O mercado pet brasileiro faturou R$ 75,4 bilhões em 2024, um aumento de 9,6% em relação a 2023 (Abinpet).A venda de alimentos industrializados para animais de estimação encerrou o ano com R$ 40,8 bilhões, enquanto a venda de animais por criadores representa R$ 8,1 bilhões deste total.Já os produtos veterinários (pet vet) faturaram R$ 7,8 bilhões e os serviços veterinários são o quarto maior segmento em faturamento, com R$ 7,7 bilhões.
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O setor cresceu, e com ele, surgiram muitos desafios
Os dados atualizados monstram que, em 2023, o mercado pet no Brasil terminou o ano empregando cerca de 3,3 milhões de pessoas, um aumento de 6,5% em relação a 2022 (segundo a AbinPet). Esse crescimento acelerado, no entanto, traz consigo desafios significativos.A falta de profissionalização é um dos principais entraves do setor. É difícil encontrar profissionais qualificados, especialmente os capacitados com visão estratégica e foco em pós-venda e fidelização. Isso reflete a necessidade de especialistas em áreas como inovação, marketing e vendas, além de investimentos em treinamentos e certificações para capacitar a mão de obra.A concorrência crescente é outro grande desafio. Ela envolve grandes redes, plataformas de e-commerce e a importação de produtos. Esses fatores pressionam as empresas a buscarem profissionais experientes nas áreas de marketing digital, análise de dados, tecnologia e logística para que se mantenham competitivas e ofereçam experiências personalizadas nos ambientes físico e digital.A atração e a retenção de talentos também se destacam como pontos críticos. Profissões especializadas, como veterinários, zootecnistas, groomers, adestradores(as) e gestores(as) enfrentam um déficit de mão de obra. Além disso, os baixos salários e o desgaste físico e emocional contribuem para a alta rotatividade no setor. Por isso, é essencial investir em programas de qualificação, melhorar as condições de trabalho, oferecer suporte emocional e incentivar a formalização dos profissionais.
Áreas de oportunidade e profissões em alta
O setor pet tem uma crescente demanda por inovação e modernização, o que exige profissionais qualificados para atender às novas demandas do mercado. Áreas como pesquisa e desenvolvimento (P&D) estão em destaque, com foco na criação de produtos sofisticados e soluções tecnológicas. Além disso, a experiência do cliente tem se tornado prioritária, presencialmente e para os clientes do e-commerce, o que amplia a procura por especialistas em marketing digital, análise de dados e personalização de serviços.Entre as posições mais requisitadas no setor, destacam-se cargos permanentes como analista de marketing, coordenador de e-commerce, especialista de P&D, gerente de produtos, representantes de vendas e gerente de recursos humanos. Já para projetos específicos, a demanda é alta por coordenadores e analistas de atendimento a clientes, desenvolvedores de TI e representantes de vendas.
M&A em alta
Ao final de 2024, as duas maiores varejistas do setor Pet brasileiro anunciaram o movimento de fusão. O faturamento combinado das duas empresas é de quase R$ 7 bilhões, e, juntas, têm mais de 480 lojas podem atingir até 20% de participação no varejo pet nacional.Segundo o Cade, o segmento pet no Brasil é caracterizado por poucas barreiras de entrada, com a presença de pequenos pet shops e o crescimento de canais digitais, por isso, ainda de acordo com o órgão, não compromete a livre concorrência em nível nacional.Além deste caso que ganhou notoriedade, outras aquisições menores seguem movimentando o setor em 2025. Em períodos de mudanças, ficam evidentes as necessidades de integrações de sistema, negociação de fornecedores e gestão de pessoas que conduzirão todos os processos envolvidos.
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