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Por Fernando Mantovani

Em um mundo cada vez mais consciente sobre a urgência de resolver graves questões sociais e ambientais, as práticas ESG (Environmental, Social and Governance) se apresentam, felizmente, como um caminho sem volta. Elas servem de critério de avaliação das empresas nas bolsas de valores, estão no dia a dia de várias companhias e são um fator importante de atração e de retenção de talentos. Mesmo as organizações que ainda não adotaram o ESG (e são muitas), têm ele no radar ou vêm ouvindo falarem mais a respeito.

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​A importância que os temas do ESG têm no contexto atual 

A relevância do ESG vai além dos temas que ele compreende, como diversidade, inclusão, preservação do meio ambiente, ética, transparência, entre outros. Uma organização que segue essa cartilha demonstra ter uma cultura corporativa sólida, inspirando reconhecimento e admiração do público, de funcionários, de clientes, de fornecedores, entre outros stakeholders. É a famosa empresa onde todos querem trabalhar, pois ela agrega valor ao currículo, carreira e à vida.

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A cultura corporativa, de modo bem resumido, é o que aglutina e engaja os colaboradores em torno dos mesmos objetivos e esforços. Por isso ela faz tanta diferença. De acordo com o Guia Salarial 2023 da Robert Half, que reúne fontes de informação sobre remuneração e tendências de recrutamento, 78% das empresas notaram que os times se importaram mais com a cultura corporativa nos últimos 12 meses. E 90% delas, ou seja, quase todas, dizem ter ciência de que uma cultura corporativa forte é essencial para atrair e reter profissionais talentosos.

Praticamente metade dos candidatos atualmente consideram a Diversidade e Inclusão na hora de procurar emprego

Para os profissionais, por sua vez, o tema ESG vem ganhando destaque. Ele orienta tanto a busca por um emprego quanto a aceitação de uma oferta de trabalho. O Guia Salarial identificou que o assunto DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) é citado por 48% dos candidatos que passam por um processo de recrutamento. Ética e valores corporativos aparecem em 47% das entrevistas de emprego e as fontes de financiamento ou investimentos são objeto de interesse de 38% dos candidatos a uma vaga.

Apesar desse cenário, as organizações que traduzem a cultura corporativa e o ESG em iniciativas concretas, são minoria. Segundo o Guia, apenas 31% das empresas entrevistadas promovem seus valores e ética para atrair profissionais. E somente 34% buscam aprimorar a cultura corporativa como estratégia de retenção de funcionários.

Treinamentos de viés inconsciente são a ação de ESG mais comum, sendo feita por 41% das empresas. Já a contratação de profissionais com foco em ESG ou DEI é realidade entre 30% das companhias ouvidas pelo Guia.

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Desafios do ESG geram vagas e vantagem competitiva

Como se vê, há inúmeros desafios pela frente. Porém, esses mesmos desafios são uma oportunidade para profissionais e empresas. Por um lado, as empresas que dominarem as práticas ESG, irão contar com uma estratégia de atração e retenção de talentos diferenciada. O ESG representa uma vantagem competitiva, sendo capaz de desempatar a escolha de um candidato entre uma e outra opção de emprego. Além disso, ele traz credibilidade junto à sociedade como um todo, não apenas no mercado de trabalho.​

Guia Salarial da Robert Half​ ​

No Guia Salarial da Robert Half você encontra a mais completa pesquisa salarial e um estudo sobre tendências de contratação no mercado brasileiro.​ ​


Por outro lado, nota-se que há espaço para os profissionais atuarem nesse segmento novo, ainda carente de mão de obra especializada. Conforme o mapeamento realizado pelo Guia Salarial, a escassez de especialistas em ESG barra a implementação desse projeto em 55% das organizações. Há duas demandas especialmente aquecidas nesse sentido. Uma delas é no mercado financeiro, que utiliza os indicadores ESG para uma série de tomadas de decisão. Analistas, especialistas e gerentes de ESG, com bagagem em finanças, têm boas chances de contratação e evolução na carreira.

O panorama atual do ESG é favorável também aos formados em Engenharia, em qualquer área. A partir de uma especialização no assunto, eles podem contribuir com soluções para que as empresas, por exemplo, reduzam os impactos negativos de seu processo produtivo sobre o meio ambiente. As organizações estão de olho tanto em engenheiros com conhecimento de EHS (Environment, Health and Safety) quanto de ESG.

As empresas e profissionais que mergulharem no universo ESG têm tudo para colher os frutos dessa escolha em breve. Quanto antes e melhor se prepararem, lembrando que o aprendizado e o investimento devem ser contínuos, maiores serão as chances de sucesso.

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