Felicidade no trabalho: pesquisa da The School of Life, em parceria com a Robert Half, revela um cenário de contrastes 
  
  
  
  
  
  
  
    
   
      
         
         
            
               
                  
    
    
    
    
  
    
  
    
  
    
  
     
São Paulo, março de 2025 - Uma pesquisa da The School of Life, em parceria com a Robert Half, revelou que 28,12% dos 387 líderes e 26,72% dos 387 liderados ouvidos assumem não estarem felizes em seus trabalhos. Na comparação com os dados de 2024, houve um leve aumento de infelicidade entre os gestores (de 21,95% para 28,12%). As informações fazem parte da 6ª edição do estudo Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho que, entre os dias 14 de janeiro e 14 de fevereiro de 2025, mapeou a opinião de 774 profissionais de diferentes regiões do Brasil com idades igual ou superior a 25 anos e nível superior completo. 
“É preocupante saber que, mesmo com avanços nos debates e nas ações de gestão de pessoas e bem-estar organizacional, o trabalho ainda não é fonte de realização para uma parte expressiva dos profissionais. Também chamou a minha atenção saber que líderes e liderados apresentam taxas similares de felicidade (71,88% e 73,28%). É algo que sugere que a satisfação no trabalho não está necessariamente ligada ao nível hierárquico, autonomia ou poder de decisão. Entendo que a transformação de uma experiência profissional em algo satisfatório tem mais a ver com um ambiente em que os profissionais se sintam valorizados, reconhecidos e engajados”, considera Diana Gabanyi, CEO e Head de Experiências Corporativas da The School of Life.  
Motivos de felicidade revelam revolução no significado do trabalho 
O estudo da The School of Life e da Robert Half indica, ainda, que os líderes sentem-se prioritariamente felizes em razão de realização profissional e senso de propósito (resposta de 61,39% dos entrevistados), equilíbrio entre vida pessoal e profissional (57,59%) e desafios e aprendizado contínuo (54,43%). Já o principal fator de felicidade dos liderados é o clima organizacional e os relacionamentos positivos (75,29%), seguido de equilíbrio entre vida pessoal e profissional (71,76%) e realização profissional ou senso de propósito (48,24%). 
“No meu dia a dia como headhunter, noto com muita clareza a transformação da relação das pessoas com o trabalho e isso está indicado nos dados que a pesquisa mapeou. Antes, as pessoas aceitavam trabalhar para sobreviver, mesmo que isso significasse sacrifício e, até mesmo, sofrimento. Hoje, a busca é por propósito, conexão e equilíbrio entre vida pessoal e profissional”, explica Maria Sartori, diretora da Robert Half. “Nesse cenário, modelos rígidos e hierárquicos de trabalho devem ser substituídos por uma cultura organizacional mais colaborativa, empática e emocionalmente segura. Isso, no final de cada expediente, tende a se refletir em produtividade, engajamento e inovação”.   
Saúde mental no trabalho: um problema que persiste e cresce 
A 6ª edição da Pesquisa Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho revela que 41,24% dos líderes e 44,83% dos liderados têm enfrentado desafios emocionais (ansiedade, estresse ou burnout). Na comparação com os dados de 2024, houve um aumento no número de pessoas que não receberam diagnóstico médico, mas se sentem emocionalmente abaladas (de 16,34% para 21,65% entre líderes e de 21,43% para 22,41% entre liderados). 
“Vejo esses dados como uma crise silenciosa de saúde mental no ambiente de trabalho. É evidente que existem muitos passos de evolução para melhorar esse cenário, mas ainda há um descompasso importante entre o discurso e a prática nas empresas”, destaca Saulo Velasco, psicólogo e head de aprendizagem na The School of Life. “O aumento das pessoas que se sentem emocionalmente abaladas, mas sem diagnóstico médico, sugere dois pontos preocupantes: o subdiagnóstico de transtornos emocionais e a normalização do sofrimento no trabalho. Muitos profissionais podem estar evitando buscar ajuda por falta de tempo, medo de estigma ou por não reconhecerem a gravidade do problema”. 
É preciso normalizar a possível vulnerabilidade dos líderes 
A pesquisa revela um ponto importante sobre a vulnerabilidade na liderança, com mais de 20% dos líderes afirmando não se sentirem confortáveis para pedir ajuda ao gestor direto, enquanto esse percentual é menor entre os liderados (16%). Trata-se de uma diferença que pode estar relacionada ao peso das expectativas sobre a liderança e à dificuldade que muitos gestores enfrentam em se mostrar vulneráveis. 
“Ainda existe a ideia de que um bom líder deve ser sempre seguro, resoluto e autossuficiente, o que, muitas vezes, cria um abismo entre o que se é e o que se aparenta ser. Esse comportamento, reforçado por culturas corporativas que romantizam a resiliência extrema, pode gerar isolamento e esgotamento emocional, tornando a liderança um papel solitário”, esclarece Saulo Velasco, da The School of Life. “A verdadeira liderança, no entanto, não está na ausência de dificuldades, mas na capacidade de enfrentá-las de forma aberta e consciente, promovendo um modelo de trabalho baseado na confiança e na cooperação”. 
Qualidade da comunicação ainda é uma grande fragilidade organizacional 
Apenas 43,81% dos líderes e 34,48% dos liderados acreditam que informações importantes são sempre comunicadas de forma clara, completa e no momento certo dentro da companhia. Trata-se de uma notícia preocupante, tendo em vista a importância da comunicação eficaz para a produtividade, o engajamento e o alinhamento estratégico das equipes.  
“Nunca tivemos tantos pedidos para realizarmos team buildings e offsites de colaboração e sinergia. Comunicação nunca foi fácil, mas no formato de trabalho híbrido essa conexão fica muito mais complicada”, pontua Diana Gabanyi, da The School of Life. “Organizações nas quais os colaboradores não recebem informações e orientações claras, tendem a operar em um ambiente de incerteza, boatos, interpretações equivocadas, erros e retrabalho”. 
Colaboração: um diferencial estratégico negligenciado 
Mesmo com a colaboração sendo um forte pilar de qualquer organização, mais de 40% dos entrevistados sentem que o ato de colaborar, em alguma intensidade, não faz parte da cultura corporativa. Do total, apenas 15,98% dos líderes e 15,52% dos liderados dizem que o espírito colaborativo sempre está presente no dia a dia do negócio. 
“Entendo esses dados como um alerta para que as empresas mapeiem se, internamente, está imperando o trabalho individualizado, uma competição interna que não seja saudável ou se falta incentivo para a troca de conhecimentos e o apoio mútuo. Em um mundo corporativo cada vez mais complexo e dinâmico, a falta de espírito de colaboração pode comprometer a inovação, a resolução de problemas e, até mesmo, o bem-estar dos funcionários”, reforça Maria Sartori, da Robert Half. 
5 recomendações dos especialistas para as empresas 
Diana Gabanyi, Maria Sartori e Saulo Velasco concordam que os dados da 6ª edição da Pesquisa Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho é um claro chamado para que as organizações ampliem as reflexões sobre comunicação, colaboração, saúde mental e propósito no trabalho. Na visão deles, cinco iniciativas devem ser incluídas nessa jornada: 
Fomento da cultura de apoio mútuo, que facilite a busca dos profissionais por ajuda dentro da organização; 
Treinamento de líderes e liderados em autoconhecimento e inteligência emocional; 
Mais transparência e eficiência na comunicação de metas, mudanças e estratégias; 
Incentivo ao trabalho em equipe e às relações interpessoais saudáveis; 
Ampliação das ações em prol do bem-estar mental da equipe. 
SOBRE A THE SCHOOL OF LIFE
A The School of Life é uma organização global dedicada ao desenvolvimento da inteligência emocional e à aplicação prática da filosofia no dia a dia. Fundada em 2008 por Alain de Botton, preenche uma lacuna na educação tradicional ao abordar temas como relacionamentos, trabalho, propósito e saúde mental. Com sedes em São Paulo, Londres, Berlim, Amsterdã, Melbourne e Paris, a The School of Life oferece workshops, palestras, livros, cursos online e consultorias corporativas, sempre com uma abordagem acessível e instigante. No Brasil, foi fundada em 2013 por Diana Gabanyi e Jackie de Botton e sua sede, em São Paulo, é a única nas Américas, consolidando-se como um espaço singular para o aprendizado emocional. Seu diferencial está na união entre filosofia, psicologia e humanidades, ajudando indivíduos e empresas a desenvolverem inteligência emocional, criatividade e uma visão mais profunda sobre si e o mundo. 
SOBRE A ROBERT HALF 
A Robert Half é a primeira e maior empresa de soluções em talentos no mundo. Fundada em 1948, a empresa opera no Brasil selecionando profissionais permanentes e para projetos especializados nas áreas de finanças, contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia, tecnologia, jurídico, recursos humanos, marketing e vendas e cargos de alta gestão. Com presença global e atuação na América do Norte, Europa, Ásia, América do Sul e Oceania, a Robert Half aparece em listas das empresas mais admiradas do mundo. É reconhecida, também, por seu compromisso de promover a igualdade e proporcionar uma cultura que apoia a diversidade.    
 
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