Robert Half Talks (Ep #11) - Dia Internacional da Felicidade

Robert Half Talks: Podcast (Ep #11) - Ser feliz no trabalho passa longe de receber benefícios e brindes

O significado da felicidade no ambiente de trabalho
Estar feliz faz diferença nos resultados do seu trabalho
O papel das relações interpessoais na obtenção da felicidade
Melhores relações são mais importantes que só salário
As situações por quais passamos nos fazem reavaliar conceitos
A importância de manter a positividade

Tempo estimado de leitura: 4 minutos

O significado da felicidade no ambiente de trabalho

Você é feliz no seu trabalho? Isso é importante para você? Até que ponto o bem-estar emocional no ambiente corporativo pode realmente melhorar o desempenho profissional das pessoas? Para responder a essas questões, o podcast Robert Half Talks recebeu Renata Rivetti, diretora da consultoria Reconnect Happiness at Work, especializada em felicidade corporativa e liderança positiva no trabalho.

“Existe uma falta de consciência do que é felicidade. As pessoas pensam muito em felicidade na vida pessoal, em comprar coisas. Nas empresas, é a mesma coisa. Elas acreditam que é dar benefícios, fazer festa, dar canecas com a logo da empresa. Sem isso, as pessoas reclamam. Mas isso não traz a felicidade”, afirma Renata.

Estar feliz faz diferença nos resultados do seu trabalho

E motivos para promover pessoas felizes também no trabalho não faltam: um profissional feliz e realizado tem sucesso e entrega até 80% mais desempenho que outro triste e amargurado.

Segundo ela, uma pesquisa da Robert Half mostrou que a felicidade no trabalho tem a ver com dois grandes fatores. Primeiro, as relações estabelecidas no trabalho, que dão segurança psicológica e reconhecimento e valorização das pessoas e resultam em relações mais empáticas. Segundo, o gosto pelo que se faz, em ter um trabalho interessante e se sentir desafiado.

O papel das relações interpessoais na obtenção da felicidade

Erika Moraes, gerente de recrutamento da Robert Half, que também participou do episódio do podcast, concorda. Ela cita uma pesquisa de Harvard que acompanhou por 75 anos muitas pessoas ao longo da vida. “A pesquisa traz que o que torna a pessoa feliz são as relações que ela institui”, conta.

Relacionamento, portanto, é a chave de tudo. Com o gestor, com o time, os pares, liderados e clientes. “É importante que as empresas deem valor para essas relações dentro das instituições”, recomenda.

“Quantas vezes você vê alguém infeliz no trabalho que muda de setor e desabrocha, começa a entregar melhor, passa a fazer melhor e tem resultados que impactam na empresa?”, completa Erika.

Melhores relações são mais importantes que só salário

Em 2021, a Pesquisa Global Happiness 2020, do instituto de pesquisas Ipsos, revelou que 63% dos brasileiros se disseram felizes. Embora o percentual tivesse sido ligeiramente superior ao de 2020, ficou muito longe do ano mais alegre: em 2013, 81% do país se dizia contente.

De 27 países, somos apenas o 14º mais feliz. Ter saúde, significado na vida, um bom emprego, controle sobre a vida e segurança pessoal são os critérios mais importantes para o brasileiro.

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As situações por quais passamos nos fazem reavaliar conceitos

A pesquisa mostrou ainda que, durante a pandemia, o brasileiro passou a dar mais importância às relações interpessoais: mais pessoas citaram a relação com o cônjuge ou namorado (+5%) e com os amigos (+4%) como fator de felicidade. O dado contrasta com o menor volume de pessoas que mencionaram a situação da economia (-9%) e a própria situação financeira (-2%) como fontes de felicidade.

Renata gosta de colocar mais ciência na mesa. “Como afirma o economista comportamental Paul Dolan, ‘felicidade é experiência de prazer e propósito ao longo do tempo’. Na verdade, muitas pesquisas corroboram a importância desses dois pilares. É importante ter alegria, dar risada, ser positivo, mas se for só isso, talvez a gente se sinta vazio em algum momento. E aí é preciso vir o segundo pilar, que é uma vida com significado”.

A importância de manter a positividade

Um dos caminhos, aponta Renata, é ter uma visão positiva da vida, reconhecendo pequenos momentos prazerosos vividos ao longo do dia. O outro é fazer atividades que dê prazer e, assim, entrar em “estado de flow”.

Além disso, ter uma rede de apoio, um propósito e realizar também contribuem para alegrar a mente. “A gente pode mensurar a felicidade com base nesses pilares”, afirma.

Para Erika, uma forma de tangibilizar a felicidade em um time é aplicar uma pesquisa de clima. E isso, diz, passa pelo preparo da liderança para exercer uma gestão positiva.

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