Busque vagas agora Envie seu currículo Como trabalhamos Soluções por projetos Soluções permanentes Gestão interina Como trabalhamos Executive search Finanças e Contabilidade Tecnologia da Informação Vendas e Marketing Jurídico Recursos Humanos Engenharia Tecnologia Risco, Auditoria e Compliance Finanças e Contabilidade Digital, Marketing and Customer Experience Jurídico Operações Recursos Humanos Guia Salarial Índice de Confiança Panorama Setorial Imprensa Podcast Tendências salariais Flexibilidade no trabalho Vantagem competitiva Work/life Balance Inclusão Estou contratando Busco oportunidade Contato

Ep #81 - Cenário Econômico de 2025: como se preparar

Podcast Carreira
Escute no Spotify
O cenário econômico de 2025 já se desenha como um campo desafiador e repleto de nuances, exigindo das empresas e líderes estratégias bem alinhadas para enfrentar incertezas e buscar crescimento sustentável. Pedro Renault, Superintendente de Pesquisa Econômica do Itaú Unibanco, trouxe uma análise abrangente sobre as perspectivas econômicas no podcast Robert Half Talks.

Ouça o episódio no YouTube

Cenário econômico de 2025: como empresas e líderes podem se preparar [Música] o Brasil atravessa um cenário econômico desafiador onde compreender as dificuldades e identificar as oportunidades é crucial para que empresas e profissionais estejam prontos para o futuro eu sou o Leonardo berto e no episódio de hoje do Robert he talks Vamos explorar Como as empresas podem se ajustar às transformações econômicas e descobrir caminhos para crescer e prosperar no mercado e pra gente começar esse episódio eu convido aqui um convidado especial Pedro Renault superintendente de Pesquisa Econômica do Itaú Unibanco e para compartilhar a mesa Mário Custódio Miller Gomes duas carinhas aqui já muito conhecidas Pedro fique à vontade se apresenta fala um pouco sobre você pra gente boa fala Leonardo Miller Mário prazer est aqui com vocês eh eu sou na equipe de economistas do Itaú uma das pessoas que faz mais do nosso meio de campo aqui com grandes clientes Então vamos pensar aqui em empresas né O que a gente chama de cliente corporativo E também o investidor institucional de certa forma eu fico com o pezinho em cada lado do mundo e tentar trazer nessa conversa aqui uma visão combinada para vocês do que que a gente tá enxergando do ponto de vista do investidor do ponto de vista das empresas costurando com o que a gente vai ouvindo dos diferentes setores eu Tô há 12 anos no Itaú passando por algumas funções diferentes sempre nessa área econômica meti bastante com modelagem de inflação política monetária pensar o que o banco central vai fazer à frente a gente pode comentar isso em breve e hoje em dia eu tenho esse foco aqui um pouco mais de pensar no cenário como um todo e eh para onde a coisa corre na hora que vem choques né e vamos dizer momentos de maior incerteza como a gente tem atualmente bom então Pedro vamos começar vamos começar direto do seu campo eh a gente tá gravando esse episódio aqui em 10 de dezembro de 2024 se puder falar um pouquinho pra gente as perspectivas do mercado do cenário econômico no Brasil em 2025 acho que esse é um bom um bom plano de fundo pra gente começar nosso bate-papo boa bom então assim a gente tem bastante coisa acontecendo tanto no mundo quanto no Brasil e o ambiente externo ele vem influenciando bastante do que a gente tem aqui dentro de casa tivemos eleição do Donald trump nos Estados Unidos que é algo que trouxe junto deci uma maré de dólar mais forte o que por uma série de canais um governo trump esperado ser mais inflacionário do ponto de vista de protecionismo eu não vou comprar de quem faz mais barato e sim de dentro de casa políticas de restrição e imigração que no fundo diminuem a oferta de mão deobra barata no mercado americano eventual aumento aqui do gasto público com corte de impostos significa que o governo vai continuar rodando com déficits tendo que se financiar isso é algo que obviamente pressiona a dinâmica aqui de inflação e por tabela de juros tudo isso aqui aponta para juro que acaba sendo mais alto nos Estados Unidos ou vamos colocar de outra forma que vai cair menos com relação aos patamares atuais E aí nesse sentido como uma taxa de juro que a gente enxerga na economia americana se estabilizando perto de 4% vindo de 5,5 que era onde eles estavam até pouco tempo atrás nós temos uma Maré global que é consistente com esse dólar fortalecido porque quatro de juro 4% de juro nos Estados Unidos é algo bastante interessante do ponto de vista do investidor do aplicador ali de recursos a gente vem pro Brasil e a gente vê uma pressão que do nosso lado também puxa muito o câmbio para cima no momento dessa gravação a gente tá com câmbio ali acima dos R 6$ 6 por dólar e é uma combinação exatamente desse ambiente externo onde todo mundo sofreu quando a moeda americana nos últimos meses com uma pressão doméstica a nossa moeda com relação a de outros mercados emergentes ela tá bem mais fraca no acumulado de 2024 mercados emergentes como um todo tiveram uma depreciação na casa de 6% com relação ao dólar o Real flerta com 30% de depreciação nesse momento e aí no fundo o que tem acontecido nós temos problemas domésticos que TM pesado bastante arcabouço fiscal essa palavra arcabouo né entrou no vocabulário de todo mundo ela no fundo é uma palavra chique que quer dizer conjunto de regras eu brinco que foi a primeira palavra que a minha filha mais velha aprendeu a pronunciar da da frequência que ela ouvia em casa a gente achava que ia ser precatórias mas ela acabou indo ali pro arcabouo e o que diz o arcabouo ele tem basicamente duas regras principais uma que o gasto do governo não pode crescer mais de 2,5% ao ano em termos reais is é algo se parece muito com de gastos no teto Era Zero o limite de crescimento não acabou ser 2,5 e a outra que o governo vai entregar resultados primários que ao longo do tempo vão ficando positivos Ou seja a diferença entre o que ele arrecada e o que ele gasta vai ficar positiva e vai crescer ao longo do tempo só que essa as metas de resultado primário que foram prometidas no arc bolso já em abril desse ano de 2024 foram alteradas isso gerou alguma perda de credibilidade e a gente tem visto aqui né no fechamento de 2020 4 uma dúvida de se esse limite de crescimento de 2,5% do gasto vai ser respeitado is pressiona câmbio sup por tabela bate nas expectativas de inflação e Óbvio na dinâmica de inflação corrente isso acaba levando à necessidade de um banco central que vai ter uma postura mais assertiva nós estamos à véspera de um COPOM aqui onde o nosso grau de convicção é alto que o banco central vai subir juro em um ponto percentual o cupom começou a subir juro recente vindo de um nível já relativamente elevado 105% você poderia dizer que isso é um pé no freio pro Brasil mas ele teve que pisar mais no freio Entre outros motivos Porque o mercado de trabalho tá muito aquecido claramente o grau de frenagem aplicado na economia não está suficiente a gente pode discutir um pouco melhor do porquê disso E aí ele começou a subir ele subiu 0,25 pontos subiu meio ponto e agora deve vir com uma alta de um ponto inteiro que é algo que já nos anuncia que a Seli ela ainda tem uns passo amplo aqui para andar a gente vai est falando de taxas de juros que voltam a patamares na casa ali talvez dos 14 15% que a gente viu algum tempo atrás isso aqui coloca um desafio a economia ainda tá bastante aquecida o PIB deve ter tido crescimento na casa de 35% em 2024 é um número robusto mas a sinais Claros de que isso talvez não seja a coisa mais equilibrada de novo eu ten um mercado de trabalho sobreaquecida eu ten um nível de gasto público que talvez não seja sustentável E aí olhando para 2025 nós esperamos uma economia ainda relativamente Ok em termos de atividade com o PIB cresce mais na casa dos 2% um desemprego que vai se manter baixo mas desacelerando por causa do efeito de juros principalmente pelo Canal crédito porque o grau de estímulo público ele tende a diminuir mesmo que o governo não vai cortar tanto gasto assim o impulso tende a ficar menor e aí né Depois de de uma sequência de pibs de 3% ou mais nos últimos anos a gente entende que 2025 é um ano de expansão um pouco mais modesta com desafios ali de muita volatilidade Acho que mais até nos ativos financeiros do que nos números de Economia real no sentido de que esse PIB na casa de 2% ainda é Ok o desemprego ainda vai tá baixo isso sustenta consumo se eu for pensar em câmbio se eu for pensar em juros na capacidade de financiamento das empresas aqui a gente vai ter pontos bastante importantes de atenção acho que volatilidade é o nome do jogo entrando aqui em 2025 Eu tô na mesma sala que o Leo aqui enquanto a gente grava a a gente foi anotando até pelo volume de informações que a gente anotou aqui ao mesmo tempo eh mostra o quão complexo é o momento que a gente tá vivendo né então é um momento desafiador e aí para uma pessoa como você que tá há 12 anos no mercado deve ter passado por outros momentos desafiadores e aí eu queria emendar duas perguntas em uma só né e entender Qual foi o outro momento ou se é esse né Mas qual o momento mais desafiador que você passou e se se isso te dá algum Norte de como eh enxergar o Brasil ou aprender a lidar com com com a economia no Brasil de alguma forma eh mais leve digamos assim se a gente consegue tirar isso da dessa explanação boa obrigado merer pela pergunta eh essa profissão de economista ela é interessante né porque a gente acaba sendo especialista de assuntos aleatórios de vez em quando então você falou de momentos de crise eu Lembrei de algumas eh ocasiões onde eu tive que às vezes até aprender coisas meio fora do escopo pandemia foi um caso óbvio né virou todo mundo epidemiologista ali começando a fazer contem no início sem saber muito o que de fato defini os surtos então não sei se vocês vão lembrar mas bem lá no início da pandemia tinha uma teoria de que por exemplo país quente não vai ter problema porque quando a gente olhava começou lá na Ásia você via que os países ali né do Sudeste Asiático eles não estavam tendo grandes explosões e na Europa que é mais fria a coisa tava andando no fundo é porque esses países da Ásia Eles já estavam mais acostumados a lidar com surtos que vinham da China e aí eles tinham vamos dizer procedimentos já mais ajustados mas teve essa teoria houve né Eh Teve uma época que a gente Em algumas ocasiões aqui já virou especialista em reservatórios em dinâmica de chuvas no Brasil seja por causa da inflação de alimentos seja por causa do risco de falta água em São Paulo teve aquele Episódio da Cantareira lá atrás seja a questão de racionamento de energia você tem ainda falando aqui da minha profissão né esses momentos onde do nada eu tenho que me especializar em uma coisa diferente comum a esses ciclos acho que no fundo é assim uma pressão muito grande de mercado para saber para onde a coisa caminha uma ansiedade muito grande por tabela uma volatilidade como a que eu menciono acho que estará presente em 2025 e tirando acho que lições do que né a gente vê o Brasil ele Aos Trancos e Barrancos tende de certa forma a dar certo a gente tem uma economia que tem um baita potencial aqui um mercado muito grande acho que ainda vários né low hanging fruits aqui pontos que a gente pode endereçar para ter crescimento para ter dinamismo E aí nós temos ciclos temos uma tendência em torno dessa tendência você tem momentos mais negativos do ciclo e talvez a gente esteja entrando em um desses mais delicado novo a economia não está mal ela não deve colapsar em 2025 mas a tendência é uma desaceleração é uma desaceleração acompanhada de uma incerteza muito grande com relação a esse flanco fiscal aqui né onde né só dando um pouco mais de noção a dívida pública do Brasil ela é elevada ela não tem um patamar hoje que é necessariamente algo sustentável mas o ritmo de crescimento É sim ele indica uma certa Bola de Neve com juro alto com gasto descontrolado se a gente não fizer algo a respeito então a gente tá num ponto meio delicado do ciclo agora existe até uma piada que eu acho que cabe muito bem aqui é uma comparação entre Brasil e Argentina eh se diz que Brasil e Argentina eles têm uma semelhança que de tempos em tempos eles andam até a beiradinha do Abismo eles têm uma diferença que a Argentina olha para baixo e pula e o o Brasil dá um passo atrás você tem um certo elemento preservador de status quo aqui no Brasil que é o quê no fundo Talvez uma mentalidade até política que ela não tende tanto aos extremos ela tá mais aqui até se a gente for pensar em termos de composição de Congresso ao centro E aí quando a gente vai rápido demais numa direção de deterioração no fundo a gente acaba dando Passos atrás bate um certo instin de sobrevivência tá você perguntou com que momento que eu já vi que esse atual mais se assemelha se a gente for olhar o que são as condições de contorno O que são os vetores por trás eu diria que é ali a o que antecedeu a crise de 2015 2016 onde a gente tinha descontrole das contas públicas foi naquela época que o Brasil perdeu o seu grau de investimento que está longe de recuperar tá porque a dívida teria que cair de forma expressiva e não é esse o caminho que a gente tá en chando É o que parece tá em termos do que são as condições de contorno principais onde eu diria o que tem ditado que acontece com câmbio juros E aí por tabela inflação por exemplo é a dinâmica de contas públicas ou no fundo a falta aqui de perspectiva sobre algum tipo de estabilização e tem um ponto que me desperta curiosidade aqui né a gente tá falando inclusive né voltando lá para 2015 eh ou os fundamentos eh certa plataformas similares né a gente olha pr pra economia e e a gente já tá num nível né onde o o banco central vem elevando a taxa básica de juros né a taxa SELIC eh continuamente a gente já tá num nível elevado né Se for parar para pensar e e ainda assim a a economia né o PIB eh provavelmente né quer dizer Acredito que tenha surpreendido a boa parte aí dos agentes econômicos eh quando perguntado no início do ano né o quanto que o PIB iria crescer como é que como é que a gente explica assim o esse até paradoxo né porque o o juro alto ele em tese ele pode dar né esse Break como você mesmo falou na na na economia eh e a gente já tá num nível eh elevado eh mas ao mesmo tempo o o índice o índice de desemprego ele é menor do que a gente já viveu né em outros tempos e a economia vai entregar um crescimento relativamente interessante né que que como explicar né esse esse esse crescimento esse desempenho do PIB entendo que pro ano que vem talvez não né Isso vai arrefecer ou pode arrefecer mas pro ano de 2024 o que que que que explicaria assim né tá pra gente tentar olhar sobre alguma Ótica otimista aí quem sabe sim eu acho que tem um um ponto otimista interessante obrigado pela pergunta tá Mário eh Vamos pensar o seguinte a economia é um motor né E aí a atividade econômica que é o quê é o PIB é a produção industrial é o grau de aquecimento do mercado de trabalho a taxa de desemprego ele vão ser eles vão ser indicadores ali do Giro desse motor né comão rápido a quantos RPM a gente tá rodando E aí eu vou ter a temperatura do motor que vai ser a inflação né e tudo isso com rápido motor tá indo vai ser uma função de Quanto combustível eu tô colocando ali e eu vou chamar esse injeção ou não de combustível de nível de juro quando o juro tá baixo eu tô injetando combustível na economia porque canais juro baixo vai estimular consumo tanto porque eu tenho menos estímulo para poupar dinheiro quanto porque eu vou ter crédito mais barato juro baixo vai estimular investimento no sentido de que mais empresas vão tirar projetos do Papel vão querer Abrir novas fábricas por aí vai se consumo investimento vão fazer o motor girar e aí toda a economia ela vai ter ali o que seria a sua velocidade natural de crescimento a gente chama isso de pibe potencial é a velocidade de cruzeiro que eu mantenho de forma sustentável então o motorzinho ali ele tem seu né ponto ótimo de Quanto combustível eu tô colocando de que velocidade eu tô rodando Isso é um pouco de função de quantas cilindradas esse meu motor tem se eu tenho um motor 1.0 eu não vou conseguir sustentavelmente muuito acima de 100 porh eu tenho um motor 2.0 eu consigo rodar de forma bem mais acelerada ali sem que isso cause um sobreaquecimento você falou tentando tirar um otimismo aqui dessa história acho que a parte otimista é o seguinte o motor do Brasil pode ter tido acréscimo de cilindradas aqui ao longo dos últimos anos tá voltando aqui no tempo reforma trabalhista e coisas que sucederam destar com os Marcos regulatórios de gás cabotagem saneamento setor elétrico com agendas de eficiência no meio do caminho que incluem pics inclusive essas coisas elas podem ter aumentado a eficiência do nosso motor eh no sentido de que hoje em dia né a gente tem um poder um pouco maior de crescer em que magnitude que é a parte ruim da história a gente suspeita que o potencial de crescimento do Brasil pré essa agenda de reformas era algo abaixo de 2% com essas reformas esse número ele pode ter ido para um pouco além de dois com a reforma tributária lá em 2033 quando ela tiver feito o seu efeito de realmente simplificar a gente poderia ter até um ganho adicional mas certamente o ritmo que a gente viu em 2023 em 2024 de 3% ou mais de crescimento ele não é condizente ainda com a capacidade do nosso motor tá a gente tem sinais realmente de sobreaquecimento E aí indo um pouco no ponto inicial da sua pergunta Poxa mas como eu consigo est sobreaquecida né se o juro ele tá tão alto se já não tá entrando tanto combustível assim nesse meu motor primeiro as coisas operam com uma certa defasagem então entre o banco central subir o juros e a economia de fato sentir passa meses segunda coisa aqui eu fiz uma metáfora bem simplificada Mas você pode ter outras fontes de impulso para esse motor uma delas gasto público que está elevado nesse momento não é a fonte de impulso mais sustentável às vezes ISO acaba gerando um crescimento meio anabolizado anabolizante a gente sabe te deixa maior no curto prazo mas gera problema no fígado nos rins né ele cobra o seu preço depois mas de qualquer forma é algo que gera PIB gera aquele número ali de crescimento gera aquecimento da economia que se reflete no mercado de trabalho aquecido então no fundo primeiro defasagem é um ponto né o juro está subindo mas a gente ainda não tá sentindo de forma tão concreta esses efeitos em 2025 isso tende a ficar mais claro por exemplo via desaceleração da concessão de crédito um investimento que fica desestimulado segunda coisa eu tenho né ao mesmo tempo que o banco central tenta frear a economia alguém com um pé diferente ali no acelerador que seria essa parte do orçamento público crescente que pressiona o crescimento do gasto público deve ser menor em 2025 também porque pelo simples fato que ele foi grande demais em 2023 em 2024 não é que ele vai ser super contido em 2025 ele deve respeitar aquele limite de 2,5% do arcabouo que significa algum aumento de gasto em termos reais mas PIB é a variação né a gente não tá falando do quanto a economia produz a gente tá falando se o PIB vai crescer 3% é variação do que a economia produziu E aí para essa dinâmica o que importa é a variação do gasto também essa variação tende a ser menor então o impulso ele diminui tá mas aqui gente dando uma resposta longa acho que temos alguns dos principais fatores primeiro suspeitamos que o potencial de crescimento do Brasil pode ter aumentado mas certamente não foi para 3% tá estamos com uma economia que hoje em dia tem sinais Claros de sobreaquecimento se a gente tenta entender o que aconteceu em 2023 A gente teve um impulso muito forte de Agro 2023 o Brasil cresceu 3,2 tá um impulso muito forte de Agro que é um pouco exógeno tivemos um mercado de trabalho muito aquecido que contribui do ponto de vista da renda o gasto público impulsionou e aí a gente chegou nesse número mais robusto que se esperava inicialmente em 2024 renda seguiu forte mercado de trabalho aquecido e aqui é tanto o número de pessoas trabalhando vezes o quanto elas ganham que importa Mas na margem é mais o salário subindo do que mais gente sendo contratada porque o desemprego já tá baixo tivemos ainda o impulso da política fiscal ali do gasto público não tivemos o impulso de Agro mas tivemos o impulso de crédito em 2024 não é que o juro despencou mas ele caiu né Pensa no no ciclo recente ali não agora que o juro tá subindo mas até 10:5 na hora que o juro cai o serviço de dívida do brasileiro ele fica mais barato serviço de dívida é o qua eu devo vezes o juro que eu pago e aí se esse serviço de dívida dá uma aliviada aí na adimplência recua E aí a concessão de crédito a torneirinha ali praa pessoa física abriu aí se eu penso em consumo isso vai puxar aqui venda de veículo bens duráveis as coisas que o brasileiro tipicamente financia Elas tiveram um impulso em 24 a lógica para 25 é o quê o impulso de gasto público é menor Agro tá com a cara de que vai ser Ok até Talvez um pouco melhor que o esperado mercado de trabalho deve seguir aquecido porque o PIB não desacelera tanto assim agora o impul de crédito ele se dissipa E aí a gente né acaba chegando num número ali um pouco menor de crescimento na casa dos dois a propósito a gente vem surpreendendo para cima em termos de PIB Desde o ano da pandemia aquele ano Óbvio houve uma queda muito grande mas ela foi menor do que inicialmente esperado E aí a gente já acumula 5 anos de surpresa o que reforça talvez essa suspeita de que a gente pode ter um potencial de crescimento maior ao mesmo tempo quando a gente olha por exemplo pro nível de investimento da economia brasileira ele é muito baixo e aí gera um ceticismo de que iso é algo tão sustentável Pedro você trouxe alguns Alguns Ganchos bem interessantes a gente falou um pouco das das semelhanças com o movimento atual lá com 14 15 15 16 a importância das reformas você passou um pouquinho pela reforma tributária E aí eu queria pegar pegar esse ponto para para te trazer uma pergunta que acho que depois se desdobra para você Mário e para você Miller que é em relação ao planejamento corporativo das empresas Então a gente tem uma visão um pouco mais clara do cenário eh a gente vê as opiniões indo para para esse caminho de um de um cenário com com algumas variáveis em 2025 eh Quais são as oportunidades que você enxerga porque falamos aqui 23 no Agro 24 consumo questão do crédito e de governo considerando esse cenário que a gente tá conversando hoje onde que você enxerga as oportunidades do ponto de vista de setor de mercado o que que pode surpreender vamos falar assim quem que pode despontar aí do meio da tabela pro topo eh e o que que as empresas precisam levar em consideração nessa análise de cenários aí já desdobrando para con para para contratações e aí já deixa o gancho depois pro pro Miller falar um pouquinho de projetos eh porque a gente tá falando de de previsibilidade de alguma maneira né então e a gente vê muito esse cenário como um cenário onde a gente pode aplicar contratações por tempo determinado quando você não quer colocar esse investimento de longo prazo vamos chamar dessa maneira fora os desafios de atração por uma taxa de desemprego já mais baixa que que você enxerga Quais são as grandes oportunidades do mercado brasileiro de 2025 boa acho que você colocou bem né em 2023 você teve o impulso muito forte do Agro 2024 foi um ano do consumo eu te diria 2023 já teve um consumo forte eh e 2025 também terá 2024 você teve esse consumo que foi renda mais crédito em 25 deve ser o consumo mais renda e aí o que que isso significa eu tenho certas linhas por exemplo se eu for pensar no varejo que são muito sensíveis a quanto o brasileiro tem de dinheiro no bolso isso é por exemplo venda de supermercado eh Poços de gasolina são coisas aqui que tão mais ligadas de fato a renda se eu for pensar eu até citei anteriormente coisas sensíveis a crédito veículos material de construção ali o valor da prestação o quanto eu tô pagando de taxa ele acaba afetando muito rapidamente a propensão a consumir nesse ano de 2024 nós tivemos os dois vetores apontando na mesma direção em 2025 at tendência que eles vão ficando em direções mais Opostas Então o que tá ligado a crédito Tem Um fundamento aqui mais delicado do que o que tá ligado à renda tá eh pensando em setores que estejam vamos dizer um pouco mais fora dessa dinâmica de quem tá olhando pra Ponta do Consumidor tem uma coisa estruturalmente muito positiva no Brasil que é a parte de infraestrutura tá são setores que a gente tem visto com investimento bastante robusto mesmo com juro elevado eh até porque crédito privado é um negócio que tá bastante aquecido eu posso comentar um pouco melhor sobre isso então é uma fonte de financiamento aqui importante são setores se eu for falar daqui de rodovia saneamento com os Marcos regulatórios que receberam o impulso e que tem horizontes muito longos né Muito da incerteza que a gente tem aqui no Brasil tem a ver com uma incerteza de tomada de decisão de política de se o governo x ou Y vai fazer tal pacote eo eu tô falando de um projeto por exemplo de rodovia normalmente até a maturação desse projeto eu vou ter mandatos presidenciais então a sensibilidade a esse ciclo e essa volatilidade ela fica um pouco menor tá eu destacaria eu falei de né rodovi saneamento mas eu destacaria setor de energia que às vezes tem até certos desestímulos de curto prazo Porque como no Brasil a gente usa muita energia hidroelétrica o preço da energia ele fica muito ligado à questão de chuvas chove bem o preço né no Mercado Livre cai e eu vou fazer a conta Talvez o meu Parque de eólicas não se pague muito a valores de hoje mas o Brasil tem um potencial gigantesco de energia verde que tem sido olhado com muito carinho aqui e acho que essa é uma das partes aqui de dinamismo ainda no verde Agro apesar de ter seus ciclos né Muito em função de clima safra boa safra ruim ele é o setor da economia brasileira que nos últimos anos décadas ganhou produtividade de maneira consistente e acho que ele é algo que a gente pode Sempre Esperar como uma fonte de dinamismo tem contas distintas que rodam por aí De quanto que o Agro representa da economia brasileira Então se a gente for olhar pro Agro no conceito que a gente chama de porteira para dentro que é o que é produzido ali diretamente na fazenda o produto direto da terra e são 6% do PIB Mas se a gente fizer uma conta mais Ampla que vai incluir o fertilizante que é utilizado o serviço que se presta o transporte isso aqui pode chegar a um quarto da nossa economia e ele consistentemente tem ligado mais crescimento né pensando naquela lógica de crescimento potencial se o potencial do Brasil é algo na casa de dois o do Agro olhando pro passado a gente vê uns 3,5 por ao ano então isso gera certas oportunidades certas disparidades ali até regionais né porque eu vou pensar num centro-oeste por exemplo ele tem Talvez um vetor de crescimento mais claro mais explícito que outras partes do Brasil desafios aqui né você mencionou modalidade diferente de contratação quando a gente entra em ciclo de maior incerteza obviamente eu vou ter uma tomada de decisão mais cautelosa até voltando na pergunta do Miller comparando ciclos eu citei né o pré 2015 2016 ali a gente estava num certo ciclo vicioso que era o quê eu tinha uma incerteza muito elevada num contexto de incerteza acaba que ninguém investe ninguém contrata aí acaba que ninguém consome se ninguém consome ninguém investe a economia não gira aí o governo que tinha um problema fiscal não arrecadava óo ele gastava muito gasto grande de um lado pouca arrecadação do outro ele continuava rodando em déficits e a gente estava numa espiral a gente tem condições de contorno Talvez um pouco diferentes hoje não necessariamente a gente entra em outra espiral dessas mas pensando em dinâmica de mercado de trabalho a lógica é de uma sobriedade maior aqui na tomada de decisões o desemprego ele segue o que acontece com o PIB com um certo atraso tá na verdade assim se você for olhar pra variação do desemprego no ano variação do PIB você não vai achar uma relação muito boa agora se você for olhar paraa variação do PIB num ano e a variação do desemprego no ano seguinte tá aí você começa a ver um desenho um pouco melhor então 2024 foi um ano forte de PIB 2025 ainda deve ser um ano de mercado de trabalho aquecido desemprego baixo ele deve até subir um pouquinho ele tá na casa de 6,5 por hoje a gente enxerga uma alta para perto de sete um pouco abaixo disso em 25 mas a desaceleração de 25 elaa tende a bater talvez até um pouco mais na dinâmica de contratações ali de disponibilidade de mão de obra em 2026 E aí tem um outro ponto importante aqui o desemprego ele só sobe com força quando o PIB ele cresce abaixo daquilo que a gente chama de potencial então falei para vocês o potencial é perto de dois e a gente espera um crescimento na casa de 2% em 2025 isso não vai acarretar uma alta forte do desemprego isso vai significar talvez de certa forma eu posso ter o consumo Uma demanda do Consumidor ficando mais fraca por exemplo por causa de um crédito menor mas eu ainda vou ter um custo importante aqui de contratação a dinâmica de Salários ela tende a seguir pressionado E aí aqui acho que é um ponto de atenção bastante relevante né de no fundo pensar que com juro alto que é um custo do dinheiro um custo de oportunidade elevado eh em diferentes setores onde às vezes eu vou ter margem comprimida isso vai competir colocar mais gente para dentro de casa Talvez seja um momento de pensar muito na eficiência em exatamente em quais níveis eu tô fazendo essas contratações para depois não entrar num ponto talvez mais negativo ali do ciclo com né vamos dizer os parâmetros desajustados isso que você falou agora é é um gancho é um gancho bem legal porque quando a gente olha pra curva do emprego ela não é ela não acompanha de forma eh igual Idêntica a curva do PIB né o comportamento na geração de emprego ou na redução dos postos de trabalho ela não é diretamente proporcional né o ciclo econômico ele vai est muito relacionado ao ao que tá fazendo com que essa roda gire né O que você falou do Agro eh do crédito a gente via viu muito isso durante o o período da pandemia n setores mais resilientes eles tendem a ter um planejamento um pouco mais conservador eu não contrato da noite pro dia eu não não vou dobrar o quadro de uma mineradora da noite pro dia mas eu também não reduzo da noite pro dia em função de movimento econômico diferente um pouco do que a gente vê no setor de serviços que vocês eh que a gente consegue ver um movimento eh um pouco mais ágil né então o exemplo bares e restaurantes aumenta a demanda uma duas semanas Você às vezes nem isso você você já precisa ter mais pessoas no atendimento você contrata garçom contrata a mão de obra ali né Então queria pegar esse esse comentário esse gancho passar a bola para você Mário ainda nessa linha do do do do planejamento corporativo porque a gente tá falando e vai entrar no tema do recrutamento por por tempo determinado um pouco nessa situação da imprevisibilidade né Mas como que fica a questão do do recrutamento executivo da Líder herança Senior do do do do conselho consultivo conselho de administração como é que você planeja essas movimentações O que que tá na cabeça do empresário na hora de tomar uma decisão nesse sentido eu acho que é o seguinte do dentro daquilo que a gente tá falando que o Pedro comentou eh e aí Especialmente quando você vai pro pro nível executivo né um um dos pontos que norteia eh a contratação pro profissional a b ou mudança na estrutura organizacional tem a ver também com o apetite da empresa eh por investir né então é claro que você tem vários cenários no momento que você vai contratar um executivo ou no momento que você vai reorganizar sua estrutura mas no lado de um cenário mais expansionista onde a empresa quer investir em crescimento por exemplo isso tá atrelado a investimento E a expectativa realmente de você eh originar mais eh receita ou eh crescer mesmo negócio por outro lado eventualmente pode ter demandas por contratação no aspecto de mudança na estrutura organizacional a gente tem visto eh muito essa busca por eficiência que em alguns aspectos acaba culminando eh em mudança de peça tão tão simples quanto né você não necessariamente o delta emprego não não estaria tendo variação nenhuma mas eventualmente você tem mudança no perfil do profissional da profissional que você vai contratar e isso vai carretar numa demanda por contratação mas não necessariamente é um incremento de postos né do no mercado de trabalho eh Então eu acho que tenho eh eh de de certa forma pro nível executivo eh eu entendo que tem uma ligação muito próxima aí do quanto que a empresa né o setor eh e aí e aí a discussão ela tem vários desdobramentos né se a empresa é nacional multinacional quando é multinacional tem um tema também que tá ligado a questões externas né Pedro e aí acho que é legal depois a gente até falar um pouco né em em que medida né o cenário econômico Global né tá tem um impacto direto aqui a gente percebe que que às vezes multinacional pode eh eh a depender né do que tá acontecendo lá fora eh restringir investimento por por não achar que é um momento mais adequado eh empresas nacionais não necessariamente né então tem uma série de fatores aí que eh que contribuem numa maior ou menor demanda eh por profissionais a gente tem visto né no ano de 2024 a gente viu muitas empresas aí quando a gente vai paraa empresa Nacional especificamente eh buscando né A maior governança maior profissionalização eh isso Acabou refletindo em mudanças no quadro em contratação de novos executivos e até a reorganização do ponto de vista eh societário ou formação de conselho então temas que aí tão ligados que a gente viu Eh acontecer com maior incidência empresas até nacionais de multinacionais eu acho que eh tem esse esses aspectos né Essas variáveis aí são várias né que que acabam influindo no no no volume de contratação eh principalmente pro nível executivo né boa Legal aqui acho que um negócio interessante né Mário é que quando a gente tá falando de uma contratação de um executivo eh volta e meia isso pode ser contracíclico né Acho que no fundo você falou um pouco disso né no tempo de vacas gordas eu não preciso talvez de alguém tão brilhante ali tocando um negócio para ele dar certo né Na hora que entra no momento de maior volatilidade de maiores incertezas esse profissional que vai est à frente ali do negócio ele se torna Talvez um diferenciador maior E aí obviamente isso vai cinar combinar com a empresa apertando orçamento às vezes tendo verbas mais restritas Mas a demanda pelo bom profissional ela acaba sendo muito mais perene talvez de novo até um pouco contracíclica né é Pedro e quando a gente fala de eh contratação mercado o Léo trouxe bastante no no plano de fundo de quando a empresa tem essa incerteza contrata por projetos né então eu não não vou enchar o meu quadro de funcionários eh sendo que eu não sei o que vai acontecer com a economia ali na frente e e até uma pergunta que eu queria te fazer né PED porque com com o desemprego em mínimas históricas né Eh e as as pessoas querendo um um salo maior para movimentar e as empresas com uma pressão por reduzir custos porque as margens estão cada vez menores a economia tá esse cenário que a gente explanou aqui como é que a gente equaliza essa equação né como é que a gente coloca tudo isso dentro de de um plano factível pro merado atual boa você falou né das pessoas querendo um trabalho um salário maior desemprego nas mínimas históricas tem um indicador que a gente gosta de olhar é exatamente o percentual de pessoas saindo do emprego que pediu demissão e não que foi demitida isso está nas máximas históricas é exatamente as pessoas trocando por algo melhor né Como que você equaliza essa história no fundo isso é inflação quando o mercado tá aquecido é mais fácil fazer esse se ajuste você passar pro consumidor se o mercado desaquecer de margem de um jeito ou de outro né tendo os reajustes mais claros pro consumidor eu tenho uma inflação que vem mais rápido E aí isso demanda mais juro se eu tenho a compressão de margens o que eu vou acabar tendo é menos investimento menos contratação E aí nos dois casos esse aquecimento da economia do mercado de trabalho ele vai gerar o próximo passo ali que é o que um desaquecimento por um canal ou outro mas a gente tá desenhando Exatamente esse ciclo econômico que tem um pouco dos seus altos e baixos tá nesse meio do caminho Obviamente as coisas não acontecem sem dor então vou ter gente que vai ter resultado negativo tem empresa que né vai parar de fazer sentido vai ter que abortar algum projeto ali de investimento mas é essa dinâmica que a gente tipicamente observa com essa fricção ali do ciclo que né vai demandando muita capacidade de se ajustando e essa questão que você trouxe do do complementando comentário do Mário Pedro do da visão anticíclica ela ela é muito interessante acho que cabe a gente explorar né porque você Você tem sempre o a cadeia de serviços como um todo e quando quando o PIB tá crescendo 4 5% você tem oportunidades em diversos segmentos a agenda corporativa é da locação do recurso né ou da locação do investimento você vai prioriza aquele executivo Ou aquelas áreas que vão fazer o direcionamento estratégico para onde vai o dinheiro para onde vão os meus esforços eh enquanto que em cenários p mais desafiadores eh PIB baixo recessão redução do mercado as empresas vão pro movimento contrário de contenção de custos e gastos né Mas ouvindo um pouco do que a gente tá falando eu fico a impressão que a gente tem o pegando o gancho do Mário de novo né o cenário ele não é um cenário pessimista ele é um cenário que a gente não tá conseguindo fazer uma leitura Clara né você tem ainda todas as questões internacionais o o desenrolar de de eleições lá nos Estados Unidos como é que vai ser essa transição eh cenário de Oriente Médio será cenário de Rússia e Ucrânia eh mas a gente não pode esquecer que apesar dessas dessas complexidades aí no horizonte Você sempre tem o market share Você sempre tem o ganho de eficiência operacional vantagem competitiva de novo a gente tem grandes oportunidades aí de de reforma tributária no sentido de quem sai na frente quem vai fazer isso em entender essa dinâmica mais rápido melhor se adaptar mais rápido melhor eh acho que oportunidades el existem elas existem e cabe eh a gente se organizar para olhar isso de um de um ponto de vista mais estratégico de como é que eu vou fazer para para performar em 2025 e não se preocupar tanto com com o longo prazo né Eh que que Como que você como que você enxerga essa essa questão a gente falou um pouco já da da questão do do do segmento ainda vai ser um mercado de consumo etc mas como como que você enxerga o planejamento das organizações nesse aspecto de de direcionamento do dos esforços de investimento você iria nesse caminho também de de ganho de eficiência de market share você enxerga algum alguma outra rota mágica aí para quem tá acompanhando a gente uhum boa não eu acho que de fato e aqui talvez eu não seja nem vamos dizer o maior especialista eh mas acho que é um caminho aqui de sim ganho de eficiência até porque a gente tem oportunidades grandes para fazer isso né Por exemplo Inteligência Artificial tá aí pra gente conseguir streamline vários processos aqui reduzir custos até Dando um exemplo em Pesquisa Econômica a gente publica vários relatórios hoje em dia saiu o IPCA às 9 da manhã às 91 Eu tenho um relatório pronto que obviamente eu vou reler eu vou colocar uma interpretação ali do analista mas é algo que às 9:20 está sendo publicado quando no passado é uma coisa que sair talvez lá para meio-dia com risco maior de erros então usar dessas ferramentas né E a gente tem uma primavera do eii aqui um florescimento muito grande dessas possibilidades acho que é um negócio realmente muito importante você até falou né de reforma tributária quem vai sair na frente entender melhor eu acho que e se encaixa perfeitamente nisso Talvez até melhor porque reforma tributária no curto prazo ela é mais incerteza do que algum tipo de alívio né a gente tá tangenciando esse ponto algumas vezes aqui acho que já já a gente pode comentar sobre mas e eu diria de novo você colocou bem Léo Não É um cenário aqui onde nós estamos falando de uma desaceleração abrupta da economia não é um cenário onde eu tenho uma catástrofe anunciada mas é um onde a gente tá flertando com a beiradinha daquele precipício com a tendência do Brasil de dar passinhos atrás mas com um câmbio que vai seguir super volátil um juro que vai seguir bastante punitivo então acho que é hora de fazer lição de casa e tomar decisões aqui Talvez um pouco mais na direção conservadora até porque né no fundo as coisas reagem com uma certa defasagem o PIB de 2025 que ainda tende a ser Ok Talvez seja prenúncio de J uma desaceleração maior a depender do que vai acontecer com juros mercado de trabalho pode deteriorar mais já já a gente vai ter ciclo de eleição com mais eh incertezas mais volatilidade então acho que um pezinho aqui na no campo conservador ele é saudável tá ô Pedro você você comentou um ponto e aí acho que essa é uma pergunta que e a gente percebe Aí talvez com as pessoas ainda meio que sem saber onde estão né Eh quanto ao tema da reforma tributária né então então a gente percebe que algumas empresas já tão criando iniciativas para poder se preparar ou poder trabalhar ou estudar né em cima do que vai acontecer e outras que ainda não necessariamente né tão mais eh estáticas e e aí fica sempre Aquela aquele ponto de interrogação do que é discutido e do que você conhece né os profis analistas de mercado como que no final do dia como que tem sido vista assim a a reforma tributária eh pensando no estímulo né que ela pode dar pra Economia em termos de produtividade competitividade eh como é que isso nos Bastidores né O que que que é conversado né o que que se espera né a gente não tem bola de cristal mas pelo menos qual que é a expectativa de um modo geral aí do mercado eh quando tiver eh em prática lá na frente né boa pergunta eh a reforma ela vem em um país que tem uma das maiores complexidades tributárias do mundo tem uma estatística que o Banco Mundial Calculava e eles descontinuaram Mas na última versão que é de 2 anos atrás algo assim ela mostrava que o Brasil era o pior país do mundo para se pagar impostos sobre a seguinte Ótica quantas horas por ano uma empresa média vai gastar para fazer todas suas declarações para est dentro dos conformes o número pro Brasil era 2.000 horas por ano o segundo pior país do mundo senão me engano era Bolívia com 1000 horas então é uma coisa gritante a nossa complexidade tributária e voltando naquela minha metáfora do Motorzinho é como se essa complexidade tributária enchesse o nosso motor de grãozinhos de areia Ele tem muita fricção ele não tá bem azeitado na hora que a gente faz uma reforma tributária no fundo a gente permite que essa máquina ela flua melhor a reforma ela não saiu no melhor formato possível no sentido de que houve mais exceções do que né seria vamos dizer realmente necessário mas ela ainda traz uma convergência para algo muito mais eficiente do que temos hoje aí nesse sentido uma vez feita a transição nós teríamos capacidade de ter mais crescimento de PIB né adicionar cilindradas levar o potencial para além daqueles 2% a vizinhança que Eu mencionei para vocês agora a curto prazo essa reforma ela é mais dúvida do que qualquer coisa porque né você tem diferentes teses tributárias eu não sei como é que vai ficar o meu crédito de cms quando do ICMS deixar de desistir e até brinco eh Se eu perguntasse anos atrás paraas principais empresas aqui qual é a coisa que você precisa que mude no Brasil para sua vida ser melhor resposta número um de todo mundo seria simplificação tributária chegou a simplificação tributária tá todo mundo em pânico com a reforma porque no fundo a gente né Precisa passar a marcha você tem esse sistema de transição que na verdade vai tornar a coisa mais complexa num primeiro momento porque o Brasil tem hoje cinco impostos sobre consumo né os três federais um Estadual um Municipal em 2026 entra um imposto a mais a gente vai ficar com seis aí em 2027 vão morrendo alguns dos impostos mas a gente vai rodando com sistemas em paralelo até 2033 então o custo dessa transição o grau de incerteza ele tende a ser elevado agora se você me perguntar é um sacrifício super que se paga pensando a longo prazo num negócio que primeira a gente discute a década finalmente teremos de fato segundo tira em traves muito grandes os tais grãozinhos de areia ali e aí permite que a gente em vez de gastar hora pagando imposto a gente gaste horas gerando PIB de certa forma e essa reforma do ponto de vista de emprego e formalização ela é bastante interessante a gente consegue puxar o paralelo da Índia a Índia fez uma reforma mais ou menos nos moldes do Brasil e o que aconteceu no fundo foi que se aumentou o investimento aumentou o nível de atividade econômica e nos setores onde você tinha informalidade maior a tendência foi um aumento da formalização porque por exemplo nesse sistema do Iva onde eu vou ter os créditos que eu abato na próxima fase ali eu só consigo fazer abatimento usar meus créditos se eu tiver nota se eu tiver tudo certinho então eu forço a pessoa no ponto anterior da cadeia a formalizar E aí isso como um todo resulta em um mercado aqui que ele vai ficando vamos dizer melhor estruturado Pedro esse comentário especialmente esse essa tratativa da reforma tributária ela ela tem muito a ver com com o nosso Público aqui do do canal né a gente tá falando de profissionais qualificados a gente tem em sua grande maioria profissionais especializados a gente tem muita gente no nível de liderança eh Sênior executiva e o o gancho que você deixou aqui para pra gente poder trazer como uma pergunta de encerramento Eu acho que o o Miller tem um ponto que a gente tava conversando hoje de manhã que eu acho que se encaixa nessa última fala M vou vou passar a primeira a primeira consideração final vai com você boa lé Obrigado eh Pedro na verdade é uma consideração final mas tem uma pergunta né Eh embutida aqui considerando todo esse cenário que você acabou de falar né de eh de mercado com base no teu conhe de mercado de reforma tributária eh pensando num conselho para esses nossos ouvintes são pessoas qualificadas né que olham pra carreira seja para movimentações onde eles estão ou onde eles querem chegar e aí considerando reforma tributária momento da economia qual conselho você daria para esse profissional em 2025 olhando pra sua carreira aqui eu vou dar esse conselho com toda humildade porque na verdade eu sei que vários desses profissionais TM trajetórias mais longas com bem mais bagagem do que a minha mas acho que do ponto de vista do economista que tem que trocar de jaleco pro especialista né em pandemias em setor elétrico vendo os ciclos de mercado aqui eu acho que adaptabilidade é o o nome do do jogo aqui né um contexto né o Léo colocou em alguma pergunta um pouco atrás a gente tem um mundo bastante estranho hoje Se a gente for pensar em números de conflitos espalhados provavelmente a gente não tem tantos desde antes da segunda guerra se chamar Segunda Guerra né Segunda Guerra também a gente só começou a chamar de segunda guerra mundial depois que o Japão atacou os Estados Unidos até lá era um tanto de conflitos por aí Eh estamos num mundo meio estranho com revoluções chamo de novo a atenção para ai e todo né Principalmente pensando em mercado de trabalho os deslocamentos que isso pode causar você ter a capacidade de se adaptar essas condições acho que é aqui talvez a a a principal lição eu como economista faço previsões essas previsões a única certeza que eu tenho é que elas vão frustrar no sentido de que quando eu faço uma projeção eu tô pensando no que é mais provável com o conjunto de informações presente a única certeza é que esse conjunto de informações vai mudar uma safa vai quebrar alguém vai invadir alguém eu vou ter um né um canal do suz que para de funcionar E aí no fundo é sempre um alvo móvel que a gente tá perseguindo né E aí ter a capacidade de incorporando saber das novidades O que é relevante o que não é e ir né calibrando o curso ali eu acho que é o essencial para um profissional nesse mundo atual Muito obrigado pela pela presença Pedro pela pela participação eh acho que você trouxe insights muito ricos comentários que acho que agregam a a a todo o nosso grupo Eu particularmente aprendi bastante e e e acho que esse é o ponto do da nossa conversa aqui né não é não é sobre o cenário ser positivo ou negativo mas é a gente minimamente saber onde a gente tá pisando é o que você falou uma dose de de conservadorismo nesse cenário eh é interessante e mesmo que o cenário ainda fosse com um prognóstico Mais Positivo aquela coisa hiper otimista a tua fala Acabou de trazer o exemplo a gente não controla quem vai invadir quem eh se se vai chover na na safra não vai então quanto mais a gente puder trocar esse tipo de informações observar as os diferentes pontos de vistas um pouco desse diálogo que a gente sente que tá faltando como um todo eu acho que a gente só tem a a ganhar muito obrigado pela pela tua presença Muito obrigado Léo Miller Mário prazer est aqui com vocês uma honra contem conosco este POD é produzido pela Robert he a consultoria global de soluções em talentos que mais cresce no Brasil venha fazer parte dessa história trabalhar com pessoas e ser o agente da evolução e transformação da vida de profissionais pode ser uma atividade muito gratificante além de uma excelente oportunidade de carreira acesse a sessão trabalhe conosco do nosso Website robert.com e veja as vagas disponíveis junte-se a nós o Robert he Talk é um conteúdo da Robert he que é a maior especialista de soluções e talentos hoje a gente conversou com o Pedro Renault superintendente de Pesquisa Econômica do Ita Unibanco sobre o impacto as incertezas do cenário econômico brasileiro e Internacional e sobre como as decisões estratégicas das empresas podem ou vão se comportar em 2025 eu sou Leonardo berto e espero vocês na próxima edição do Robert he talks oh [Música]

As incertezas do cenário internacional

Pedro destacou como eventos globais moldam o panorama doméstico. A eleição de Donald Trump nos Estados Unidos trouxe reflexos imediatos, como o fortalecimento do dólar. “Com uma política econômica que mistura protecionismo, cortes de impostos e aumento de gastos, temos um ambiente inflacionário que mantém juros altos nos Estados Unidos, atraindo investidores e pressionando moedas emergentes, como o real,” explicou. Essa pressão externa se soma às fragilidades internas do Brasil, que enfrenta desafios fiscais significativos. A desvalorização cambial, que superou os 30% em 2024, é um reflexo dessas tensões combinadas.

Reformas estruturais e crescimento potencial

Renault destacou que as reformas estruturais podem ser um divisor de águas para o Brasil, mas trazem complexidade no curto prazo. Ele utilizou uma metáfora para explicar o impacto da reforma tributária: “Nossa complexidade tributária enche o motor da economia de grãos de areia. A reforma não resolve tudo, mas ajuda a lubrificar a máquina e aumentar nossa eficiência.” Ele também ressaltou que o Brasil pode ter aumentado sua capacidade de crescimento nos últimos anos, graças a reformas como a trabalhista e marcos regulatórios. Contudo, o potencial ainda é limitado. “O Brasil talvez tenha adicionado algumas cilindradas ao seu motor, mas não sustenta o ritmo de crescimento de 3% ou mais de 2023 e 2024.”

Desafios fiscais e o papel das empresas

A questão fiscal continua sendo um ponto de preocupação. O chamado "arcabouço fiscal" trouxe regras para limitar o crescimento dos gastos públicos, mas a credibilidade dessas medidas ainda está em jogo. Isso reflete diretamente na dinâmica de juros, câmbio e crédito, afetando o planejamento estratégico das empresas. Renault chamou atenção para a volatilidade esperada em 2025 e para a importância de decisões conservadoras em momentos de incerteza. “Com juros altos e margens comprimidas, as empresas precisam focar em eficiência e inovação para se manterem competitivas.”

Oportunidades em setores-chave

Mesmo em um ambiente desafiador, existem setores promissores no Brasil. Infraestrutura e energia verde continuam atraindo investimentos robustos, enquanto o agronegócio permanece uma das âncoras do crescimento. Renault destacou o potencial desses segmentos: “Setores como saneamento e energia renovável têm características mais resilientes às incertezas econômicas, o que os torna atrativos mesmo em momentos de volatilidade.” No mercado de consumo, ele apontou uma mudança na dinâmica para 2025, com menor impulso do crédito e maior dependência da renda. Isso pode trazer desafios para setores sensíveis a crédito, como o automotivo e o de materiais de construção.

Adaptação e Planejamento: chaves para o sucesso

Renault enfatizou a adaptabilidade como uma habilidade crucial para líderes e empresas. “Vivemos em um mundo estranho, com muitas mudanças inesperadas. A capacidade de ajustar o rumo rapidamente é essencial para prosperar.” Ele também apontou a inteligência artificial como uma ferramenta estratégica para otimizar processos e reduzir custos. Por fim, o economista lembrou que, apesar das dificuldades, o Brasil tem uma resiliência inerente. “A história mostra que, nos momentos críticos, o Brasil tende a dar passos atrás antes de cair no abismo. Isso nos dá alguma esperança.” O cenário econômico de 2025 exige preparação e estratégia. Empresas que souberem alocar recursos, investir em eficiência e se adaptar às mudanças terão mais chances de prosperar. Com insights como os de Pedro Renault, é possível não apenas compreender os desafios à frente, mas também identificar as oportunidades para transformar incertezas em vantagens competitivas.

Sobre a Robert Half

Saiba como os recrutadores da Robert Half podem ajudar você a construir uma equipe talentosa de colaboradores ou avançar na sua carreira. Operando em mais de 300 locais no mundo inteiro incluindo nossas agências de empregos de São Paulo. A Robert Half pode te fornecer assistência onde e quando você precisar.

Ep #56 - Como funciona a atividade de CFO temporário? Ep #64 - Felicidade no trabalho: como alcançar Ep #45 - Comunicação Não-Violenta
Você está saindo do site da Robert Half Brasil e será redirecionado para o site da Robert Half EUA.

Continuar

Vagas Projetos Permanente Gestão interina Executive Search Consultoria Finanças e contabilidade Tecnologia da informação Vendas e marketing Jurídico Recursos humanos Engenharia Guia salarial Índice de confiança Robert Half Panorama Setorial Funções mais demandadas Central do Conhecimento Receba nossa newsletter Ajuda Sobre Robert Half Liderança Trabalhe conosco Escritórios Relação com investidores Imprensa Nossas marcas Aviso de Privacidade Termos de uso Alerta de fraude Robert Half Inc. Australia - English Belgium - English Belgium - Nederlands Belgium - Français Brazil - Português Canada - English Canada - Français Chile - Español China - English China - 中文 France - Français Germany - Deutsch Hong Kong, China - English Ireland - English Italy - Italian Japan - English Japan - 日本語 Luxembourg - English Luxembourg - Français Netherlands - English Netherlands - Nederlands New Zealand - English Singapore - English Switzerland - Deutsch Switzerland - English Switzerland - Français United Arab Emirates - English United Kingdom - English United States - English