A jornada inicial e o convite para o musical
Desde cedo, Eduardo soube que o teatro seria seu destino. Com apenas três anos de idade ele já estava nos palcos, dando início a uma carreira que se estenderia por décadas. A paixão pela arte nunca deixou de ser o centro de sua vida, mas o que realmente o distingue é a sua capacidade de se entregar completamente aos seus papéis e à sua carreira. Para ele, a arte não é apenas uma forma de expressão, mas uma missão, uma responsabilidade com o público.
Em sua mais recente empreitada, o musical Uma Babá Quase Perfeita, Sterblitch encontrou novos desafios, não só como ator, mas também como ser humano. Ele foi convidado para o papel após a recomendação de Renata Borges, da Touché Entretenimento. "Eu já assisti esse filme 60 mil vezes, talvez seja o que eu mais assisti na minha vida. Não tem como não fazer, né? É uma oportunidade de fazer uma coisa que emociona, mas ao mesmo tempo é engraçada", compartilha Sterblitch. O filme original, com sua combinação de comédia e emoção, era um terreno fértil para o ator explorar, e ele não podia deixar passar a chance de trazer essa história ao teatro.
Disciplina e dedicação
Entretanto, o caminho não é simples. O trabalho no teatro exige dedicação extrema. Sterblitch descreve o processo de preparação para o musical como algo físico e emocionalmente desafiador. “O maior desafio é, primeiro, não imitar”, revela. "Tem que se alimentar bem, tem que malhar, tem que fazer tudo isso que o corpo precisa para aguentar, senão não dá certo". Esse comprometimento não é apenas com o papel, mas com o seu próprio corpo, que precisa ser constantemente preparado para resistir às exigências do teatro. Ele compara a experiência de atuar em um musical a um treinamento físico intenso, no qual o corpo se torna uma máquina que precisa estar em perfeitas condições para a performance.
Uma das coisas que mais chama a atenção na fala de Sterblitch é o seu reconhecimento da importância da disciplina. Para um artista, especialmente no teatro, a falta de disciplina pode ser fatal. O próprio Sterblitch admite que tem dificuldades em seguir uma rotina rígida, mas o teatro exige isso de seus atores. “Eu sou muito mais dedicado do que talentoso. Eu sou um soldado”, ele diz, evidenciando que o sucesso vem da dedicação e não apenas do talento bruto. Essa visão é uma das chaves para entender o seu sucesso: o compromisso com o trabalho, o foco no processo e a humildade em reconhecer que o caminho é árduo.
Trabalhando com propósito: o verdadeiro significado do sucesso
Sterblitch também compartilha sua visão sobre o sucesso e a importância de ser reconhecido pelos seus personagens e não pela sua pessoa. "O que importa são os meus personagens", diz ele, com uma sinceridade que reflete seu entendimento profundo da arte. Para ele, o sucesso não é medido pela quantidade de seguidores ou pela fama, mas pela profundidade e autenticidade dos personagens que cria. Ao longo de sua carreira, ele se dedicou a criar papéis que vão além do humor, explorando aspectos emocionais e dramáticos, sempre com o objetivo de tocar o público de maneira genuína.
A carreira de Sterblitch é um exemplo claro de como o propósito deve ser a força motriz por trás do trabalho. Para ele, não basta ser apenas um bom ator; é preciso entender o impacto que o trabalho tem nas pessoas e como ele pode fazer a diferença na vida delas. Ele é claro ao afirmar que a arte tem um poder transformador. “Eu sou condenado à minha profissão. Se eu não fizer, seja para um ou para mil, eu fico com febre”, confessa. A responsabilidade de fazer a diferença na vida dos outros através da arte é algo que o motiva a seguir em frente, mesmo diante das dificuldades.
A arte e o mundo corporativo
O ator também reflete sobre o mercado de trabalho e a maneira como as pessoas se relacionam com a carreira. Ele acredita que, muitas vezes, as pessoas ficam presas ao cargo ou ao salário e esquecem de se perguntar qual é o verdadeiro propósito por trás do que estão fazendo. "As pessoas ficam muito preocupadas com como elas podem ter um cargo melhor, como que elas podem ter um carro melhor, como que elas podem tirar mais férias", critica. Para ele, isso é um ciclo vicioso que afasta as pessoas do que realmente importa: a busca por significado e satisfação no trabalho.
A disciplina e o comprometimento com o trabalho também se refletem em sua rotina diária. O ator não esconde o quanto é exaustivo o trabalho no teatro, especialmente quando se faz duas apresentações em um dia, como ocorre nos finais de semana. "Fim de semana são quatro vezes, porque sábado tem duas sessões e domingo duas", ele conta. Mas, para Sterblitch, esse cansaço não é um fardo. Ele encontra prazer no processo e na entrega, mesmo quando o corpo pede descanso. A dedicação aos personagens e ao espetáculo é maior que qualquer desconforto físico. Ele vê no palco uma oportunidade de dar tudo de si, seja para uma plateia pequena ou para uma grande multidão. "Eu sou um soldado, eu vou até o fim", ele afirma, mostrando que, para ele, o espetáculo é uma missão a ser cumprida com total comprometimento.
Impacto positivo
O que mais impressiona em Sterblitch é a sua visão sobre a arte e a vida. Ele acredita que o trabalho é um meio de servir aos outros, de dar algo que faça a diferença. Ele não se preocupa com a fama ou com os bens materiais, mas com o impacto positivo que pode causar na vida das pessoas. Para ele, o sucesso vem quando se trabalha com propósito, quando se coloca a energia e o coração no que se faz. Ele não vê a arte como um negócio, mas como uma forma de tocar as pessoas e proporcionar-lhes uma experiência única.
No final, Sterblitch nos ensina uma lição importante: a arte, o trabalho e a vida devem ser vividos com propósito. Ele é um exemplo de como a dedicação, a disciplina e a busca pelo significado podem transformar o trabalho em algo verdadeiramente gratificante. Em um mundo onde muitas vezes se busca o sucesso imediato e o reconhecimento superficial, ele nos lembra que o verdadeiro sucesso está em fazer o que amamos, com paixão e integridade, e no impacto que causamos nas vidas dos outros.
Se você ainda não teve a oportunidade de assistir Uma Babá Quase Perfeita, a recomendação de Eduardo Sterblitch é clara: leve sua família e vivencie a magia do teatro. Afinal, como ele diz, a arte foi feita para transformar e provocar sentimentos profundos, algo que a vida moderna, muitas vezes, não consegue proporcionar.
Em um cenário em que a pressa e a superficialidade dominam, Eduardo Sterblitch nos lembra de que o verdadeiro valor da vida e do trabalho está em sua profundidade e em seu impacto duradouro.
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