Algo muito comum no processo de contratação é a realização de uma entrevista em inglês. A prática tem como objetivo avaliar se o candidato está apto a cumprir funções nessa língua dentro da organização e deve ser feita de forma bem estruturada para a máxima eficiência.
Um processo de qualidade identifica os aspectos fundamentais de fluência para preencher cada vaga em aberto na organização. Assim, a entrevista é conduzida de forma direcionada, identificando se o candidato realmente atende às necessidades da posição.
Neste artigo, apresentamos as principais informações sobre como conduzir uma entrevista em inglês e avaliar essa habilidade no candidato de forma eficiente. Acompanhe!
O que fazer antes da entrevista em inglês?
O primeiro passo para realizar uma entrevista em inglês é avaliar o nível de proficiência necessário para cada posição em aberto. O ideal é identificar se o profissional precisa da língua para ler, escrever, falar ou um conjunto de todas as opções.
Além disso, é indicado que o recrutador faça uma análise do currículo do candidato antes da entrevista. Dessa forma, ele pode avaliar se o profissional apresenta indícios de que cumpre com as exigências de proficiência — uma experiência internacional recente indica que ele tem boa comunicação e vocabulário, por exemplo.
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As informações sobre as exigências da vaga, bem como do perfil do candidato, permitem que o recrutador prepare seu roteiro de forma mais acertada, determinando quais questões e atividades devem ser realizadas para avaliar com mais precisão as habilidades do profissional.
Além disso, fazer a avaliação do cargo e das reais necessidades de proficiência em inglês permite que a descrição da vaga seja feita de forma mais adequada e atraia os candidatos corretos, facilitando todo o processo de contratação.
Qual a importância de determinar o nível de proficiência de forma correta?
Apesar de ser algo valorizado no mercado, muitas vezes o profissional não precisa de conhecimentos avançados em inglês para cumprir suas funções com eficiência. Assim, exigir essa habilidade como pré-requisito se torna um erro que resulta em desvantagens para o negócio.
Custos desnecessários
Em algumas áreas, principalmente as mais técnicas, encontrar profissionais com nível elevado de inglês é algo muito difícil. Esse cenário resulta na inflação dos salários, ou seja, vagas que exigem esse diferencial precisam pagar mais para atrair e manter o candidato na empresa. Sendo assim, o custo da vaga aumenta de forma desnecessária.
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Perda de profissionais capacitados
Outro problema dessa prática é que profissionais experientes e capacitados, mas que não dominam a língua, podem se sentir inseguros e deixar de aplicar para a posição ou ser eliminados em fases de testes online. Esse cenário tende a aumentar o tempo do processo de recrutamento e, consequentemente, seus custos.
Frustração do colaborador
Ao contratar um profissional com nível elevado de inglês e não oferecer um ambiente de trabalho que permita sua utilização, o colaborador tende a perder essa habilidade no médio e longo prazo, bem como o investimento feito no idioma ao longo de sua vida. Esse cenário gera frustração, que resulta em perda de produtividade e baixa perspectiva de retenção para a empresa.
Como conduzir a entrevista em inglês?
Normalmente, as entrevistas são feitas inteiramente em inglês para vagas que exigem profissionais fluentes, que precisam defender a empresa sozinhos, participar de reuniões e trabalhar em inglês com frequência. Dessa forma, é possível avaliar se o candidato consegue ou não manter um diálogo de forma eficiente e a gravidade dos erros cometidos — para isso, é indicado que 70% da conversa seja técnica e aprofundada.
Em contrapartida, entrevistas para vagas que exigem pouco inglês — apenas para ligações, e-mails e eventos ocasionais — devem ser conduzidas inteiramente em português e, em algum momento, o entrevistador pode sugerir a mudança para o inglês, começando com questões simples e aumentando o nível da complexidade, para compreender o nível de habilidade que o candidato apresenta.
Conduzir a entrevista dessa forma impede que o profissional trave e fique frustrado com as perguntas em inglês. Assim, é possível focar os demais objetivos da avaliação — entender seu perfil, experiência e habilidades diversas — que também são importantes para a vaga.
Uma prática recomendada é oferecer um feedback ao final da entrevista em inglês, indicando ao candidato que teve um bom desempenho, porém, precisa de mais prática e estudo na língua e que, para assumir a posição e crescer dentro da organização, é necessário investir em seu desenvolvimento de inglês.
Como avaliar o nível de fluência do candidato?
Ao conduzir a entrevista, é precisa avaliar se o candidato atende os aspectos necessários de proficiência para a vaga em questão. Profissionais com alto nível de inglês devem conseguir responder a todas as questões com segurança e boa comunicação, mesmo com alguns erros de vocabulário. Um candidato que não consegue falar de sua carreira e construir frases longas e complexas não é fluente e não seria a melhor escolha para esse tipo de posição.
Para profissionais com nível intermediário, é necessário que eles saibam construir frases simples e manter uma conversação sobre assuntos básicos. Normalmente, esses candidatos tendem a apresentar mais erros de finalização e insegurança na fala; por isso, é importante levar em consideração se a necessidade é mais de escrita ou se conversação é uma exigência.
Fica evidente que, para realizar uma boa entrevista em inglês, é preciso de um processo de contratação bem estruturado e planejado. Antes mesmo de divulgar as vagas, é necessário avaliar a real necessidade de proficiência na língua, evitando custos desnecessários, a perda de candidatos qualificados e a frustração futura de um colaborador, garantindo, como consequência, sua retenção e performance.
Além disso, é importante preparar o roteiro de questões com base nas exigências do cargo e também no perfil do candidato, fazendo a análise de seu currículo anteriormente. Durante a entrevista, é preciso identificar o nível de proficiência do profissional, avaliando sua comunicação em inglês, segurança e desenvoltura.