a gente vê o que você entrega, que é fantástico, mas eh, pô, e no e no no bastidor, né, o o quanto é exaustivo, quanto você rala, o quanto você precisou ralar para chegar onde você onde você tá hoje, né? É, é muito exaustivo, até porque eu falo, tipo, eu sou, eu me considero esse soldado que vai na frente tomando tiro, falando: "Vamos embora, sabe? Eu eu sou essa pessoa, então isso me faz mal também, mas isso eu acho que é a minha cina, né? Como se fosse a maldição do bicho de circo, sabe? Não tenho muito para não tenho, acho que não vou ter muito para onde surgir. Eu sou um cara que eu me dedico muito no meu trabalho. Então todos em todos os meus trabalhos, seja na Globo, seja na na peça, eu me dedico muito. Então naturalmente essa corda fica mais esticada mesmo. Então fica uma corda mais esticada, o que é perigoso porque eu deixo esticar a corda porque eu gosto, tenho um prazer, né, de fazer. Então, tipo, a corda estica, mas é muito difícil. Eu faço, eu só, eu só consigo fazer porque é a minha especialidade, é o que me dá prazer. É como se eu tivesse o talento de curar um câncer no cérebro. Imagina se você tem uma um uma metástase, uma parada muito difícil de resolver e você sabe como resolver, você consegue tirar que é impossível. Eu adoro isso, sabe? Então, e para mim fazer teatro é isso, é impossível. Tipo, tá, aquilo ali dá certo daquele jeito, é só realmente tem muita energia abençoando, sabe? Porque é muito difícil, é tudo é tudo ao vivo, é muito legal, entendeu? É muito diferente, né? É o que eu mais gosto de fazer. Então, é o que mais me dá prazer. Tanto é que quando dá um erro, eu aproveito o erro. Eu aprendo muito mais com erro do que com a repetição e com acerto, né? Eu decoro muito mais um texto errando ele, não sabendo ele, né, do que achar que eu sei. Quando você acha que você sabe, a tendência é você errar e se frustrar. Quando você tem certeza que você não sabe, você sempre vai ficar pensando nele, você sempre vai ficar buscando ele, você sempre vai ficar lembrando que história que é que você vai contar. Nunca você se acomoda. Você tá sempre pegando fogo, botando lenha no seu próprio trabalho. Eh, eu faço o teatro desde os 3 anos de idade, então, tipo, eu faço há muitos anos, né? Então, eu me considero um especialista nisso. Eh, eu não sou o especialista, mas eu sou um especialista, né? E me especializei também em comédia, porque eu fiz palhaço durante 9 anos, que é comédia física, na verdade. E e depois eu entrei no pânico e descobri que eu sou popular. Nunca achei que eu fosse popular. Eu achava que eu era uma pessoa mais hermética. Eu descobri que eu sou popular e descobri que eu consigo fazer uma coisa que que é o limite do limite da possibilidade de fazer teatro, que é cantar, sapatear e fazer uma cena ao mesmo tempo, entendeu? Isso é muito difícil. Então, eu me sinto um eu me sinto hoje um bom artista, porque principalmente porque eu tenho, eu entendo a minha função e eu corro muito atrás dedicadamente para fazer com que vale a pena o que eu tô fazendo, né? Porque eu preciso, o público é a minha entidade principal, eu preciso que a galera pague para tá ali, né? Se for um evento pago, que a galera, se for um evento de graça, que a galera tenha vontade de estar ali ou de pagar para estar ali e que faça valer, porque teatro ruim é uma das piores coisas do mundo, né? Então, que faça valer aquele evento ali. Então, eu me ali eu tô sangrando, eu vou morrer por você, entendeu? E você vai ver um ator se dedicando em cena, estando bom ou ruim, você vai ver que eu tô ali dedicado para te fazer fazer valer a pena a sua noite, fazer valer a pena a sua presença, né? Como se eu tiver cozinhando uma lasanha. Eu vou querer fazer a melhor lasanha do mundo para você jantar, entendeu? Edu? o Edu te ouvindo assim, eh, e a gente, nossa rotina aqui é ouvir bons profissionais falando e aí a nossa atenção sempre fica, eh, em o que faria esse profissional sair de onde ele tá ou qual é o próximo passo da carreira desse profissional. Então, tenho nessa linha, eu tenho duas perguntas para ti, né, em uma só. A primeira seria, eh, você já viveu muita coisa na tua vida, diversas eh empresas e cenários. O que que faria você eh sair imediatamente? O que poderia acontecer no teu trabalho que faria você sair imediatamente dele? E a outra é, qual o próximo passo? O que que você olha paraa frente? Qual que seria um um motivador ou eh um impulsionador pra gente chamar o Edu para um novo desafio? O que que você busca? O que me faria me fazia sentir me sair imediatamente? Eu sou essa pessoa que do nada eu falo: "Não quero mais, eu não quero mais". Acabou. Não tem como. Não tem como. Se eu tivesse, se eu pode, pode ser o que for, um casamento, pode ser o trabalho mais importante do mundo. Se eu se eu perceber que não que eu não sou bem-vindo, que eu não deveria estar ali ou que não tô sendo respeitado, que a minha dignidade de alguma forma tá sendo ferida, isso não, eu não penso, tipo, simplesmente sumo, não me importa, sabe? Não me importa a consequência, é mais forte do que eu, assim. Para mim, eu preciso ter eh confiança e me sentir cuidado, né? Me sentir, como eu também dou muito afeto, eu também preciso me sentir cuidado, me sentir, né, mimado de alguma forma, porque eu mimo todo mundo, eu sou um bom amigo, eu faço. Então, eu acho que é isso. Quando eu me sinto que não me sinto bem-vindo, eu não fico, né? Fico. Eh, e e eu acho que novos desafios. Eh, eu não, por exemplo, eu não reclamo, eu não trago dilema pro trabalho, entendeu? Eu resolvo o dilema. Então, você me traz um problema, eu vou ter cinco sugestões de como resolver aquilo ali, entendeu? De uma forma barata. Então, eu sou uma pessoa que eu resolvo o problema. Eu não, eu não sou uma pessoa que fica trazendo um problema pro trabalho e nem leva o caixão para casa. Acabou aquele dia, acabou aquele dia, vou paraa casa, vou dormir, vou descansar. ficar pensando em carregar esse caixão para casa, sabe? O próximo dia vamos trabalhar melhor, o próximo dia, mais uma chance, vamos trabalhar melhor, vamos ser melhor. Eh, e o e e de novo, os desafios é aproveitar que eu já entendi quem eu sou, que agora eu preciso sentar na minha cadeira, digamos assim, que esse é o momento da minha vida. Eh, eu vou fazer as minhas coisas. Então, agora eu eu vou voltar a fazer as minhas coisas, mas agora com mais propriedade, né? antes do Plânico eu já fazia teatro há mais de 20 anos, né? Então eu tenho, eu fui pro Pânico como um ator de teatro, que eu não sabia nem que eu i que eu era popular, né? Não sabia nunca. Eu tinha certeza que eu nunca ia ganhar dinheiro com na minha vida, entendeu? Mas também tinha certeza que eu nunca ia ser um um cara que trabalha com algo que não gosta. Então eu acho que o negócio é você trabalhar com o que você gosta, com que te faz bem, entendeu? Se você, se não tá te fazendo bem, esse é o sinal que você tem que procurar uma outra função na tua vida, entendeu? Ô, Edu, tem acho uma coisa legal assim de que eu queria te ouvir, né? A gente ouve muito, né, de profissionais que às vezes não tão desempenhando bom trabalho, eh, com a justificativa de que não estou motivado. Não, hoje eu não estou motivado, perdi a minha motivação, não tô desempenhando por uma questão de pura, única e exclusivamente de motivação. E a gente sabe que no dia a dia, né, ah, a gente tem dias bons, dias ruins, nem todos os dias a gente tá motivado, mas existe algo que é o comprometimento, né, o compromisso. A minha pergunta é, Edu, já aconteceu? Você tem exemplo já de ser ir lá para uma peça e o estabelecimento tá vazio ou tá com poucos gatos pingados lá. E como é que você reagiu? Como como que foi a qual foi sua atitude? O que que você sentiu? Eu sou de uma de um colégio de eu sou de um colégio onde acha que o fracasso é mais importante do que o sucesso, né? Eu sou um artista existencialista, digamos assim. Então eu eu não acredito no sucesso, né? Eu acredito que você só chega no sucesso quando você tá surfando no fracasso, entendeu? Então, tipo, eu eu eu acho, eu sempre gostei, a maioria das coisas que eu fiz, a maioria das peças que eu fiz na minha vida foram peças ruins para ninguém, né? Como eu faço chato desde criança, a maioria foi para poucas pessoas ou para ninguém mesmo assim. E isso só me fez aprender e entender que na verdade, como a Fernanda Montenegro fala, eu sou condenado a minha profissão. Eu não sou, é uma vocação, mas eu sou condenado a isso. Se eu não fizer, seja para uma ou para 1000, eu eu fico com febre, entendeu? Me dá me dá um prazer fisiológico que eu fazer, entendeu? Então, e eu preciso tá ali fazendo. Então, eu fazendo um metrô, fazendo teatro, fazendo na Broadway, para mim é o mesmo prazer, entendeu? Quanto é que eu fico eu fico triste, por exemplo, essa essa polêmica que deu no Wicked de que as pessoas estão cantando a música, o caramba, e aí estão reclamando que o público tá cantando. Gente, você não pode reclamar que você é um fenômeno, você não pode reclamar que você é um sucesso, entendeu? Existem sortes e reveses, né, do jogo da vida. Você vai ter uma sorte, essa sorte vai te trazer um revés. Mas você não pode nunca reclamar que é um sucesso, entendeu? Você nunca pode reclamar no teatro que você é um sucesso, entendeu? Que você é um fenômeno. Porque tem muitas peças que são riquíssimas, que que não fazem diferença nenhuma. Tem peças que são pobríssimas, que ninguém vê, que mudou a vida de muita gente ou da mudou muito a vida de pouca gente, sabe? Então, tipo, o teatro ele é uma é uma mágica. A arte ela foi feita para isso, para ela ela é louca, ela é um milagre. Então, ela não é lógica, ela não trabalha igual o mercado trabalha, sabe? Ela não tem lógica, entendeu? Então, às vezes, uma peça para três pessoas mudou a vida de três pessoas e uma peça para e um show da Taylor Swift para 30.000 não mudou a vida de ninguém, entendeu? Então, às vezes isso isso é possível acontecer. É, e a gente tá falando de de humanismo, né, Edu? eh a a linha que eu seguia na época que eu atendi, hoje não atendo mais, né, como psicólogo, mas eu eu segui a linha do Rogers, né, que a teoria dele é o humanismo, né, que eu aqui agora eu tô concentrado na outra pessoa. E falando disso de humanismo, vamos caminhando aqui paraa última pergunta. Usa toda essa tua paixão e o quanto que essa peça pode impactar as pessoas que vão assistir e que não tiveram oportunidade ainda para fazer um convite pro pessoal que tá nos ouvindo aqui. Eh, agora é contigo, Edu. Convida o pessoal aí para assistir a uma babar assistind ainda mais o pessoal da Rabit RF porque vocês têm ingressos, né? Então vocês são obrigados aí. Mas o convite é, a gente vive eventos online, tudo nosso é online. O teatro é uma coisa que sobrevive, né? Como as sete artes, elas não são sete à toa, né? Elas sobrevivem. Eh, televisão não é arte, né? Eh, rádio não é arte. Podem ter artistas que estão ali, mas na internet não é arte. Ela pode ser feita, pode ter artistas que estão na internet, mas existem. A arte é aquilo que vai durar para sempre, na mesma linguagem dela mesma. Então, e ela foi feita para isso. Ela foi feita para ela foi feita para ser um inimigo do Hoje ela é o inimigo do celular. Então tá todo mundo hoje, você vai no restaurante, tá todo mundo, principalmente criança, você vê no iPad, no celular, as crianças, os pais não dão atenção pros seus próprios filhos, ficam culpados por isso, é um excesso de trabalho, é um excesso de ideia na cabeça, excesso de informação por causa do celular. E aí o remédio disso é mais celular. E a gente sabe disso, como os nossos pais sabiam, com cigarro e e a gente se pouco importa para isso e vai dar muito mais questão eh eh de de sequela mais paraa frente, muito mais grave do que a gente imagina. Então, a gente tá vivendo o mundo totalmente online. E a arte ela é offline. Você pode pegar Monalisa e botar numa televisão de plasma na sua parede, mas ela não representa e nunca vai representar a Monalisa. Ela nunca vai representar aquilo lá que tá lá naquele quadro pintado por aquela pessoa que tá há anos ali, como uma árvore que tá uma árvore que tem 600 anos. Nunca uma foto da árvore de 600 anos vai representar a árvore de 600 anos. Não tem como, entendeu? E a arte, o teatro, eh, a gente sofreu muito com a falta disso, né? Com a falta de incentivo pro cinema, pro teatro, pra cultura. Agora a gente tá voltando a ter isso. E quando a gente voltou a ter isso, a gente tá tendo grandes resultados disso, tanto no cinema internacionalmente falando, quanto os gringos vindo ver a babá quase perfeita e falando que o único lugar onde os as pessoas choram vendo a peça além de rir para caramba, é no Brasil. Então a gente tá conseguindo fazer a diferença. Você como família, você como todo mundo se sente abandonado, todo mundo se sente melancólico o suficiente, todo mundo se sente não eh uma fraude ou ou às vezes até invejoso ou não grato o suficiente, todo mundo se sente assim. E as famílias se desreuniram depois dessas dessas algumas eleições que tivemos, né? uma coisa que a gente tinha no Natal que era uma sensação de infância que não se tem mais, as famílias não existem muito mais como eram. Então é uma forma, essa peça, ela é uma forma de você se reunir novamente com a sua família e você ter uma sensação quente de família e de um de união, de unção. Então, é você levar, não é você assistir essa peça sozinho, é você levar a sua família para assistir essa peça, para você ter uma, para você ver uma fotografia da sua própria família e você se reconhecer na peça, se divertir não sozinho, não rir pra tela de celular, é você se divertir e olhar pro lado, tá? tua avó rindo junto com você da mesma piada e se emocionando com você da mesma da mesma história, com a mesma história. Então é uma experiência melhor do que uma montanha russa, entendeu? Que que vocês estão ajudando o público a ter, né, em São Paulo. Então não deixa de ir porque é um evento offline melhor que o Coatela. Não sei, acredito. Eu com certeza, Ed. Aí eu posso testemunhar e foi demais, assim, sensacional. Eh, recomendo, mas tá aqui a recomendação aqui para quem não foi. Eh, demorou, tem que tem que tem que vale muito a pena. E eu levei a comitiva toda e todo mundo se divertiu. Eh, foi sensacional. Ô Edu, só só um parênteses. Eh, cara, uma curiosidade aqui, eh, você já cantava ou você precisou? Cara, como eu tive de família de teatro, né? Antigamente o o hoje em dia o palhaço ele tem que falar: "Oi, criançada". Antigamente tinha que ser acróbata, tinha que tocar um instrumento, tinha que cantar, tinha que fazer cascata. Então, tipo, a mesma coisa, eu queria ser um grande artista. para ser um grande artista tinha que saber fazer jogar nas 11. Então eu sei fazer luz teatro, eu conheço o teatro como geografia, eu sei fazer o som de uma peça, eu edito áudio, eu edito vídeo, entendeu? Então, eu eu posso dar aula de teatro, eu eu sou um professor de teatro, eu sou um bom diretor de teatro, então eu me preparei para ser tudo dentro do do dentro dessa minha função. Eu queria saber cantar, dançar e interpretar, que era para ser um artista completo, né? Então, na verdade, eu não sei dançar, cantar, interpretar bem, mas eu faço um pouquinho de cada coisa e dá para dar uma enganada, entendeu? Como eu sou palhaço, todo mundo acredita. Bom, vou encerrar aqui, eh, Eduas, cara, não tem nem como agradecer aí a sua disponibilidade aí dividir parte do seu tempo conversando conosco. Agradecer, na verdade, eu vou agradecer a vocês por serem patrocinadores de arte no Brasil. Então, só isso aí vocês já estão sendo muito abençoados, com certeza, por alguns deuses da arte. Então, tenho certeza que vocês vão ter muito lucro esse ano e ano que vem. Valeu, vou me impactar mais vidas aqui. A gente falou muito de propósito aqui no no nossa conversa e eu trabalhava numa empresa 10 anos antes de vir para cá. E o que me fez mudar é que aqui eu tenho a possibilidade de pactar mais vidas de ligar para uma pessoa que tá infeliz no trabalho e falar: "Cara, eh, eu tenho uma oportunidade onde você vai ser mais feliz do que onde você está hoje". E isso, cara, não tem preço. E não, não tem preço. E quando não tem preço, aí que dá dinheiro. Muito bom. Hoje conversamos com o Eduardo Easter Bitch. sobre o musical Uma Babá Quase Perfeita e também suas diversas faces ao longo da sua trajetória no meio artístico. Eu sou Mário Custódio, espero vocês na próxima edição do Robert Hef Talks.
Robert lá. Este podcast é produzido pela Robert Hef, a consultoria global de soluções em talentos que mais cresce no Brasil. Venha fazer parte dessa história. Trabalhar com pessoas e ser o agente da evolução e transformação da vida de profissionais pode ser uma atividade muito gratificante, além de uma excelente oportunidade de carreira. Acesse a sessão Trabalhe Conosco do nosso website o roberthef.com.br e veja as vagas disponíveis. Junte-se a nós.
A jornada inicial e o convite para o musical
Desde cedo, Eduardo soube que o teatro seria seu destino. Com apenas três anos de idade ele já estava nos palcos, dando início a uma carreira que se estenderia por décadas. A paixão pela arte nunca deixou de ser o centro de sua vida, mas o que realmente o distingue é a sua capacidade de se entregar completamente aos seus papéis e à sua carreira. Para ele, a arte não é apenas uma forma de expressão, mas uma missão, uma responsabilidade com o público.
Em sua mais recente empreitada, o musical Uma Babá Quase Perfeita, Sterblitch encontrou novos desafios, não só como ator, mas também como ser humano. Ele foi convidado para o papel após a recomendação de Renata Borges, da Touché Entretenimento. "Eu já assisti esse filme 60 mil vezes, talvez seja o que eu mais assisti na minha vida. Não tem como não fazer, né? É uma oportunidade de fazer uma coisa que emociona, mas ao mesmo tempo é engraçada", compartilha Sterblitch. O filme original, com sua combinação de comédia e emoção, era um terreno fértil para o ator explorar, e ele não podia deixar passar a chance de trazer essa história ao teatro.
Disciplina e dedicação
Entretanto, o caminho não é simples. O trabalho no teatro exige dedicação extrema. Sterblitch descreve o processo de preparação para o musical como algo físico e emocionalmente desafiador. “O maior desafio é, primeiro, não imitar”, revela. "Tem que se alimentar bem, tem que malhar, tem que fazer tudo isso que o corpo precisa para aguentar, senão não dá certo". Esse comprometimento não é apenas com o papel, mas com o seu próprio corpo, que precisa ser constantemente preparado para resistir às exigências do teatro. Ele compara a experiência de atuar em um musical a um treinamento físico intenso, no qual o corpo se torna uma máquina que precisa estar em perfeitas condições para a performance.
Uma das coisas que mais chama a atenção na fala de Sterblitch é o seu reconhecimento da importância da disciplina. Para um artista, especialmente no teatro, a falta de disciplina pode ser fatal. O próprio Sterblitch admite que tem dificuldades em seguir uma rotina rígida, mas o teatro exige isso de seus atores. “Eu sou muito mais dedicado do que talentoso. Eu sou um soldado”, ele diz, evidenciando que o sucesso vem da dedicação e não apenas do talento bruto. Essa visão é uma das chaves para entender o seu sucesso: o compromisso com o trabalho, o foco no processo e a humildade em reconhecer que o caminho é árduo.
Trabalhando com propósito: o verdadeiro significado do sucesso
Sterblitch também compartilha sua visão sobre o sucesso e a importância de ser reconhecido pelos seus personagens e não pela sua pessoa. "O que importa são os meus personagens", diz ele, com uma sinceridade que reflete seu entendimento profundo da arte. Para ele, o sucesso não é medido pela quantidade de seguidores ou pela fama, mas pela profundidade e autenticidade dos personagens que cria. Ao longo de sua carreira, ele se dedicou a criar papéis que vão além do humor, explorando aspectos emocionais e dramáticos, sempre com o objetivo de tocar o público de maneira genuína.
A carreira de Sterblitch é um exemplo claro de como o propósito deve ser a força motriz por trás do trabalho. Para ele, não basta ser apenas um bom ator; é preciso entender o impacto que o trabalho tem nas pessoas e como ele pode fazer a diferença na vida delas. Ele é claro ao afirmar que a arte tem um poder transformador. “Eu sou condenado à minha profissão. Se eu não fizer, seja para um ou para mil, eu fico com febre”, confessa. A responsabilidade de fazer a diferença na vida dos outros através da arte é algo que o motiva a seguir em frente, mesmo diante das dificuldades.
A arte e o mundo corporativo
O ator também reflete sobre o mercado de trabalho e a maneira como as pessoas se relacionam com a carreira. Ele acredita que, muitas vezes, as pessoas ficam presas ao cargo ou ao salário e esquecem de se perguntar qual é o verdadeiro propósito por trás do que estão fazendo. "As pessoas ficam muito preocupadas com como elas podem ter um cargo melhor, como que elas podem ter um carro melhor, como que elas podem tirar mais férias", critica. Para ele, isso é um ciclo vicioso que afasta as pessoas do que realmente importa: a busca por significado e satisfação no trabalho.
A disciplina e o comprometimento com o trabalho também se refletem em sua rotina diária. O ator não esconde o quanto é exaustivo o trabalho no teatro, especialmente quando se faz duas apresentações em um dia, como ocorre nos finais de semana. "Fim de semana são quatro vezes, porque sábado tem duas sessões e domingo duas", ele conta. Mas, para Sterblitch, esse cansaço não é um fardo. Ele encontra prazer no processo e na entrega, mesmo quando o corpo pede descanso. A dedicação aos personagens e ao espetáculo é maior que qualquer desconforto físico. Ele vê no palco uma oportunidade de dar tudo de si, seja para uma plateia pequena ou para uma grande multidão. "Eu sou um soldado, eu vou até o fim", ele afirma, mostrando que, para ele, o espetáculo é uma missão a ser cumprida com total comprometimento.
Impacto positivo
O que mais impressiona em Sterblitch é a sua visão sobre a arte e a vida. Ele acredita que o trabalho é um meio de servir aos outros, de dar algo que faça a diferença. Ele não se preocupa com a fama ou com os bens materiais, mas com o impacto positivo que pode causar na vida das pessoas. Para ele, o sucesso vem quando se trabalha com propósito, quando se coloca a energia e o coração no que se faz. Ele não vê a arte como um negócio, mas como uma forma de tocar as pessoas e proporcionar-lhes uma experiência única.
No final, Sterblitch nos ensina uma lição importante: a arte, o trabalho e a vida devem ser vividos com propósito. Ele é um exemplo de como a dedicação, a disciplina e a busca pelo significado podem transformar o trabalho em algo verdadeiramente gratificante. Em um mundo onde muitas vezes se busca o sucesso imediato e o reconhecimento superficial, ele nos lembra que o verdadeiro sucesso está em fazer o que amamos, com paixão e integridade, e no impacto que causamos nas vidas dos outros.
Se você ainda não teve a oportunidade de assistir Uma Babá Quase Perfeita, a recomendação de Eduardo Sterblitch é clara: leve sua família e vivencie a magia do teatro. Afinal, como ele diz, a arte foi feita para transformar e provocar sentimentos profundos, algo que a vida moderna, muitas vezes, não consegue proporcionar.
Em um cenário em que a pressa e a superficialidade dominam, Eduardo Sterblitch nos lembra de que o verdadeiro valor da vida e do trabalho está em sua profundidade e em seu impacto duradouro.
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