Por Fernando Mantovani
Vejo que cada pessoa do meu convívio adotou técnicas particulares para tornar a rotina mais leve. Há quem esteja malhando, fazendo yoga, marcando bate-papos virtuais ou maratonando em séries, entre outras atividades. Afinal, como estamos saindo menos de casa, se não nos cuidarmos, o dia a dia pode prejudicar a nossa saúde emocional. Eu mantive o hábito de ler. Continuo com a minha rotina diária de me atualizar por meio de sites de notícias e sempre fico de olho em recomendações de livros, especialmente as biografias.
Concluí, recentemente, o livro Can't Hurt Me. Ele narra a história de David Goggins, um norte-americano que se tornou ultramaratonista, ciclista e triatleta. Ele também é um SEAL da Marinha dos Estados Unidos e ex-membro do Partido Tático do Controle Aéreo da Força Aérea dos Estados Unidos. Isso, para ser bastante sucinto com relação aos diversos e memoráveis feitos que ele coleciona.
O que chamou a minha atenção nessa história é que David tinha muitos e reais motivos para desanimar nesse caminho pela busca de uma posição de destaque. A vida dele não foi nada fácil. Teve uma infância bastante humilde, permeada por preconceitos e abusos. Ainda assim, por meio de autodisciplina, resistência mental e trabalho duro, ele teve força para superar as adversidades em vários momentos.
Quis compartilhar a indicação do livro Can't Hurt Me porque, querendo ou não, desde março temos passado por diversos momentos de superação. Como dizem por aí, estamos na mesma tempestade, com cada um em um barco diferente. Isso quer dizer que não sei quais têm sido as suas dificuldades,mas gostaria que você refletisse sobre a importância de se cercar de pessoas, hábitos e situações que te inspirem a manter a saúde emocional e ter boas ideias.
Essa iniciativa é importante tanto para a sua vida pessoal quanto profissional. Afinal, como mostra um recente estudo da Robert Half, a pandemia colocou em destaque profissionais adaptáveis, resilientes e flexíveis. Mas, sabemos que, quando transitamos no campo do negativismo ou do desânimo, dificilmente conseguimos colocar em praticar as habilidades citadas e tão importantes para atravessar momentos de crise.
Eu, particularmente, enquanto trabalho, dedico tempo à família e leio, sigo acreditando que o pior está ficando para trás e que cada dia é um a menos para recuperarmos a nossa liberdade.
*Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half para a América do Sul