Por Fernando Mantovani

Martin Luther King, Mahatma Gandhi, Napoleão Bonaparte, Júlio César, Alexandre – O Grande. O que esses cincos grandes líderes mundiais têm em comum? Além de entrarem para a história como fontes de inspiração sobre liderança, foram homens que se sobressaíram em grandes crises, que souberam lidar com as adversidades e que chegaram ao sucesso, conquistando, além de bons resultados, a admiração de muitas pessoas.

Em tempos difíceis, seja na economia, na política, nos negócios, no relacionamento com a equipe etc., como aprender com esses grandes nomes da história? Coragem é a palavra certa e a atitude esperada de um bom líder diante de qualquer tipo de crise. Além disso, comunicação clara, transparência, pulso firme e confiabilidade são mandatórios em situações difíceis. Isso porque o restante da equipe se engaja mais quando o líder é autêntico, determinado, coerente e humilde para aprender, administrando suas emoções e demonstrando que seus valores essenciais são inegociáveis.

Permanecer calmo e sereno ao lidar com pressão, números negativos, reclamações constantes não é fácil, mas fugir, ignorar e terceirizar culpas são atitudes que demonstram desespero e despreparo, afastando ainda mais o líder da equipe e da solução dos problemas.

O que não fazer

A seguir algumas atitudes que devem ser evitadas para que lidar com adversidades seja mais simples e, inclusive, uma forma de aprendizado e inspiração, afinal, problemas sempre acontecem, o que muda é a maneira de lidar com eles:

Distanciar-se – O momento é de estar presente, até para tranquilizar a equipe e engajá-los em manter-se comprometidos mesmo em situações incertas. Adote uma política de portas abertas.

Não ser transparente – Sem abrir mão de ser realista, o líder deve procurar unir a equipe para que todos trabalhem focados a vencer a fase complexa. Isso transmite credibilidade à equipe e posiciona o líder como uma referência digna de ser seguida.

Terceirizar a culpa – Assuma a rédea da situação. A melhor forma de dar a volta à situação é compreender a sua origem e implementar soluções estruturais e permanentes.

Isolar-se - Não carregue todo o peso em suas costas. Aproveite o momento para ouvir outras ideias e opiniões e para fortalecer os laços entre a empresa e os seus trabalhadores.

*Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half para a América do Sul