Dia Internacional da Felicidade: como fugir da síndrome do impostor?
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De acordo com o International Journal of Behavioral Science, 70% das pessoas já experimentaram a síndrome do impostor em algum momento da vida. Como no domingo, dia 20 de março, comemora-se o Dia Internacional da Felicidade, eu decidi levantar o tema para entender se estamos aproveitando bem o nosso dia a dia para nos tornarmos quem gostaríamos de ser. Na vida profissional, especificamente, será que algum sentimento interior, relacionado a incapacidade, fraqueza ou falta de confiança, tem bloqueado o seu progresso?
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O que é a síndrome do impostor?
A síndrome do impostor é uma forma de ansiedade que faz com que a pessoa acredite ser difícil aceitar e reconhecer as próprias conquistas. Em geral, são pessoas que buscam a perfeição a todo custo, mas menosprezam as próprias realizações e têm dificuldade para aceitar elogios. Elas ainda carregam o medo de serem expostas como uma fraude diante de outras pessoas.
Como impedir que a síndrome do impostor atrapalhe a sua carreira
A psicologia explica que, em partes, a síndrome do impostor se manifesta quando comparamos as realidades do nosso interior com o que as outras pessoas aparentam ser. Dessa perspectiva, eu, particularmente, acredito que uma forma eficiente de impedir que a síndrome do impostor atrapalhe a sua carreira é se preparando. Minhas sugestões:
Reavalie a forma como você se expressa
O modo como você expressa suas ideias diz muito sobre o seu nível de confiança. Tente, por exemplo, excluir dos seus discursos a expressão “eu acho” para não passar a impressão de que você tem apenas uma ideia vaga ou rasa sobre o assunto. Prefira, por exemplo, substituir o termo por “eu acredito”, complementando o raciocínio com algo que você tenha lido, escutado, visto ou pesquisado. Evite, também, fazer suposições ou se posicionar de maneira hesitante. Frases, como “sinto que esta pode ser a direção errada”, só causam ainda mais dúvidas em quem participa de uma conversa.
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Ofereça-se para compor a equipe de um programa de mentoria
Você já pensou em se oferecer para orientar um membro da equipe que carece de algum conhecimento que você tem? Ele nem precisa necessariamente ser mais jovem que você. Algumas empresas já praticam a mentoria reversa, na qual os mais jovens orientam os mais seniores em questões relacionadas à tecnologia, por exemplo. Ao compartilhar conhecimentos e experiências você terá uma noção real de tudo o que sabe e isso pode aumentar a sua autoconfiança.
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Busque aperfeiçoamento
Uma das preocupações mais comuns para quem sofre da síndrome do impostor é não possuir qualificação suficiente para a função que executa. Isso pode ser facilmente solucionado com uma pesquisa de currículos de profissionais que você admira e ocupam a mesma posição que você ou outras que deseja alcançar. Veja quais habilidades técnicas e comportamentais essas pessoas têm, quais delas faltam no seu currículo e estabeleça planos e prazos para que você as adquira também. Veja a possibilidade de conseguir patrocínio da empresa em algum desses cursos. Mas não deixe que uma negativa te impeça de se qualificar. Você deve ser o seu maior projeto, lembre-se sempre disso.
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Liste seus sucessos
Para manter-se ainda mais longe da síndrome do impostor, é útil fazer uma lista das suas conquistas mais significativas. Mas do seu ponto de vista e não da opinião geral. A ideia é que você possa realmente mapear suas evoluções. Vale, ainda, pedir feedback de gestores, equipe e pares de trabalho.
O filósofo Søren Kierkegaard dizia que “aventurar-se causa ansiedade, mas deixar de arriscar-se é perder a si mesmo”. É nisso que eu acredito. Mas isso não quer dizer sair arriscando a todo custo. A ideia é dar passos planejados, com preparo, bom senso e uma dose de confiança e de atenção aos acontecimentos ao redor para aumentar a nossa chance de sucesso. Faz sentido para você?
*Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar
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