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Tempo estimado de leitura: 5 minutos

Etarismo tem tudo a ver com um choque de gerações e o preconceito que existe em ambos os lados da linha do tempo: dos mais jovens às pessoas com mais idade e experiência.

Você já vivenciou ou testemunhou situações desse tipo?

Para explorar o conceito de etarismo, suas causas e os meios de combater essa forma de preconceito (dentro e fora das empresas), reunimos a Cris Pàz, escritora e palestrante, e duas profissionais da Robert Half: a Patrícia Alves (coordenadora de relações públicas) e a Ana Carla Guimarães (diretora de mercado).

Confira alguns pontos-chave extraídos dessa conversa fundamental para a adaptação e evolução do mercado de trabalho!

O que é etarismo?

Para Cris Pàz, a definição se resume a um “preconceito com relação à idade” e também aponta outros termos associados ao problema: “idadismo ou ageísmo”.

Independentemente do termo usado, o etarismo se reflete fortemente no mercado de trabalho quando a idade se mostra como um impeditivo para que um candidato seja considerado para uma vaga, por exemplo.

Cris Pàz também reflete que “o mercado que rotulou isso” e que existem dois mitos que devem ser urgentemente derrubados: 

  • o de que envelhecer também amadurece as pessoas;
  • o de que envelhecer significa desatualização de conhecimento.

Em um país onde, atualmente, quase 15% da população tem mais de 60 anos, a discussão se faz cada vez mais necessária. E a discussão ganha coro com a Patrícia Alves e Ana Carla Guimarães, que veem o RH como um elemento central para definir cargos e salários e analisar as características para o preenchimento de uma oportunidade, independentemente da sua faixa etária e outras características pessoais que não refletem, direta ou indiretamente, na sua capacidade para ocupar vagas que têm recebido um olhar restrito do mercado de trabalho.

Como o etarismo se revela no ambiente corporativo?

O etarismo pode acontecer com jovens de 50 ou 60+. Em ambas as situações, o problema se instaura e deve ser combatido. Principalmente, porque ele pode aparecer em discretas situações ou em casos mais aparentes. Alguns exemplos:

  • presumir que uma pessoa não tem mais interesse/capacidade em aprender algo novo porque é mais velha do que outros profissionais;
  • usar a idade como um filtro restritivo para um processo seletivo;
  • baixa quantidade de promoções para pessoas com idade avançada;
  • demissões de colaboradores quando atingem certa idade.

Essa exclusão só divide mais o mercado e quem tem a perder são, verdadeiramente, as empresas. E, claro, as pessoas excluídas da competitividade do mercado por causa de suposições infundadas.

Como combater o etarismo?

Mais inclusão, por favor. Essa é a principal solução — embora não seja suficiente.

Pois também é necessário ter empatia e comprometimento para combater todas as formas de etarismo, mesmo quando as empresas começam a incluir profissionais de todas as idades no seu quadro de colaboradores.

Trata-se de um esforço coletivo, portanto, e que deve ser continuamente desmistificado e combatido para que velhos preconceitos não criem raízes em um momento de múltiplas gerações dividindo o mesmo espaço dentro das empresas.

E esse assunto é tão amplo e diversificado quanto complexo, mas sob a ótica de Cris Pàz, Patrícia Alves e Ana Carla Guimarães, o etarismo se mostra como um obstáculo que pode ser removido das jornadas de trabalho.

Para saber mais a respeito do assunto e obter ainda mais insights sobre essa produtiva conversa, clique aqui e ouça o episódio na íntegra do podcast da Robert Half!