A evolução dos Centros de Serviços Compartilhados (CSC) tem demonstrado como a automação pode revolucionar operações corporativas, equilibrando eficiência tecnológica e a valorização do fator humano. Esse foi o tema central de um episódio de podcast com Marco Poiatti, Diretor de CSC da RD Saúde, que compartilhou sua experiência de 20 anos no setor, abordando desafios, oportunidades e tendências.
O papel dos CSCs no Brasil
Os Centros de Serviços Compartilhados surgiram como uma solução para organizar e centralizar processos corporativos. Marco Poiatti explicou que o conceito, originado na Europa nos anos 1990, chegou ao Brasil no início dos anos 2000 e já conta com cerca de 300 operações no país.
“O CSC é muito mais do que uma área de back-office. Ele traz produtividade com processos mais assertivos e promove a formação de talentos para toda a empresa”, afirmou. Além de garantir maior eficiência e reduzir erros operacionais, os CSCs atuam como um celeiro de talentos, oferecendo uma visão ampla da empresa e oportunidades de crescimento.
Automação e impacto no trabalho
Uma das discussões centrais foi o impacto da automação nos processos e na força de trabalho. Para Poiatti, é um equívoco acreditar que a automação elimina empregos.
“O profissional que aprende a usar a tecnologia de forma eficiente não perde o emprego para a automação. Pelo contrário, ele se torna mais valioso”, destacou. Com ferramentas como RPA (Automação Robótica de Processos) e inteligência artificial (IA), os CSCs simplificam tarefas repetitivas, liberando profissionais para funções mais estratégicas.
Além disso, a automação ajuda a atender às expectativas de uma força de trabalho mais jovem, que valoriza tarefas mais criativas e menos operacionais.
Desafios e tendências no CSC
A rede de contatos é outro elemento crucial na mudança de carreira. Mirela compartilhou que, ao decidir buscar novas oportunidades, fez questão de se conectar com pessoas de confiança que pudessem ajudá-la nesse processo. “Eu listei quem eram as pessoas de confiança que eu podia ligar”, contou. Essa abordagem proativa resultou em três entrevistas quentes em um curto espaço de tempo.
Um networking eficaz não apenas ajuda a encontrar novas oportunidades, mas também permite que os profissionais compartilhem experiências e aprendam uns com os outros. Em um mercado de trabalho competitivo, saber quem pode indicar ou apoiar pode fazer toda a diferença.
O futuro dos CSCs
Para Poiatti, o futuro dos CSCs será marcado por estruturas organizacionais mais horizontais, com menos tarefas operacionais e maior foco em análises complexas e decisões estratégicas. “A automação vai eliminar atividades repetitivas, mas abrirá espaço para que os profissionais assumam papéis mais relevantes”, afirmou.
Ele também destacou a importância do trabalho presencial no desenvolvimento de carreiras. Apesar do avanço do home office, a interação no escritório ainda é essencial para a troca de ideias e para a evolução profissional.
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