Você se interessa bastante por dados?
Está pensando sobre qual carreira da Tecnologia da Informação se adequaria melhor a esses interesses?
À medida que a tomada de decisões orientada por dados continua a ter prioridade em diversos setores (especialmente com o valor total do setor estimado em US$ 3,41 milhões no Brasil em 2024, entender os papéis relacionados a dados que contribuem para essa realidade pode definir a trajetória de sua carreira futura.
A demanda par talentos em dados é alta atualmente. De fato, de acordo com o Guia Salarial da Robert Half, a análise de dados não apenas é uma das habilidades técnicas mais procuradas entre as empresas no Brasil, mas também permanece como uma das áreas onde a gestão enfrenta dificuldades para encontrar talentos.
Entre os cargos mais procurados (e demandados) na área de dados no Brasil hoje estão as posições de Analista de Dados e Cientista e Dados. Esses papéis, embora interconectados por causa do uso de dados, atendem a aspectos distintamente diferentes do processamento e análise de dados.
Se você considera seguir carreira em alguma dessas duas funções, esse artigo traz insights detalhados sobre os requisites, expectativas e resultados que impulsionam essas duas funções altamente procuradas pelas empresas, para te ajudar a escolher entre se tornar Analista de Dados ou Cientista de Dados.
Embora ambos os cargos sejam focados em dados, os papéis de analistas de dados e cientistas de dados diferem significativamente em termos de responsabilidades, ferramentas e escopo de trabalho.
Aqui está uma análise das diferenças, juntamente com os prós e contras de cada função em TI:
Responsabilidades de Analistas de Dados:
Limpar e processar dados para garantir que sejam precisos e utilizáveis.
Gerar relatórios e dashboards para visualizar dados e facilitar a tomada de decisões.
Focar principalmente na análise de dados passados para encontrar insights acionáveis que influenciem as decisões empresariais atuais.
Trabalhar de perto com departamentos específicos para fornecer os dados necessários para apoiar as operações diárias do negócio.
Responsabilidade de Cientistas de Dados:
Usar ferramentas estatísticas e algoritmos de aprendizado de máquina para criar modelos preditivos que prevejam resultados futuros.
Empregar técnicas sofisticadas de mineração de dados para identificar padrões e tendências além da análise simples.
Não apenas prever tendências futuras, mas também trazer recomendações sobre como as empresas podem tirar proveito dessas previsões.
Trabalhar com tecnologias avançadas de análise, incluindo IA e aprendizado de máquina, para resolver problemas empresariais complexos.
Analista de Dados – pontos positivos da função:
Cargo mais fácil de ingressar com habilidades fundamentais em análise estatística e manipulação de dados.
Influencia diretamente as decisões de negócios por meio da apresentação clara de dados e insights.
Habilidades são transferíveis para muitos setores, e isso permite diversas oportunidades de carreira.
Analista de Dados – pontos negativos da função:
Muitas vezes limitado à análise descritiva, o que pode acabar sendo repetitivo ou menos desafiador com o tempo.
Em geral, analistas de dados têm salários menores que cientistas de dados devido à natureza menos técnica do cargo.
Cientista de Dados – pontos positivos da função:
Devido à alta demanda e ao conjunto de habilidades especializadas necessárias, cientistas de dados geralmente recebem salários mais altos.
Capacidade de influenciar estratégias empresariais mais amplas por meio de insights preditivos e produtos avançados baseados em dados.
Interação regular com os avanços mais recentes em aprendizado de máquina (machine learning), Inteligência Artificial e tecnologias relacionadas a big data.
Cientista de Dados – pontos negativos da função:
Muitas vezes requer formação avançada em estatística e conhecimentos profundos em ciência da computação ou áreas correlatas, o que pode ser uma barreira para a entrada.
O cargo pode envolver um nível mais alto de complexidade e estresse, lidando com conjuntos de dados ambíguos e algoritmos em evolução.
Necessidade de aprendizado contínuo para acompanhar as tecnologias e métodos mais recentes em um campo em rápida evolução.
“Iniciar uma carreira como Analista de Dados é geralmente considerado mais fácil do que começar uma carreira como Cientista de Dados no Brasil”, afirma Maria Sartori, diretora associada da Robert Half no Brasil. “Isso se dá, principalmente, por causa das diferenças de complexidade das habilidades e requerimentos educacionais associados com cada um desses papéis.”
"Se você está procurando iniciar rapidamente uma carreira na área de dados com uma base sólida em habilidades básicas de manipulação e análise de dados, tornar-se Analista de Dados é tipicamente mais acessível. Requer menos habilidades especializadas e um background educacional menos rigoroso em comparação ao cargo de Cientista de Dados, que é mais intensivo tanto em termos de profundidade de conhecimento quanto em amplitude de expertise técnica."
Habilidades técnicas necessárias para se tornar Analista de Dados:
· Ter proficiência em bibliotecas SQL é crucial, pois permite que analistas recuperem e manipulem dados de bancos de dados relacionais de forma eficiente.
· Habilidades avançadas em Excel são necessárias para manipulação de dados, incluindo classificação, filtragem, tabelas dinâmicas e uso de funções para realizar cálculos.
· Familiaridade com ferramentas como Tableau, PowerBI ou Qlik. Isso é importante para criar representações visuais dos dados que sejam fáceis de entender e acionáveis.
· Compreender medidas estatísticas básicas (média, mediana, moda, desvio padrão) e testes é vital para analisar conjuntos de dados e resumir descobertas.
· Habilidades em relatórios e apresentação de dados para comunicar as informações encontradas de forma clara e eficaz aos stakeholders.
Habilidades técnicas necessárias para se tornar Cientista de Dados:
· Expertise em linguagens de programação como Python ou R é essencial. Essas linguagens suportam manipulação de dados, análise estatística e aprendizado de máquina.
· Conhecimento de técnicas de aprendizado de máquina (tanto supervisionado quanto não supervisionado) é crítico para prever tendências e comportamentos futuros.
· Forte background em estatística e a capacidade de aplicar esses conceitos a grandes conjuntos de dados são necessários para derivar insights significativos.
· Experiência com plataformas de big data como Apache Hadoop ou Spark é benéfica, especialmente ao lidar com grandes conjuntos de dados.
· Habilidades em limpar e preparar dados para análise são cruciais, já que dados do mundo real podem ser desorganizados e incompletos.
Analista de Dados:
A maioria das posições de Analista de Dados de nível iniciante requer pelo menos um diploma de bacharel. Isso geralmente é suficiente se o diploma for em uma área relevante.
Para áreas de estudo, considere estatística, economia e matemática. Elas fornecem uma base sólida em análise quantitativa, essencial para a análise de dados.
Cargos de analista em setores específicos podem se beneficiar de um diploma relacionado a esse setor para entender melhor o contexto e as especificidades dos dados.
Diplomas em TI (Tecnologia da Informação) e computação podem fornecer habilidades técnicas valiosas, como gerenciamento de bancos de dados, crucial para manipulação e relatórios de dados.
Certificações em ferramentas ou tecnologias específicas (como Tableau para visualização de dados, SQL para gerenciamento de bancos de dados ou uma certificação específica em análise de uma organização respeitável) podem aprimorar seu currículo.
Sessões de treinamento práticas e intensivas focadas em ferramentas e técnicas de análise de dados podem ser extremamente benéficas, especialmente para aqueles que estão fazendo a transição de áreas não técnicas.
Cientista de Dados:
Embora não seja sempre obrigatório, graus avançados são comumente preferidos, especialmente para cargos competitivos ou avançados. Esses graus indicam uma proficiência maior em teorias matemáticas complexas e métodos computacionais necessários em ciência de dados.
Ciência da computação e de dados são disciplinas centrais para cientistas de dados, fornecendo insights profundos sobre algoritmos, aprendizado de máquina, programação e design de sistemas.
Matemática aplicada e engenharia oferecem o background necessário em modelagem, estatística e pensamento analítico crítico para o cargo.
Bootcamps de aprendizado de máquina e dados podem proporcionar experiência prática direta com conjuntos de dados do mundo real e são frequentemente projetados para cobrir as tecnologias e metodologias mais recentes em ciência de dados.
No Brasil, na maioria dos casos, cientistas de dados tendem a receber salários mais altos do que analistas de dados. Essa diferença salarial reflete a demanda por talentos qualificados, as habilidades técnicas mais avançadas, os requisitos educacionais e as responsabilidades associadas aos cargos de Cientista de Dados.
De acordo com o Guia Salarial da Robert Half, a média salarial para cientistas de dados no Brasil varia de R$14.000 a R$ 24.100, com profissionais mais experientes ou aqueles em setores especializados ganhando significativamente mais.
A demanda por habilidades em aprendizado de máquina, gestão de big data, e análise preditiva avançada – que são essenciais para cargos que lidam com grande volume dados ou em indústrias nas quais tecnologias, finanças e saúde, contribui para a escala salarial mais alta.
Analistas de dados ganham menos do que cientistas de dados. A faixa salarial típica para um Analista e Dados pode começar em torno de R$ 4.000 a R$ 7.000 para profissionais de nível júnior, de R$ 7.000 a R$ 9.000 para plenos e de R$ 10.000 a R$ 12.000 para profissionais sênior. O salário pode variar conforme a experiência, o setor, a localização e o tamanho da empresa.
Os salários de analistas de dados frequentemente variam de acordo com a indústria em que trabalham, a complexidade dos dados que manejam e sua proficiência em ferramentas e tecnologias específicas. Analistas com habilidades avançadas em visualização de dados e softwares como Tableau ou SQL podem obter salários mais altos.
“Ambos os cargos podem apresentar diferenças salariais significativas com base na indústria”, disse Maria Sartori. “Por exemplo, cientistas de dados trabalhando em startups de tecnologia ou finanças podem ganhar mais do que aqueles em instituições governamentais ou educacionais. Da mesma forma, analistas de dados em empresas de alta tecnologia ou serviços financeiros podem ganhar mais do que aqueles em indústrias menos orientadas por dados.”
Níveis mais altos de experiência e educação podem levar a salários maiores em ambos os cargos. Cientistas de Dados com doutorado ou vasta experiência em projetos de machine learning avançado ou IA podem obter salários bem maiores.
“Também é importante considerar que se especializar em áreas de alta demanda, como inteligência artificial, deep learning (aprendizado profundo) ou tecnologias de big data, pode aumentar o potencial de ganhos”, acrescentou Maria.
O equilíbrio entre trabalho e vida pessoal para cargos como Analista de Dados e Cientista de Dados depende de vários fatores, incluindo a indústria específica, a cultura da empresa e as demandas individuais dos projetos. No entanto, há tendências gerais em cada função que podem influenciar o equilíbrio típico entre trabalho e vida pessoal vivenciado por profissionais nessas áreas.
“Analistas de dados geralmente trabalham com horários mais regulares e uma carga de trabalho previsível”, diz Maria. “Com tarefas geralmente bem definidas e recorrentes, incluindo relatórios semanais, análises mensais de métricas e validações de dados rotineiras.”
Pelo fato de os cargos em Análise de Dados serem menos propensos a envolver decisões de alto risco, geralmente há menos pressão e menos prazos apertados em comparação com cargos de Cientista de Dados.
“O equilíbrio pode depender fortemente na companhia e na cultura corporativa. Por exemplo, analistas em indústrias dinâmicas como finanças ou consultoria podem ter horários mais exigentes”, observou Maria.
Cientistas de dados podem enfrentar horários mais irregulares devido à natureza do trabalho, que envolve resolução complexa de problemas, prazos de projetos e pesquisas contínuas que podem se estender além do horário comercial típico.
“A necessidade de cumprir metas de projetos ou entregar resultados de pesquisa pode levar a períodos de alta intensidade, especialmente em cargos que estão intimamente ligados ao desenvolvimento de produtos ou inovação”, disse Maria. “O alto impacto do seu trabalho, particularmente em setores como tecnologia e finanças, também pode contribuir para níveis mais altos de estresse e um ambiente de trabalho mais exigente.”
Indústrias com mais volatilidade e ritmo acelerado (como startups de tecnologia, serviços financeiros e saúde) muitas vezes exigem análises mais sensíveis ao tempo e podem demandar mais de analistas e cientistas de dados.
“Grandes empresas podem oferecer horários mais estruturados e recursos para equilibrar as demandas de trabalho, enquanto startups podem exigir mais flexibilidade e horas mais longas devido ao fato de que, normalmente, elas possuem menos recursos”, comentou Maria Sartori.
Habilidades interpessoais, ou soft skills, são extremamente importantes tanto para analistas de dados quanto para cientistas de dados. Essas habilidades melhoram a capacidade de comunicar descobertas, colaborar com membros da equipe e influenciar os processos de tomada de decisão.
A habilidade interpessoal mais crucial para analistas de dados é a comunicação eficaz, que permite traduzir insights complexos de dados em informações compreensíveis e acionáveis para partes interessadas que podem não ter um conhecimento técnico.
Analistas de dados também precisam manter a atenção, ter habilidades em resolução de problemas e saber gerenciar bem o tempo.
Em comparação, cientistas de dados devem ser capazes de explicar seu trabalho complexo para não especialistas, incluindo como suas descobertas afetam estratégias de negócios ou mudanças operacionais. Avaliar múltiplas soluções para um problema e prever resultados potenciais é uma tarefa diária para cientistas de dados, exigindo fortes habilidades analíticas e pensamento crítico.
Cientistas de dados frequentemente trabalham em equipes multifuncionais, colaborando com engenheiros, líderes empresariais e outras partes interessadas. Ser capaz de trabalhar efetivamente em ambientes de equipe é essencial.
Ambos os cargos envolvem interação regular com partes interessadas para reunir requisitos, relatar descobertas e sugerir ações. Habilidades interpessoais fortes podem melhorar essas interações e aumentar o impacto de suas contribuições para a organização.
No Brasil, existem várias especializações dentro das quais profissionais que atuam em ambos os cargos podem considerar para direcionar suas carreiras por caminhos interessantes, incluindo:
Analista de Marketing:
Foca na análise do comportamento do consumidor, desempenho de campanhas e tendências de mercado para otimizar estratégias de marketing.
Ferramentas e técnicas frequentemente incluem Google Analytics, software de CRM e plataformas de análise de redes sociais.
Analista de Finanças:
Especializa-se em dados financeiros como receitas, despesas e tendências de mercado para auxiliar no planejamento financeiro, orçamento e previsão.
Frequentemente usa ferramentas como Excel, software de modelagem financeira e bancos de dados financeiros proprietários.
Analista de Operações:
Trabalha na melhoria das eficiências operacionais analisando fluxos de trabalho, gestão da cadeia de suprimentos e processos de produção.
Requer conhecimento de sistemas ERP, ferramentas de gerenciamento de fluxo de trabalho e software de mapeamento de processos.
Analista de Recursos Humanos:
Analisa dados de funcionários para ajudar em decisões de contratação, avaliações de desempenho e planejamento de políticas.
Utiliza sistemas de informação de RH (HRIS), dados de desempenho dos funcionários e resultados de pesquisas.
Engenharia de Machine Learning:
• Foca no design e implementação de modelos e algoritmos de aprendizado de máquina para resolver problemas preditivos complexos. Tipicamente requer conhecimento profundo de Python, R, TensorFlow e outros frameworks de ML.
Cientista de Pesquisa em Inteligência Artificial:
Engaja-se em pesquisas avançadas para desenvolver novos métodos e tecnologias em inteligência artificial.
Requer expertise em aprendizado profundo, redes neurais e tecnologias de computação cognitiva.
Cientista de Processamento de Linguagem Natural (NLP)
Especializa-se em programar computadores para processar e analisar grandes quantidades de dados de linguagem natural.
Utiliza ferramentas e bibliotecas como NLTK, SpaCy ou BERT para tarefas como análise de sentimentos, classificação de texto e geração de linguagem.
Engenharia de Dados:
Foca na infraestrutura e arquitetura para sistemas de geração, coleta e análise de dados.
Frequentemente habilidoso em tecnologias de big data como Hadoop, Spark e possui amplo conhecimento de gerenciamento de bancos de dados.
Analista Quantitativo:
Trabalha tipicamente em finanças, usando modelos estatísticos e matemáticos para informar decisões financeiras e de gestão de risco.
Proficiente em ferramentas de análise estatística e linguagens de programação como Python, além de conhecimento de mercados financeiros.
Quais são os caminhos de carreira para Analistas de Dados e Cientistas de Dados?
Ambos os caminhos oferecem oportunidades de avanço para cargos mais seniores, especializações ou até mesmo transições para outras áreas.
Entender as trajetórias potenciais pode ajudar os profissionais a tomarem decisões informadas sobre seu desenvolvimento de carreira.
Caminho de carreira para Analistas de Dados
Analista de Dados Júnior:
Começa lidando com a coleta básica de dados, limpeza e análise preliminar.
Tipicamente reporta descobertas usando ferramentas de visualização e apoia analistas seniores.
Analista de Dados Sênior:
Assume análises mais complexas e frequentemente lidera projetos ou pequenas equipes.
Desenvolve frameworks de relatórios e dashboards mais sofisticados.
Gerente de Análise de Dados:
Supervisiona uma equipe de analistas e é responsável por grandes projetos e decisões estratégicas sobre o uso de dados.
·Concentra-se na melhoria da eficiência da equipe e dos processos de dados.
Caminho de carreira para cientistas de dados
Cientista de Dados Júnior:
Trabalha sob a supervisão de cientistas mais experientes, focando na limpeza de dados, desenvolvimento de modelos e análises preditivas simples.
·Ganha exposição a uma variedade de modelos estatísticos e algoritmos de aprendizado de máquina.
Cientista de Dados Sênior:
Lidera projetos, desenha modelos complexos e frequentemente trabalha de forma multifuncional com diferentes departamentos para implementar soluções.
Pode começar a focar em áreas específicas, como aprendizado de máquina, IA ou aprendizado profundo.
Gerente ou Líder de Ciência de Dados:
Gerencia equipes de cientistas de dados e coordena projetos em larga escala.
Define a direção estratégica para as políticas e procedimentos relacionados a dados da empresa.
Chief Data Officer (CDO) :
Cargo executivo que supervisiona a estratégia de gerenciamento de dados para toda a organização.
Garante que as políticas e práticas de dados estejam alinhadas com os objetivos organizacionais e requisitos regulamentares.
Outros fatores que influenciam a evolução da carreira
Ambos os cargos requerem aprendizado contínuo e adaptação a novas tecnologias e metodologias.
“Manter as habilidades atualizadas é crucial”, afirmou Maria.
“Estar ciente de como as indústrias estão aproveitando os dados pode fornecer insights sobre oportunidades de carreira potenciais ou ajustes de habilidades necessários. Engajar-se com comunidades profissionais e demonstrar liderança de pensamento também pode abrir oportunidades para avanço.”
Ambos os caminhos de carreira oferecem oportunidades robustas para crescimento e especialização. Analistas de dados podem ver seus cargos evoluírem para áreas que exigem mais interação direta com negócios e tomada de decisões, enquanto cientistas de dados podem assumir cargos mais estratégicos ou focados em pesquisa, envolvendo tecnologias inovadoras.
Em última análise, a escolha entre esses caminhos deve alinhar-se com as aspirações de carreira pessoal e o tipo de trabalho que se considera mais gratificante.
Ambos os caminhos oferecem oportunidades de avanço para cargos mais seniores, especializações ou até mesmo transições para outras áreas.
Entender as trajetórias potenciais pode ajudar os profissionais a tomarem decisões informadas sobre seu desenvolvimento de carreira.
Caminho de carreira para Analistas de Dados
Analista de Dados Júnior:
Começa lidando com a coleta básica de dados, limpeza e análise preliminar.
Tipicamente reporta descobertas usando ferramentas de visualização e apoia analistas seniores.
Analista de Dados Sênior:
Assume análises mais complexas e frequentemente lidera projetos ou pequenas equipes.
Desenvolve frameworks de relatórios e dashboards mais sofisticados.
Gerente de Análise de Dados:
Supervisiona uma equipe de analistas e é responsável por grandes projetos e decisões estratégicas sobre o uso de dados.
Concentra-se na melhoria da eficiência da equipe e dos processos de dados.
Caminho de carreira para cientistas de dados
Cientista de Dados Júnior:
Trabalha sob a supervisão de cientistas mais experientes, focando na limpeza de dados, desenvolvimento de modelos e análises preditivas simples.
Ganha exposição a uma variedade de modelos estatísticos e algoritmos de aprendizado de máquina.
Cientista de Dados Sênior:
Lidera projetos, desenha modelos complexos e frequentemente trabalha de forma multifuncional com diferentes departamentos para implementar soluções.
Pode começar a focar em áreas específicas, como aprendizado de máquina, IA ou aprendizado profundo.
Gerente ou Líder de Ciência de Dados:
Gerencia equipes de cientistas de dados e coordena projetos em larga escala.
Define a direção estratégica para as políticas e procedimentos relacionados a dados da empresa.
Chief Data Officer (CDO) :
Cargo executivo que supervisiona a estratégia de gerenciamento de dados para toda a organização.
Garante que as políticas e práticas de dados estejam alinhadas com os objetivos organizacionais e requisitos regulamentares.
Bootcamps são projetados para fornecer treinamento intensivo e prático em áreas específicas de habilidade, tornando-se uma escolha popular para entrar no campo de dados sem o compromisso de tempo e financeiro de um diploma tradicional.
Bootcamps para analistas de dados geralmente se concentram em ensinar habilidades práticas como SQL, Excel, Python e ferramentas de visualização de dados como Tableau ou PowerBI. Eles também cobrem estatísticas básicas e técnicas analíticas necessárias para interpretar e reportar dados de forma eficaz.
Os graduados estão preparados para assumir funções de analista de dados de nível inicial em várias indústrias. Eles saem com um portfólio de projetos que demonstram sua capacidade de extrair, analisar e visualizar dados.
Bootcamps para aspirantes a cientistas de dados são mais intensivos e abrangem uma gama mais ampla de tópicos, incluindo programação avançada em Python ou R, aprendizado de máquina, análise estatística avançada e, às vezes, elementos de tecnologias de big data.
Esses programas podem ser mais exigentes, muitas vezes requerendo compromissos mais longos (até seis meses) e um conhecimento básico mais forte em matemática e programação do que o esperado para analistas de dados.
Os participantes podem esperar aprender a criar modelos preditivos sofisticados, supervisionar grandes conjuntos de dados e aplicar algoritmos de aprendizado de máquina. Como seus colegas analistas, eles terminam com um portfólio que destaca sua capacidade de resolver problemas complexos de ciência de dados.
Bootcamps representam um caminho focado e prático para carreiras em dados, atraindo especialmente aqueles que buscam uma transição de carreira ou aprimoramento rápido. Eles podem prepará-lo efetivamente para cargos de nível inicial e intermediário em análise de dados e ciência de dados, desde que você equilibre as habilidades aprendidas com aprendizado contínuo e networking na área.
Como saber se você deve se tornar um Analista de Dados:
Você gosta de trabalhar com números, gráficos e tabelas.
Tem um olho atento para detalhes e uma forte habilidade para identificar tendências e padrões nos dados.
Prefere tarefas que têm um início e fim claros e gosta de ver a aplicação prática do seu trabalho. É bom em explicar informações complexas de forma clara e acessível.
É proficiente ou tem disposiçção para aprender SQL, programação básica (talvez em Python ou R) e ferramentas de visualização de dados como Tableau ou Power BI.
Tem ou está desenvolvendo uma boa compreensão de estatísticas, mas pode não estar inclinado a aprofundar-se em modelos matemáticos mais complexos.
Possui habilidades de comunicação fortes, permitindo fazer a ponte entre dados e tomada de decisões.
Prefere um cargo com horários mais regulares e possivelmente um melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Se destaca em cargos onde pode apoiar decisões em vez de conduzir a pesquisa ou exploração que leva a novas direções de negócios.
Como saber se você deve se tornar um Cientista de Dados:
Você tem um forte interesse em aprendizado de máquina e inteligência artificial.
Tem curiosidade sobre pesquisar novas técnicas no campo dos dados e gosta de aprendizado contínuo.
Tem interesse em modelagem preditiva e nos desafios técnicos de trabalhar com big data.
Gosta de aprofundar-se nas perguntas do tipo "por quê" e "como" que os dados podem responder.
Tem uma base sólida em programação, especialmente em Python ou R, e está confortável com bibliotecas e frameworks usados em aprendizado de máquina.
Possui ou tem interesse em desenvolver conhecimento estatístico avançado e habilidades na construção e ajuste de modelos preditivos.
Tem prática em resolver problemas e inovação, frequentemente necessário para desenvolver novos algoritmos ou produtos orientados por dados.
Está confortável com um horário de trabalho dinâmico que pode exigir períodos intensos de pesquisa e desenvolvimento.
Tem interesse em cargos que oferecem mais autonomia e são orientados por projetos com potencial de alto impacto na organização.
Primeiramente, considere quanto tempo e recursos você está disposto a investir em educação e treinamento. Ciência de dados frequentemente exige um estudo mais avançado (incluindo potencialmente um mestrado ou doutorado), enquanto a análise de dados pode ser ingressada com um diploma de bacharel e certificações específicas ou bootcamps.
Em segundo lugar, reflita sobre onde você se vê no futuro. Se você aspira estar na vanguarda da inovação tecnológica, ciência de dados pode ser a melhor escolha. Se você prefere um cargo focado em insights de negócios e impacto direto nas decisões, a análise de dados pode ser mais adequada.
E, por fim, considere quais tipos de projetos seriam mais gratificantes para você. Você se sente mais satisfeito resolvendo problemas imediatos de negócios ou desenvolvendo modelos complexos que podem levar meses para serem concluídos, mas que podem transformar estratégias de negócios?
Em última análise, ambas as carreiras oferecem oportunidades emocionantes no campo em crescimento dos dados no Brasil.
Sua escolha deve alinhar-se com o que você acha mais interessante e que complementa suas forças e habilidades naturais.