Você já deve ter ouvido que “o corpo fala”, não é mesmo? A linguagem corporal transmite muitas informações sobre o indivíduo, por isso, ela deve ser avaliada nas entrevistas de emprego para selecionar candidatos com comportamentos alinhados com a empresa. Para profissionais em busca de uma oportunidade de emprego ou promoção, estar atento às reações corporais é fundamental. Embora não seja possível controlar completamente as expressões corporais, que ocorrem de forma instintiva e natural, é possível evitar exageros que prejudiquem o desempenho em uma entrevista. Para que você possa entender a linguagem corporal, preparamos este artigo. Acompanhe! Guia Salarial da Robert Half: No guia você encontra a mais completa pesquisa salarial e um estudo sobre tendências de contratação no mercado brasileiro.
Durante a seleção, os recrutadores observam sinais que, muitas vezes, duram poucos segundos, mas são capazes de fornecer muitas informações sobre o candidato, permitindo ao profissional de RH interpretar o que ele está pensando e sentindo. A especialista em comportamento humano, Tonya Reiman, autora do livro “O Poder da Linguagem Corporal — Como ter sucesso em todo encontro pessoal e de negócios”, oferece dicas para dominar melhor a linguagem corporal durante a entrevista.

Aperto de mãos

Reiman ensina que a mão suada na hora ao cumprimentar o recrutador é um sinal de nervosismo e ansiedade. Uma forma de evitar essa questão é ir ao banheiro antes da entrevista e se refrescar, molhando um pouco os punhos e as mãos. Ainda segundo a autora, isso ajuda a amenizar o suor. Já em relação ao cumprimento, Reiman orienta o candidato a deixar a mão neutra durante o aperto de mão. Além da intensidade do aperto de mãos, que deve ser dosado, a autora ensina que ao estender a mão para o entrevistador, é fundamental não tentar colocar a sua por cima ou por baixo. O motivo é que isso pode passar a impressão de alguma dominância, o que não é positivo para esse momento.

Contato visual

Reiman ainda esclarece que é importante ter cuidado com a força do olhar para não parecer muito agressivo. Logo, evite aquele olhar insistente, que pode deixar mais parecido com um perseguidor. Mas, vale lembrar, o contato visual é necessário. “Sempre que você terminar uma frase, mantenha o contato do olho no olho. Isso transmite credibilidade e aumenta seu nível de persuasão”, diz Reiman. Ela ainda ensina que é preciso dar um tempo do olho no olho. “Nunca desvie seu olhar para baixo, sempre para um lado ou o outro, também para manter a credibilidade.”

Tom de voz

A autora ainda recomenda atenção à variação do tom de voz. “Quando ficamos nervosos, tendemos a variar o tom e deixar a voz mais aguda. Mantenha seus batimentos cardíacos para isso não acontecer”.

Braços cruzados

Os braços cruzados podem indicar descontentamento e falta de conexão com o entrevistador. O ideal é colocar o braço na cadeira e, na falta de apoios, na mesa ou no colo. Leia também: Pela primeira vez, cinco gerações trabalham lado a lado no mercado. Confira o estudo da Robert Half sobre o tema!
A linguagem corporal consta da união de ações que o corpo humano executa de forma inconsciente. Assim, é fácil entender que ela é composta por diversos sinais, que podem ser analisados por pessoas capacitadas e também atentas. Para ajudar você a conduzir uma entrevista de emprego de modo eficiente, listamos abaixo algumas dicas úteis para você conduzir entrevistas na sua empresa. Acompanhe!

Postura

A postura é considerada um dos principais fatores a serem estudados quando o assunto é linguagem corporal. Para o candidato a uma vaga de emprego, ela pode ser analisada antes mesmo que o processo seletivo se inicie, enquanto o indivíduo aguarda ser chamado para a entrevista. Geralmente, é possível entender como uma postura ruim, quando o candidato se apresenta com os ombros curvados ou caídos, e a cabeça abaixada. Em um ambiente de trabalho essa postura não é entendida como ideal porque pode revelar a timidez do candidato, insegurança e uma provável baixa autoestima, o que pode representar um dificultador para as relações interpessoais no trabalho, sendo uma questão que pode afetar de maneira negativa a produtividade do profissional e também da equipe, por consequência.

Aperto de mão

O aperto de mão revela detalhes relevantes a respeito do candidato no processo seletivo e, por isso, merece atenção especial durante a leitura corporal. Por meio dele é possível analisar se o candidato tem uma característica dominante. Por exemplo, se o candidato estende a mão colocando a sua própria sobre a do recrutador, de certa forma, ele demonstra que deseja dominar toda a situação. Muitos candidatos — e até mesmo recrutadores — entendem essa atitude como uma postura positiva, revelando confiança. Porém, ela também pode indicar uma postura dominante no ambiente laboral, o que pode causar transtornos com a equipe, relacionamento com a liderança e demais funcionários.

Contato visual

Algumas pessoas se sentem desconfortáveis ao olhar nos olhos de outras pessoas, por isso, o contato visual é evitado. Entretanto, isso pode demonstrar insegurança e também falta de autoestima, e autoconhecimento. No ambiente de trabalho, isso também pode representar inabilidade para a comunicação interpessoal, o que também pode prejudicar a relação com a equipe. Durante a entrevista, é interessante observar se o candidato desvia o olhar em todas as perguntas, ou apenas se sentiu desconfortável em uma delas. Nessa segunda situação, é importante insistir para entender melhor qual é o perfil do candidato. Dessa forma, é possível entender se o candidato está escondendo algo ou se ele apenas se sentiu desconfortável diante de determinada situação.

Sorriso

O sorriso pode relevar a confiança ou a falta dela, ou mesmo um desconforto. Por isso, ele é considerado um fator fundamental nas relações interpessoais, e também revela simpatia e interesse. Geralmente, os indivíduos apenas evitam sorrir em circunstâncias em que se sentem inseguros ou insatisfeitos. Logo, é interessante que o recrutador fique atento a essa questão, a fim de analisar relevantes indicações a respeito das habilidades dos candidatos a uma vaga de trabalho na empresa. O sorriso também revela o nível de confiança do indivíduo em relação a si mesmo.
Em tempos de pandemia causada pela Covid-19, as entrevistas por vídeo vêm sendo usadas por empresas de todos os portes e segmentos para otimizar os processos seletivos, reduzindo as distâncias e também os custos, tanto para candidatos quanto para empresas. Veja a seguir o que avaliar em uma entrevista por vídeo!

Postura

Mais uma vez, a forma como o candidato se senta na cadeira em frente à câmera revela muito sobre ele e seu interesse em fazer parte da organização. Uma postura “largada” pode indicar descaso e falta de interesse, já uma postura ereta revela que ele está no momento presente, ou seja, atento, e tem interesse no que está sendo oferecido a ele.

Olhar

Ignorar a câmera pode revelar desconforto ou mesmo que o candidato está interpretando um papel, ou deseja esconder algo. É preciso insistir nas perguntas para avaliar o que pode estar acontecendo.

Tom de voz

O tom de voz do candidato pode revelar se ele está ou não interessado na vaga. Um tom muito baixo e desanimado pode revelar procrastinação e falta de entusiasmo, o que é péssimo para quem nem começou a trabalhar ainda.

Expressões faciais

Bocejos, torcidas de nariz, risos fora de hora, entre outras expressões faciais, também podem relevar a personalidade do candidato e o interesse dele à vaga. O ideal é que o profissional se mantenha atento e com uma fisionomia que acompanhe as situações apresentadas. Como vimos ao longo desta leitura, a linguagem corporal na entrevista de emprego é muito importante, pois revela muito sobre os candidatos. Por isso, é preciso estar atenta a elas. Se você é um candidato, o autoconhecimento e o desenvolvimento da inteligência emocional podem ajudá-lo a se sair melhor quando a questão é linguagem corporal na entrevista de emprego. Já para os recrutadores, estudar sobre o tema é fundamental para fazer as melhores contratações. Confira também: Soft Skills valem tanto ou mais que competências técnicas
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