São Paulo, março de 2023 — A Robert Half, consultoria global de soluções em talentos, acaba de lançar a 23ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), estudo trimestral que monitora o sentimento dos profissionais qualificados (a partir dos 25 anos e graduação completa) com relação ao mercado de trabalho e à economia. Na primeira edição de 2023, o indicador consolidado para a situação atual apontou pessimismo, regredindo de 41,7 pontos para 35,7 e registrando taxa similar ao primeiro trimestre de 2022. Já na avaliação do futuro próximo, a pesquisa revelou estabilidade na confiança, mas ainda do lado pessimista.

 

Confiança dos profissionais no mercado de trabalho – consolidado (em pontos)

 

Momento

Março

2022

Junho 2022

Setembro

2022

Dezembro

2022

Março 2023

Situação atual

35,5

36,8

38,6

41,7

35,7

Próximos seis meses

48,8

48,9

50,2

44,8

44,7

 

“As incertezas com relação às decisões políticas-econômicas do novo governo ainda têm deixado o mercado em compasso de espera. São pontos que influenciam diretamente a tomada de decisão das empresas e a segurança da população. Além disso, o panorama internacional também indefinido, com perspectivas de recessão em diversos países e inflação em níveis mais altos, colabora para o cenário mais pessimista”, explica Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.

 

O ICRH abrange três categorias: profissionais empregados, profissionais desempregados e recrutadores. A análise do contexto atual piorou na perspectiva de todas as categorias analisadas. No entanto, em uma projeção dos próximos seis meses, recrutadores e profissionais empregados apresentaram redução no pessimismo. Os desempregados, por sua vez, perderam confiança pelo 2º trimestre consecutivo.

 

Confiança dos recrutadores no mercado de trabalho

 

Momento

Março

2022

Junho 2022

Setembro

2022

Dezembro

2022

Março 2023

Situação atual

40,6

40,0

41,7

43,2

38,5

Próximos seis meses

52,0

51,4

52,6

45,5

47,1


Ao analisar a situação econômica hoje, 61% dos recrutadores consideram que ela é ruim e 38% não acreditam em alguma mudança de cenário no futuro próximo. Por outro lado, 25% esperam uma melhora nos próximos seis meses.    

 

De acordo com a pesquisa, os principais motivos para a insegurança dos recrutadores são:

 

  • Imprevisibilidade econômica
  • Projetos parados
  • Salários pouco competitivos
  • Baixa previsão de abertura de novas vagas
  • Receio de perder profissionais-chave para outras empresas

 

Para aqueles que olham a situação com mais otimismo, as razões são:

 

  • Expectativa de estabilidade econômica
  • Queda nas taxas de desemprego
  • Confiança no preenchimento das posições em aberto
  • Expectativa de abertura de novas vagas
  • Desengavetamento de alguns projetos

 

“Chama atenção que, na avaliação dos próximos seis meses, o pessimismo entre os recrutadores tenha diminuído do último trimestre para este. De modo geral, isso indica existir, por parte das empresas, a esperança e a expectativa de certa estabilidade econômica para a implementação de novos projetos, assim como mais confiança para o preenchimento de posições pendentes, já que por mais que o sentimento de incerteza possa brecar a abertura de novas vagas, ele não elimina a necessidade de preencher cadeiras estratégicas que sigam em aberto”, reforça Mantovani.

 

Taxas de desemprego em queda

 

De acordo com resultados da PNAD, a taxa de desemprego dos profissionais qualificados foi de 3,8% no 4º trimestre de 2022. O indicador de desemprego geral, que inclui essa categoria de profissional, foi no mesmo período de 7,9%. Ambas as taxas são as mais baixas desde 2015. Na prática, isso significa que a oferta de candidatos aderentes e disponíveis no mercado é escassa, pois grande parte dos bons talentos está empregada e são cada vez mais disputados.

 

“Nesse contexto, profissionais atentos às novas exigências das organizações tendem a conquistar mais oportunidades de emprego e melhores condições de trabalho”, comenta o diretor-geral da consultoria.

Desafios de atração e retenção

 

Segundo o estudo, 76% dos recrutadores estão com dificuldades para contratar profissionais qualificados. Entre os entrevistados, 69% sinalizam que o cenário não deve mudar nos próximos seis meses, enquanto 20% acreditam que ele será ainda mais desafiador.

 

Mesmo com postura mais cautelosa, 18% das empresas projetam que nos próximos meses a intenção de contratar será mais alta do que atualmente. Hoje, 16% manifestam que a intenção é alta.

 

“Deixo como alerta que, na ausência de planejamento estratégico na contratação, a escassez de profissionais tende a afetar negativamente o crescimento e o sucesso a longo prazo, uma vez que a falta de mão de obra qualificada limita a capacidade de inovação e expansão dos negócios. Para se manter atrativas e competitivas, as companhias devem investir no estabelecimento de políticas claras de trabalho, transparência das lideranças, oportunidades de carreira, além de pacotes de benefícios e remuneração condizentes com as médias praticadas no mercado”, completa o diretor-geral da Robert Half. 

Metodologia do ICRH – Lançado em agosto de 2017, o Índice de Confiança Robert Half (ICRH) é um indicador de difusão que varia de 0 a 100. Os indicadores de difusão são de base móvel (50 pontos), construídos de forma que os valores acima de 50 pontos indicam agentes do mercado de trabalho de profissionais qualificados confiantes.

 

A 23ª edição do ICRH é resultado de uma sondagem conduzida pela Robert Half ao longo do mês de fevereiro, com base na percepção de 1.161 profissionais, igualmente divididos em três categorias: recrutadores (profissionais responsáveis por recrutamento nas empresas, ou que têm participação no preenchimento das vagas); profissionais qualificados empregados; e profissionais qualificados desempregados (com 25 anos ou mais e formação superior).

Sobre a Robert Half

É a primeira e maior empresa de soluções em talentos no mundo. Fundada em 1948, a empresa opera no Brasil selecionando profissionais permanentes e para projetos especializados nas áreas de finanças, contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia, tecnologia, jurídico, recursos humanos, marketing e vendas e cargos de alta gestão. Com presença global e atuação na América do Norte, Europa, Ásia, América do Sul e Oceania, a Robert Half aparece em listas das empresas mais admiradas do mundo. A Robert Half é reconhecida, também, por seu compromisso de promover a igualdade e proporcionar uma cultura que apoia a diversidade.

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