São Paulo, fevereiro de 2024 — O turnover voluntário, ou a taxa de rotatividade de funcionários, é um indicador crítico para as empresas, refletindo a movimentação de colaboradores que decidem deixar a organização por vontade própria. Segundo informações do Índice de Confiança Robert Half, com base em dados do CAGED, a representatividade de saídas voluntárias no total de desligamentos entre profissionais qualificados, aqueles com formação superior completa e mais de 25 anos, foi de 39% em 2023.
De acordo com os resultados da pesquisa, a maior parte das empresas (41%) experimentou um volume de turnover voluntário de menos de 5% em 2023. Cerca de 25% tiveram uma taxa de rotatividade entre 5% e 10%, enquanto 23% enfrentaram uma taxa superior a 10%. Os 11% restantes não souberam responder. Na comparação com o ano anterior, quase metade das empresas (47%) relatou que o turnover em 2023 foi igual ao registrado em 2022. Entretanto, 24% observaram um aumento, sugerindo desafios na retenção de talentos. Por outro lado, 15% registraram uma redução. Entre os entrevistados, 14% preferiram não responder. “Encaro a rotatividade como uma oportunidade para oxigenar a companhia e agregar diversidade de ideias e de experiências aos negócios. O problema está nos extremos. Na minha percepção, o turnover não deve ser encarado pela ótica da redução, mas sim com o cuidado de que seja um índice saudável para organização”, analisa Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half.  Na visão do executivo, altas taxas de turnover tendem a gerar perda de conhecimento, prejuízos na qualidade das entregas e desperdício de investimentos em treinamento. Por outro lado, índices próximos de zero podem, em alguns casos, acobertar um cenário de comodismo.
As razões por trás das saídas voluntárias são diversas, mas a maioria expressiva (65%) aponta "melhores oportunidades em outras empresas" como o principal motivador. Em segundo lugar, 25% mencionam a "falta de oportunidades de crescimento na empresa", destacando a importância do desenvolvimento profissional. Para completar as três primeiras posições, 20% indicam “salários abaixo da média do mercado”. Abaixo a lista completa (os respondentes deviam escolher os três principais motivos, por isso a soma dos percentuais é maior do que 100%): Melhores oportunidades em outras empresas Falta de oportunidades de crescimento na empresa Salários abaixo da média do mercado Problemas de conciliação entre trabalho e vida pessoal Falta de reconhecimento e recompensas Retorno ao trabalho presencial Dificuldades de comunicação e feedback No gráfico a seguir, estão expostas algumas tendências voltadas ao mercado de trabalho e qual o impacto, na perspectiva das empresas, que elas terão sobre a taxa de turnover em 2024.
(Fonte: 26ª edição do Índice de Confiança Robert Half) Diante desse cenário, e frente às diversas tendências que moldam o mercado de trabalho, é importante compreender como essas motivações influenciam – ou podem influenciar – os níveis de rotatividade de cada organização.
De acordo com os recrutadores entrevistados, as companhias estão atentas e adotando/planejando medidas para manter um turnover saudável. As três principais ações são: implementação de programas de desenvolvimento de carreira (29%); melhorias nas condições de trabalho e no ambiente organizacional (26%); e oferta de benefícios mais atrativos (21%). A lista completa segue abaixo: Implementação de programas de desenvolvimento de carreira Melhorias nas condições de trabalho e no ambiente organizacional Oferta de benefícios mais atrativos Oferta de treinamentos e capacitações Melhoria na gestão de desempenho Aumento de salários e incentivos financeiros Análise das conversas em entrevistas de desligamento para entender e solucionar problemas “Os índices de turnover não são apenas números, são reflexos de grande parte da saúde organizacional, por isso é fundamental compreendê-los, mas fato é: a primeira e melhor maneira de prevenir a perda de talentos passa por um processo de recrutamento bem executado. A estratégia de retenção deve começar com o alinhamento de expectativas já na sala de entrevista”, afirma Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half. Esse recorte da 26ª edição do ICRH é resultado de uma sondagem conduzida pela Robert Half com base na percepção de 387 recrutadores (profissionais responsáveis por recrutamento nas empresas ou que têm participação no preenchimento das vagas).
É a primeira e maior empresa de soluções em talentos no mundo. Fundada em 1948, a empresa opera no Brasil selecionando profissionais permanentes e para projetos especializados nas áreas de finanças, contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia, tecnologia, jurídico, recursos humanos, marketing e vendas e cargos de alta gestão. Com presença global e atuação na América do Norte, Europa, Ásia, América do Sul e Oceania, a Robert Half aparece em listas das empresas mais admiradas do mundo. A Robert Half é reconhecida, também, por seu compromisso de promover a igualdade e proporcionar uma cultura que apoia a diversidade.
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