Por Fernando Mantovani
Quantas vezes, em uma entrevista de emprego, você questionou o empregador sobre a saúde financeira da companhia, o nível de satisfação dos clientes e dos colaboradores ou algum outro aspecto que só é visível para quem está da porta para dentro? Se a resposta foi “nenhuma”, aconselho você a reavaliar sua postura quando encarar um novo processo seletivo.
Sempre defendo que todo passo na carreira deve ser planejado, deve ter um sentido. E, isso inclui entrevistar o entrevistador. Pouquíssimos candidatos fazem isso. Mas, essa atitude minimiza as chances de você passar pela seguinte sequência de acontecimentos: sair do bate-papo com dúvidas; supor informações que não foram ditas e nem questionadas; descobrir que não tem aderência ao cargo; e se frustrar antes do término do período de experiência.
Dessa forma, antes de ir para a entrevista de emprego, estude. Navegue pelo site e redes sociais da empresa, converse com pessoas e busque informações na imprensa sobre a companhia e o setor. Ao final da conversa, é possível que o recrutador abra espaço para os seus questionamentos. Mas, se ele se esquecer de fazer isso, não tenha receio de pedir a palavra.
Aqui vão algumas sugestões de perguntas para fazer ao recrutador:
- O que você espera de mim à frente do cargo?
- Quais são os principais desafios que vou enfrentar nesta posição?
- Qual é o perfil do meu gestor e da equipe?
- Por que esta vaga está aberta? O que houve com a pessoa que a ocupava?
- Qual é o maior desafio da companhia, dentro do mercado de atuação?
- Como você imagina que a empresa estará daqui a cinco anos?
- Vocês investem em ações de treinamento e desenvolvimento dos profissionais?
- Em geral, como é o ambiente de trabalho?
- O que te motiva a trabalhar aqui?
- Qual é a principal característica comportamental que preciso ter para trabalhar aqui?
Ao abordar o recrutador com as perguntas certas, você demonstra preparo para a entrevista e interesse pela vaga, pontos que valem tanto quanto as certificações do currículo. Além disso, suas chances de fazer uma escolha mais segura e assertiva aumentam consideravelmente.
*Fernando Mantovani é diretor geral da Robert Half para a América do Sul